quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Testículo do Vila - "Para-ti amor"

Ao som de Chico, lhes digo duas coisas interessantes a respeito da cultura alternativa na paulicéia de prédios encardidos...

A primeira: Aqueles que gostam de Chico Buarque não podem perder de assistir o show do "Seu Chico", banda de Recife que interpreta Chico em outro arranjo, muito mais dançante e excepcional. Eles costumam tocar no Studio SP e outros locais que dão espaço a novas bandas.

A segunda: Aqueles que gostam de Teatro comtemporâneo já devem ter ouvido falar do Zé Celso, que é gênio, louco e completamente pederastra. Esses dias fui assistir ao banquete - peça que aliás me volta a questão do amor -, escrita por platão, em uma releitura totalmente homossexual, mas que fala principalmente do Amor livre, para quem tem a mente livre de preconceitos fica ai a dica.

Agora vamos ao que interessa, o Amor...

Antes de falar do banquete, e de platão, queria dizer um pouco sobre polidez, moral e amor em um silogismo quase barato, porém com muita carga filosófica, prometo não me estender.

Considerando que a polidez é a simulação da moral, ou seja, a simulação de uma vida virtuosa - seja pela educação, ou por qualquer outra forma de coerção -, e lembrando que a moral é a escolha do dever em uma vida virtuosa, ou seja, fazer o bem porque se deve fazê-lo, podemos dizer que o amor nada mais é que fazer o bem porque se quer fazê-lo.

Argumento um pouco frágil? talvez. Kant diz que não é assim porra nenhuma, que quando agimos porque desejamos agir dessa forma estamos em conformidade com o dever, logo, não sabemos se estamos sendo virtuosos ou não, e muitas vezes tão pouco sabemos o que fazemos de um ponto de vista ético. Concordo. Mas, Kant vai ainda mais longe: Ele tem uma concepção de amor próxima a católica, onde amar é agir sem a moral, pois não é necessária, e portanto, nos momentos em que não se ama existe o amor prático, a simulação do amor onde não há amor. Aí eu concordo e discordo.

Basicamente eu discordo de Kant quando ele fala em simular amor, picas, como se simula o amor? Para mim isso é o dever de uma vida virtuosa que através de uma pré-concepção de amor você julga e age polidamente no que pensa sê-lo. Droga, se amor é sentir, como agir e ordena-lo? ou mesmo defini-lo em ações práticas? Para mim a questão de cultura em relação ao amor já, por si só, acaba com essa estrutura. Porém, quem sou eu? bosta nenhuma, então deixamos Kant para lá e vamos ao que eu penso, o que não interessa de forma alguma, exceto a mim.

Bom, se o amor não tem picas com a moral, exceto o fato de não a ser necessário uma vez que se ama, e como não se pode simular o amor - pelo menos eu não posso -, chego a conclusão que não se ama sempre, e como disse antes, por silogismo chegamos a conclusão que o amor é um momento, e tão somente existe nesse curto período onde se faz o bem porque se quer fazê-lo contudo sem ter a consciência plena de fazê-lo. Lindo não? Claro que não, o amor não é lindo.

Agora, voltando ao banquete, e dessa vez dedico a ti, que ao pensar em amor sua mente se vai longe, se perde entre linhas tortuosas tal quais as ruas de pedregulhos e as casas de janela colonial onde a maresia e o constante vai-e-vem de barcos atracando deixam sem dúvida um romance no ar, é para-ti, que pensa assim, que lhe dedico: Alma gêmea não existe!

Mas, aqueles que tem algum juízo já sabiam, romanticos tolos aqueles que pensam que a vida é monogâmica e desejamos a um só, um ser que nos completa. Bobagem das mais tolas...

No antigo texto de Platão havia uma grande discussão sobre Eros (Deus do amor), onde todos tentavam definir o que era de fato Eros. E durante essa discussão, Agatão, o anfitrião bobão, levante e despeja asneiras sobre todos: O mito dos andróginos.

Segundo tal mito, havia 3 classes de seres humanoides na terra: os macho-macho; fêmea-fêmea; fêmea-macho. Esses seres, por ventura, eram completos, unos e felizes. Detentores de extrema força, pois eram componentes de uma união perfeita. Certo dia, Zeus partiu-os ao meio, destinando-os à eterna infelicidade enquanto não encontrarem sua verdadeira metade. Essa seria a humanidade para Agatão, e a noção de amor era a união entre duas peças únicas.

Bom, se você é como eu terá percebido que amores há mil, e amores diferentes, completos em sua plenitude, todos saborosos.

Porém se você ainda não é como eu, bom vou dar-lhe alguma coisa com que pensar:

"É preciso ser dois para fazer amor (...), e é por isso que o coito, longe de abolir a solidão, a confirma. Os amantes o sabem. As almas talvez possam se fundir, se existissem. Mas são os corpos que se tocam (...) Daí o fracasso, sempre, e a tristeza, tão frequentemente. Eles queriam ser um só e ei-los mais dois que nunca..."¹ Lucrécio ainda completa: "Isso não prova nada contra o prazer, quando ele é puro, nada contra o amor, quando ele é verdadeiro. Mas prova algo contra a fusão, que o prazer recusa exatamente quando se acreditava alcança-la."

Post coitum omne animal triste...

E como um final de tarde em Paraty, a tristeza também chega a paixão... E é por isso que cada vez mais acredito no amor, não eterno, não incondicional. Perfeito nos momentos em que existe, e certamente fundamental.

E quando não há amor? Bom, ouça uma boa música, cozinhe algo excepcional, ou tenha prazer com uma mulher qualquer, quem sabe por um instante não ame, quem sabe?!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Bombadas do Rei - Fidelidade

Somos feitos com muitas características que entram em conflito. Nós gostamos de ser ouvidos, mas não gostamos de ouvir. Gostamos de ganhar, mas não gostamos de perder. E finalmente, queremos trair quando estamos em um relacionamento, mas não gostamos de ser traídos. São todas situações onde para um lado se satisfazer, o outro tem que sofrer. Claro, em níveis diferentes, dependendo da situação. No caso da traição, para um lado obter um pouco de satisfação, o outro lado tem que sofrer bastante. E alem do mais, a satisfação obtida é momentânea, e dependendo da pessoa, o arrependimento pode ser tão grande que a satisfação momentânea não vale a pena. Mas como mencionei, depende da pessoa.

No meu caso, o arrependimento é bastante, independente do fato de a mulher descobrir ou não. Se ela descobrir, obviamente a confiança acaba. Demoram anos para se adquirir confiança, mas segundos para que se acabe. Mas mesmo se ela não descobrir, simplesmente não me sinto bem por ter traído. Não é uma questão de estar ficando, namorando, ou casado, mas uma questão do que se espera do outro. Seria ótimo se fossemos capazes de saber que nossa namorada se relacionou com outra pessoa, e não sentir ciúmes, raiva, ou qualquer que seja o sentimento. Mas todos sabemos que não é assim.

Mas por outro lado, conheço pessoas que não sentem remorso em trair quando não se é esperada traição. Neste caso, sou ignorante no assunto.

Por estas e outras razões, defendo a fidelidade.

Ryan Field.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Testículo do Vila - "À vida nova"

Camaradis,

Hoje tive um dia muito especial, ah meus amigos, se ela soubesse pelo menos a metade, meu amor é o maior do mundo.

Mas, agora fora os prematuros e já feitos jargões, bom esse texto irá mudar tudo, não na minha vida mas na de vocês, leitores.

Discordo do Caio, e ainda mais do Rui; o Ryan vai no mesmo bolo. Amor não é isso nem aquilo, é outra coisa totalmente diferente, mas é apenas uma questão de ponto de vista. Espero poder tratar do tema com maior foco e um discurso bem equilibrado, entretanto, para dar-lhes um pouco de curiosidade, cito d`onde tiro parte de minhas precoces¹ conclusões: "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes" Capítulo 18, Amor. O livro é escrito por André Comte-Sponville.

Dizendo um pouco mais sobre nada, bom, o amor não é virtude, e sim a ausência delas; não é moral, mas simplesmente a falta de necessidade de usá-la; não é dever, pois quem ama não deve.

Mudando de assunto radicalmente, o que vocês acham sobre o Aero Dilma? Eu acho coerente, uma vez que já damos dinheiro para a Petrobras por que desfavorecer a Embraer? Tenho a solução: Bolsa família empresa estatal, hehe. Mas e o capital privado delas?! Ahhh quem se importa... Brincadeira, segurança hoje é tudo! Ou como diria João Gilberto: "É luxo só".

Falar em Samba e Bossa: Bom, todos vocês já devem ter ouvido a música Doralice, mas pense bem, substituimos o John pelo Lula, e a Dora pela Dilma, vejam se não combina:

"Um belo dia você me surgiu, Eu quis fugir mas você insitiu

Alguma coisa bem que andava me avisando, Até parece que eu estava adivinhando

Eu bem que não queria me casar contigo, Bem que não queria enfrentar, esse perigo Doralice (Dilma)

Agora você tem que me dizer, Como é que nós vamos fazer?"

Enfim, não sei se é minha mente perturbada, mas acho gozo nesse riso triste. Avante Brasil, que "nós que aqui estamos por vós esperamos".

Já que falei de cinema, alguém já viu "Viajo porque preciso, volto porque te amo?", eu quero tanto assistir, todavia não acho. Se alguém tiver um link me manda, juro que se for bonita eu dou um beijo.

O que me lembra: minha fixação por Los Hermanos é tanta que ando ouvindo Rodrigo Amarante, e já que estou dando dicas: Lamento Sertanejo. Se bem que é mentira, não consigo ouvir Marcelo Camelo e sua cocota, ou melhor novinha. Aiiii, espero que o Camelo não seja carioca...

E o Rio eim amigo? Dizem por aí que tão botando ordis, haha, alguém acredita? E os de farda, quem pega? Acho que vai valer a máxima do olho por olho dente por dente, o foda é que traficante ainda não tem tank, imagina?! Deve ta barato o ano novo por lá...

Por essas e outras que eu prefiro Sampa, aqui não se vive, não se sente. É um marasmo da perfeita melancolia, mas cheia de opções.

Penso em São Paulo dos anos 20, mas acho que não viveria em outra época tão áurea como o rio nos anos 60 e 70. Enfim, não voltemos a cidade maravilhosa, tão pouco ao passado, principalmente o que nunca vivi. Do passado só me interessa amores.

Diacho, queria era mesmo era falar do blog. Rui cade você camaradis? Ryan, não nos abandone não, achegue mais meu rei, gosto demais de tu, cabra macho!

E da-lhe brasilidade, a Bolívia é uma zona, penso em ir pra la nas férias, alguém junta? Curtir um trem da morte e baratas num passeio a la vida loca²? A verdade é que se o Suriname não fosse tão longe...

Cada vez mais penso em Parságada. Mas to vivo, e essa é a grande novidade. Ou seja, nenhuma. Ora pois, me sentir vivo já é algo, principalmente para quem andava no mundo rastejando seus próprios lamentos e vomitando dúvidas sem sentido.

De resto, bom, voltei a uma boa brejinha. É amigos, não aguentei ao calor dessa terra tropical, uma gelada me anima. Mas é só, juro! Quem anima?!

Dizendo isso digo adios, pois não vejo mais sentido em dizer coisas que ninguém quer ouvir, exceto meus entes queridos que por qualquer motivo tem uma profunda atração imcompreensível de minhas intimidades, alguns diriam que é loucura, eu digo que é voyerismo, mas é observar o amargor de mais uma vida medíocre.

Ah, quase me esqueci, a graça ta em ser medíocre, gente notável é muito chata...

Deixo-lhes beijos, abraços, e um caloroso conforto na despedida, pois quem ta na chuva é pra se divertir amigo, então deixe a giripoca bagunçar, que eu vou até raiar o dia... Aiueia! Huhu!

____________________________

notas:
precoce¹ - Diz respeito ao meu pouco tempo de vida e de entendimento sobre o amor, uma prematura e provável errônea conclusão e má interpretação daquilo que observei, li e senti.
vida loca² - Vida miserável, ausência de capital econômico específico, bufunfa, money.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Para Rui

Queridos amigos...

Por motivo de força maior, andei acrescentando à minha vida um conteúdo não muito familiarizado antigamente, a leitura, apartir da qual estou descobrindo o infindável mundo de idéias, conclusões, explicações e sabedoria, que sempre estão à nossa disposição, porém a falta de tempo não compensa o conteúdo agregado... Hunf! Mais um paradigma meu quebrado.

Pretendo com isso adicionar aos meus nobres leitores um pouco mais do que histórias mal-contadas sobre um adolescente qualquer, e começo voltando a um assunto que ainda estava obscuro para mim, e os argumentos de Rui não me convenceram.
O Amor.

Achei neste livro algo que completou meu "feeling" sobre o amor, e por mais que fosse necessário um capítulo para descrevê-lo, sucintarei com algumas colocações:

-Os sentimentos do amor podem ser a linguagem ou expressão do amor, o próprio ato define o verbo;

A palavra tem origem grega, e eles usaram várias colocações para este multifacetado fenômeno, que variam desde de afeição familiar, passando pelo amor incondicional até o desejo erótico ardente.
Durante os tempos, foram criadas falsas ilusões de que a palavra amor está diretamente ligada com coisa boa (até mesmo no dicionário), e por isso mesmo que citações como "amar os seus inimigos" tornam o amor (como verbo ou ação) desacreditado.

Enfim, alguns grandes homens como Roosevelt e Lincoln gostavam da seguinte definição:
-"...o amor é paciente, não se gaba nem é arrogante, não se comporta arrogantemente, não quer tudo para si, não condena um erro cometido, suporta todas as coisas, aguenta tudo..."
Daí é possível amar estupradores ou assassinos, tratando como pessoas, tolerando, entendendo. Mesmo que você não goste destes, você pode amá-lo, segundo esta definição. E o amor (tanto verbo como ação) não deveria ser vulgarizado como é hoje, pois fica claro aqui que não é algo fácil, só depende da sua paciência, serenidade, bondade, e de tudo isso que o amor requisita. Até os tais direitos civis protegem esses caras contra as faltas de amor popular.
Eu Não disse que sou à favor desta posição ou amo todos meus inimigos, para constar.

Agora se, por força maior, verbos, comportamentos ou palavras se tornam verdade simplesmente pelo mal-uso conjunto e incessante por parte da maioria devido a algum desvio no meio do caminho, aí sim podemos nos referir ao amor como aquele que é usado para comer uma gatinha gostosa, é proferido insinceramente para amenizar problemas ou só pra dizer que sabemos do que se trata.

Caio Fagundes

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Testículo do Vila - "Às favas com a sutileza"

Queridos amigos,

Vocês já devem estar acostumados, mas vou falar da vida, de forma genérica, ruim e angustiante. O eterno sofrer de cada ser que habita uma consciência plena de sua mediocridade e impotência diante de sua mente cheia de desejos. E como sempre é na dificuldade que mais desejamos.

É interessante observar esse tosco aspecto de nossa vida mais ou menos, se refletir um pouco vai perceber, assim como eu, que esse desejo constante é baseado, e quão mais valorizado, de acordo com a dificuldade em se obter. A aqueles que são racionais me expliquem onde esta a racionalidade disso? Exceto, é claro, se você admitir, assim como eu, que desejamos é sofrer. Igual a uma música boba dos los hermanos, ou um swing de corno do famoso jargão: “Garçom, aqui nessa mesa de bar, você já cansou de escutar...”

O fato é que queremos aquilo que é mais difícil, caro, ilustre, inalcançável. Pois é, e não teria como ser diferente.

Não sei qual idiota que me disse: “O primeiro princípio do ser humano é se sentir importante”. Né? Ele até que não era tão estúpido assim. Nós, a priori queremos atender a um sentimento de reconhecimento, e como fazê-lo melhor do que alcançar, possuir o distinto? Mesmo que seja um título acadêmico em uma família de analfabetos, o que queremos realmente é aquela palmadinha nas costas: Bom garoto! Igual a um estúpido cachorro.

E, tem que ser assim mesmo, ou você vai ser hipócrita e dizer que o importante é ser generoso, altruísta, benevolente? Haha, você faz isso pelo reconhecimento social que tem os bonzinhos infelizes.

Digo mais, a coisa fica ainda melhor trazendo para um exemplo mais palpável, tenho certeza que todos passaram por essa sensação: Lembra aquela pessoa especial, que você tinha uma verdadeira adoração, e com certeza parte dessa adoração era por ela ser “difícil”, a garota que ninguém têm, aquela pessoa intocável? Pois é, pessoas como essas povoaram a mente da maioria dos adolescentes medíocres, tal qual eu e você! Agora, você deve lembrar aquele gosto amargo quando em uma festinha qualquer chegou aquele galã, 3 anos mais velho, irmão do dono da festa, e de repente, sem você nem ver como, estava ela, entrelaçada com ele. É duro amigo, mas isso é a regra! Para aquele garanhão ela era só mais uma, só mais uma garota fácil da idade do irmão, e pior, no dia seguinte ele nem iria pensar nela, enquanto você ficará comentando esse episódio nas próximas duas semanas.

E assim você cresce, desejando o que não pode ter, se frustrando, e se sentindo um bosta... E assim vai ser o resto da vida. Não adianta vir com aquela balela: você tem que aprender a ser feliz, se contentar com o que têm, não desejar, não ser ganancioso, viver a vida um dia de cada vez, carpe diem, pensar positivo, a arte da guerra... Pega nas minhas bolas, isso não é felicidade!

As coisas são assim e pronto, e se você não aguenta, bom, bebe leite e não saia das tetas da sua mãe.
Corno! Sua mulher deseja outro todo santo dia, um cara bem dotado come aquela menina que você sempre sonhou pegar no colégio, e uma freira em algum lugar tem uma vida sexual melhor que a sua. Mas a vida é amarga, e como a cerveja, nem tudo que é amargo é ruim.

Aprenda a entender seu amargor, abra sua mente e veja momentos de diversão na mediocridade que você pode ter. Isso porque, mesmo aquele que come a mulher que você quer ter vai desejar outra que ele julgue melhor, mesmo o milionário que tem o iate que você quer ter vai pensar que não é o bastante, a vida é assim e nossa raça é “desejante” e por consequência: fadada a sofrer!

Portanto, pegue aquela baranga de jeito, faça-a feliz, viva tudo que possa ser vivido em suas limitações sociais, você nunca vai ser feliz, mas, de que isso importa? Corra do preto vazio, ele vai te pegar!

domingo, 21 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Crônica

"
Conheceram-se no casamento do primo Tavinho. Apaixonaram- se e, 4 meses depois, resolveram casar. Duzentas pessoas compareceram à pequena igreja. O padre, visivelmente cansado da viagem, e com a batina amassada começou o sermão:

'A data de hoje é muito importante... duas pessoas que se amam e se respeitam vão unir-se aos olhos de Deus ... assim como o respeito e o companheirismo, o sexo também é fundamental para uma aliança duradoura'.

Os convidados se entreolharam em silêncio, pensando que ia ser só uma menção sob a ótica da procriação.

'O sexo bem feito pode segurar o homem em casa e garantir também a fidelidade da mulher...'

A mãe da noiva aperta forte a mão do marido.

'Marcelo, você deve respeitar a vontade da Tatiana quando ela não quiser ter relações... mas isso não deve ser motivo para desgastes... o que eu sempre recomendo, nessas horas, para meus fiéis, é o prazer solitário, a masturbação... que dá maiores resultados quando se passa um creminho na face interna da mão'.

Os convidados reprimem o riso. A mãe da noiva começa a suar dentro do vestido mostarda alugado. O pai ameaça interferir, mas se coloca no seu lugar de cordeiro de Deus e relaxa.

'Tatiana, você não deve se conformar só com a posição 'papai e mamãe'. Ser ativa, no matrimônio, também é muito importante. Quando seu marido chegar cansado do futebol, por exemplo, você deve ficar por cima dele. Essa posição, além de dar uma folga para o esposo, também é excelente para que a mulher atinja o orgasmo, já que o contato do clitóris com a pélvis do marido é mais intenso. Se você, Marcelo, tiver um pênis muito avantajado, e que Deus o conserve assim, é conveniente que vocês escolham fazer amor de lado. Assim, você evita machucar a sua companheira, sem perder o prazer'.

Os convidados deixaram o riso transbordar como água num dique perfurado.Algumas mães, horrorizadas, tampam os ouvidos dos filhos. A essa altura,a mãe da noiva começa a se abanar com as folhas da decoração do altar. O pai olha o relógio na esperança do sermão estar chegando ao fim. Mas o Padre, com a maior naturalidade do mundo, continua:

'O coito anal deve ser praticado de vez em quando para não estagnar a relação. Se o seu orifício anal for muito apertado, Tatiana, você poderá usar o lubrificante íntimo Molhadinha e Discreta da Smart & Helmet ou o famoso KY Gel da Jonhson & Jonhson que são incolores e não tem cheiro...você também pode encontrar, em sexs shops, alguns lubrificantes de sabores extravagantes como, por exemplo,Piña Colada...'

Alguns convidados sentam para rir. Outros, começam a ficar com tesão e loucos para enfiar a mão por debaixo dos vestidos das mulheres.
O padre pega o copo de vinho e, dizendo umas palavras em latim, oferece ao casal.

'Quando a noiva estiver menstruada ela deverá avisar o marido antes da relação. Apesar das chances de engravidar serem bem menores, alguns cônjuges não gostam de fazer amor nesses dias'.

A mãe da noiva já começa a apresentar sinais evidentes de tontura e o pai, de taquicardia.
Enquanto isso, o padre abençoa a hóstia e a coloca na boca dos noivos, e continua o seu discurso:

'O sexo oral também é muito importante... tanto para o homem quanto para a mulher... por isso é fundamental que o casal mantenha os seus órgãos sexuais sempre limpinhos e saudáveis. Muitas mulheres, só conseguem atingir o orgasmo através do sexo oral.... e, a maioria dos homens, não vive sem um bom chupeteco'.

A mãe da noiva faz que vai desmaiar. Os padrinhos também se controlam e, junto com os convidados, começam a rir, enquanto o fotógrafo japonês, de terno listrado, dispara um clique atrás do outro.
Finalmente, o Padre abençoa o casal, introduzindo, em seus dedos, as alianças.

'Se a tentação for muito grande, a infidelidade até será permitida perante o Senhor... mas nunca sem camisinha ... Aproveito para lembrar que as camisinhas Loló, Hot, Red and Wet e Fuck me Baby foram as únicas que passaram nos testes de qualidade do Inmetro e do Ministério da Saúde. Os convidados podem sentar-se...'

Neste instante, um tio da noiva não resistiu e interveio ferozmente:

- Escuta aqui ô seu padre, que diabo de sermão é este? Isto mais parece um manual de sacanagem. Dê por encerrada esta cerimônia imediatamente!!! Pelo jeito tu também deve ser um daqueles padres pedófilos. Cai fora, seu depravado!! E mais, o nome da minha sobrinha não é Tatiana e do noivo não é Marcelo.

Silêncio profundo no altar e no templo...
O 'padre', agora com um olhar de surpresa, desculpa-se.

'Olha aí gente, não levem a mal não, eu também não sou padre, sou ator,fui contratado por amigos dos noivos pra fazer esta brincadeira, mas acho que errei de casamento!! Mas se serve de consolo, lhes asseguro que essas dicas servem muito bem para todos que moram neste cú de mundo. Fui!!!'
"

Dizem que a cidade de Amaral Ferrador nunca mais foi a mesma...
(Luis Fernando Veríssimo)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo IV

"
Quando acordei aquele dia eu não imaginava que iria conhecer a área vermelha... Aquele lugar
conhecido pelo número que o identificava piscando azul-neon.

Vou contar do começo.
Na verdade, não tem muita introdução. Eu e meus amigos ja tinhamos ido em baladas open bar, barzinhos, botecos, matineés, bingos (quando não era proibido) e ainda não estávamos satisfeitos. Alí que surgiu a idéia.


Apertamo-nos no único carro do grupo e desembarcamos a 100 metros do local, e aí ja começou o suspense: aflitos, com medo de serem reconhecidos naquela rua caracterizada, sem experiência nenhuma no assunto e com a menor idade possível que permitiria tal situação. Era tudo desconhecido, diferente, sinistro, escuro, emocionante.

Aquele número piscando, e um dos algarismos com a luz queimada, não saem até hoje da minha cabeça. Um segurança um tanto quando intimidador trancava a porta a cada "cliente" que entrava ou saía. Fomos revistados, entramos, e ele tranca a porta. Pronto! Cruzamos a fronteira! Saímos da região onde as leis tentam preservar a ética, a moral, os direitos/deveres e condena os que se opõe ao bom funcionamento do sistema e entramos na área onde quem ditava as regras, era a própria casa. Essa sensação é extremamente forte, nos sentimos "dentro do ilegal", e suscetíveis ao ambiente. Abraçemos o capeta então.

Logo nos acostumamos, e começamos a nos divertir. A música era muito boa, o clima era bem parecido com uma baladinha, e tinham bastante mulheres bonitas (algumas nem tanto), e quase sem roupa. O cenário, no fundo, era interessante. Os homens comprometidos procurando um refúgio, os que era vítimas de depressão, os que só estavam ali para ver peitinhos, os ricos e velhos sem mulher e os aventureiros, apesar de serem a grande maioria, quase sumiam dentre tantas garotas chamativas.

Era engraçado, a loja em que as vendedoras se vendiam. Era como entrar numa loja para comprar tênis, mas o próprio produto ia atrás de você. Por alguns momentos você até achava que era bonito, interessante e sexy, se esquecesse onde estava.

Bom, ja estava na minha vez. Quase fim de balada, e eu, nada ainda. Meus amigos tentaram me ajudar a escolher, mas eu queria começar devagar, por isso escolhi aquela baixinha simpática (simpática, ahh vá?!). Ela pegou na minha mão, e me levou à suite. Aliás, pegar na mão é algo muito íntimo e/ou invasor. Vender o corpo, passar a mão ou beijar na boca pode ser menos íntimo que pegar na mão, pela atitude, pelo significado, e fiquei até mais confiante depois disso.

Frio na barriga.

Na suíte, depois dela fechar a janela que dava vista para um "casal" copulando em outro quarto, e enquanto eu notava uma baratinha andando no pé da cama ela perguntou: "Não vai tirar a roupa?" (porra, não tem nem a preliminar? Pensei eu).

Mais frio na barriga.

Mnha precociedade natural de adolescente somado ao nervosismo e àquela situação tornou o momento meio rápido, se é que me entende. Pra não desperdiçar meus 25 minutos restantes, fiquei conversando. Até fui elogiado antes de ir embora (acreditei no elogio durante uns dias).


Depois de sair daquele submundo à parte da realidade e voltar para casa, notei o quando aprendi naquela noita, principalmente naqueles minutinhos de conversa. Ouvi coisas cabulosas e revelações que não vém ao caso falar por aqui, e descobri o que se passa e como se vive nesse mundo, e no final ainda não conclui se realmente vale a pena para aquelas "profissionais" se submeterem aquilo, ou se elas gostam ou não.

No final fiquei feliz, e imagino o quanto seria vazio (ou o quanto deixaria de descobrir, depende do ponto de vista) se não tivesse cruzado a fronteira e penetrado na área vermelha. "

sábado, 13 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Momento reflexivo

Dois rapazes conversavam sentados no banco da praça

"_Victor, você ta bem? Ta meio estranho.

_É Marcelo, da pra ver que me conheces bem...

_Pois então diga!

_Não sei direito... É a vida... Os outros não vieram, estamos só nós aqui, e isso me fez pensar várias coisas. A 'vida' chega e você tem que vivê-la, seja verdadeiramente ou simulando. Lidar com a vida não é tão fácil, tem um monte de coisa para fazer, sobra pouco tempo para os velhos momentos, cada vez mais esparsos e tomandou outros rumos.

_Engraçado... Também fiquei um pouco assim após esses sentimentos exalarem de você. Tá tudo tão estranho, tão esquisito, infelizmente. É inevitável viver, e essas coisas acontecem: o afastamento, os compromissos, as outras prioridades, acho que o jeito é ter de aprender a conviver com isso ou gostar de alguma forma, em vez de tentar voltar tempo.

_Não concordo com isto. As coisas realmente mudam, tem que mudar, mas a essência é a mesma, o propósito é o mesmo. Observa: por mais que o tempo tivesse passado o peso de nossa tradição preserva este momentos que temos, como agora por exemplo. O nosso fundamento não muda.

_Hum, não sei... Observa você agora: estamos aqui, mas tem gente trabalhando, estudando, saindo com a esposa(interrupção)

_Mas eu desejo tudo do melhor pra gente, afinal, nós merecemos até melhor!

_Sim, concordo, nós merecemos o melhor, e precisamos também pesar os melhores na medida certa. Estes desequilíbrios que entram no meio dessa situação pode abalar o peão, e fica difícil administrar. Cada um pondera os seus melhores da maneira que mais lhe convém, e isso que me assusta.

_É, tem razão. (silêncio reflexivo). Parece que diante desta situação temos mesmo que aproveitar o máximo enquanto o essência se conserva. Essa negócio pega forte às vezes, de dentro pra fora.

_Isso talvez seja bom sinal. Vem de dentro, do coração... Talvez isso pondere mais em você, e fico feliz, porque senão só estaria eu aqui, ou só fulano, ciclano...

_As vezes as pessoas argumentam, podem fazer até teses, dão desculpas, adiam ou simplesmente ignoram estes pequenos momentos, e eu fico triste com isso, mesmo sabendo que é uma tentativa falha de isentar-se de culpa e fazendo o melhor para si, escondendo a própria essência que ainda às vezes consome por dentro. Esta angústia é como um veneno incurável do bem, que ficou impregnado pra sempre, e que nos faz sentir mal quando há algo diferente, quando tá faltando convivência, quanto tá faltando saciá-lo.

_É complicado mesmo, não sei explicar direito também.
Esta conversa ta me deixando pior, vamos mudar de assunto...
Escute só esta piada: ..."

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bombadas do Rei - Outono

Em Kansas City, o cenário encontra-se típico de outono. Ando pelas ruas e me parece que tudo é uma pintura. As folhas com um tom alaranjado e amarelado caídas no chão. E não são poucas. Acho muito interessante o efeito que o clima nos traz. Por aqui, as estações são muito bem definidas, e elas afetam, e muito, nosso humor. Lembro-me que há dois meses, podia sair e correr pelas ruas sem camiseta, como se todos os dias fossem fins de semana. Agora, o frio está chegando e os tempos de praticar esportes sem camiseta se acabaram, assim como aquelas pessoas correndo pelas ruas no final da tarde. Não me leve a mal, o frio também tem seu lado bom, mas com certeza este clima me faz sentir estranho. Difícil explicar o sentimento. Acredito que ao mesmo tempo sinto-me confortável, porque adoro esse clima de outono, quando as ruas ficam muito bonitas. Mas ao mesmo tempo tristeza, pois isto me faz pensar que meu tempo nesta experiência internacional pode estar chegando ao fim, e não vou mais poder vivenciar este clima. E alem do mais, este clima me traz uma sensação de fim de ano, quando estou perto de voltar para casa e rever a família e amigos, numa mistura de felicidade, saudades, incerteza, e a sensação de que tenho que aproveitar ao máximo cada momento vivido em ambos os países, gerando sentimentos confusos.

Bom, brevemente chegará a neve, proporcionando outro cenário completamente diferente, com lados bons e ruins, que vou discutir em sua chegada.

Ryan Field.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Testículo do Vila - "Momentos de indagação"

Rima sem propósito

Eu não sei mais o que fazer
Quando ela vem
Quando vai
Ondas que já não soam mais

Do fundo brotou
Reludio amoroso leal
E assim foi,
Tanto
Que meu amor já não rima mais


-//-


Minha angústia se alonga a outro patamar agora amigos. Dividido entre o certo e o completamente insano: o impropósito.

Sinto esperar o certo, quando não quero mais esperar e sim sentir. Difícil entender a mim mesmo, mas é fato que amizades e amores são complicados, principalmente quando se une um a outro.

Preciso dizer que minha vida é assim, nem aqui nem ali.

É um esboço do mundo, tal como é. E deve ser assim mesmo, pois vivo e vivo solto por aí minhas incertezas.

Como fico então? Arrisco tudo que amo para amar mais?

Eu não sei... é isso que mata os poetas... Não bebo mais!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Bufas do Rei - Fique alerta

"Não deixe que a vista embace, nem que a audição silencie. Não deixe que o gosto ou o cheiro se percam. Mantenha o tato firme e, acima de tudo, a mente sã. São nessas ausências que Deus opera seus milagres".

domingo, 7 de novembro de 2010

Pentelhos do Rei - O "amor" numa outra abordagem...

Caríssimos leitores e colaboradores. Diante das divergências para com meus argumentos acerca da inexistência do amor, venho aqui propor uma nova abordagem do tema. Para tanto e sem a pretensão de aqui querer convencê-los/persuadi-los, sirvo-me da idéia superficial da "maiêutica" para perguntar:

- O que é o amor? Qual o teu conceito?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo III

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Atraído pelo enorme "60% OFF" da MOfficer, TNG ou qualquer loja assim, não lembro, entrei para dar uma bisbliotada. Logo uma vendedora vem, lógico, e começa a tentar me empurrar tudo que consegue. Eles não entendem que às vezes entramos na loja simplesmente para conhecer preços, modelos, passar o tempo ou qualquer coisa, mas não pra comprar, principalmente quando não se tem dinheiro para isso.

Além de chamar pelo nome e aquele carisma e tanto de vendedora, ela começa a perguntar se eu ia a igreja, se morava no bairro e coisas parecidas. Demorei a perceber o joguinho (na verdade não acreditava muito). A conversa ja estava em outro rumo quando percebi, e eu, é claro, fiz questão de morder a sua isca. Quem diria! Entrei na loja querendo ver calça e saio de encontro marcado.

Dessas situações e muitas outras percebemos que não adianta muito fazermos planos e estratégias sendo que as vezes as coisas mais interessantes acontecem "por acaso", seja ele existente ou criado.

No dia, nem consegui dormir... Ela, pelos menos uns 4 ou 5 anos mais velha, ganhava um bom salário, e eu com meus 18 anos e nem havia saido do colegial. Preciso impressionar: passo o melhor perfume (não que fosse bom, pelo contrário), coloco a melhor roupa (idem anterior), pego com o papai o dinheiro do busão e do cinema, e vamos lá.

Eu chegava ao ponto de encontro, naquela fontezinha famosa do Shopping. Até lá meu perfume ja se fora, o cabelo ja estava bagunçado e o estômago já estava embrulhado... Confesso que não memorizei com total segurança o rosto da vendedora, e essa foi a maior surpresa: o uniforme dela, a loja como background, a garota mais velha e "rica" me xavecando por dentre as ofertas de roupas, tudo isso foi fundamental.

Quando a vejo, o cabelo já não era tão natural, o bojo do sutiã era bem menor, a marquinha da calcinha estilo paraquedas e o óculos aparecera subitamente. A promoção de calças daquele dia estava mais interessante que o assunto, que se limitava a fofocas das amigas.

Na despedida, de mãos dadas, dei um selinho e fui embora.
Bom, pelo menos paguei de gatinho, não gastei dinheiro, o filme do cinema foi legal (Shrek 1, não esquecerei) e fiz algo de se contar. Da próxima vez pensei em avisar que era melhor se ela fosse de uniforme. Quem sabe agora eu consiga um descontão?"

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo II

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_É claro que vivemos em sociedade e estamos constantemente cercados de pessoas em qualquer lugar (principalmente em transportes públicos no final da tarde), e por isso não devemos atuar por nós mesmos sem ao menos pensar nas consequências ao redor ou às pessoas à nossa volta.

Com tanto repórter sem nada mais interessante de passar do que tragédias sensacionalistas, familiares ou "colegas" que tentam "dar dicas" (escolher por nós) com quem andar contando histórias que já presenciaram ou só pra assustar mesmo, e até mesmo pelo nossa pequena vivência, às vezes ficamos com o pé ou a perna inteira atrás antes de conhecer alguém em quem possa confiar. Vai deixar denovo que escolham por você? Voltemos ao Capítulo I...

Ficaremos de pé atrás e perder a oportunidade de conhecer alguem interessante (desta vez não digo das mulheres) e que tenha o bastante para compartilhar conosco, e nós com ele?

Essas pessoas interessantes podem assumir várias configurações...

-O padre: Aquele que você não vê com muita frequência, a maioria não sabe que você o conhece ou o frequenta, mas sempre que precisa ele está lá pra te ouvir, perdoar se necessário, e guardará tudo que disser em segredo, sendo que não necessariamente aja como tal.

-O "traficante": Não tem nada a ver com o ato de traficar, mas tem algumas coisas em comum. Você geralmente gosta dele porque ele é legal, pop, frequenta lugares bonitos e diferentes, tem "caráter" e "personalidade", mas sempre fica apreensivo dele te meter em alguma roubada, pois sabe que não poderá negar.

-O cúmplice: Sabe aquele cara no qual você pensa sempre que ta pensando em fazer besteira? Isso, ele mesmo. Não pensa duas vezes quando o convida para fazer algo incomum, sabotar, infrigir regras ou simplesmente se divertir.

-O estranho: O cara estranho... Tem TOC's no mínimo curiosos, faz coisas bizarras simplesmente por fazer, e você morre de rir com ele e até as vezes tenta imitá-lo pra ser tão engraçado quanto.

Não vou me alongar muito, pois poderia continuar com o: o garanhão, o burguês, o chato, o simpático, o gay, etc.
Acho que uma das minhas maiores descobertas foi conhecer as pessoas interessantes que conseguem grande parte destas configurações, os amigos, dos quais não troco por nada, e nunca acharei iguais. Dos quais estão sempre ao seu lado e farão o que for possível pra livrar sua barra, e vice-versa com muita gratidão. "

domingo, 31 de outubro de 2010

Pentelhos do Rei - Oposição incompetente

A eleição da candidata Dilma Rousseff à presidência do Brasil não chegou a ensaiar nenhuma surpresa. A popularidade de Lula, as já conhecidas "coligações mais que duvidosas" e a incompetência da oposição são os fatores que determinaram tal vitória. Munido do pensamento de que a fatalidade só acontece para aqueles que desconhecem os fatos, algumas palavras precisam ser ditas acerca do último fator citado, qual seja, a incompetência - beirando o amadorismo - da oposição brasileira.

De início, cabe lembrar que nenhuma palavra foi dita até que fosse anunciado o resultado no que diz respeito aos inúmeros vícios da campanha do candidato Serra. O motivo é estratégico: qualquer tipo de agouro - por exemplo, "o país tem o presidente que merece" -, principalmente no que diz respeito às matérias metafísicas, como é o caso da Política, matérias cujas certezas são tão sólidas quanto a água que escorre das mãos, só estimula a polarização das posições - no caso, de um lado o PSDB e o do outro o PT - sem assim fazer crescer as pessoas e as posições com o debate. As críticas realizadas nestes tempos, longe de serem construtivas e comprometidas com a mudança do cenário, limitaram-se a chacotear o "outro", à semelhança do que Sartre resumiu ser Deus o espelho e diabo o outro. Feitas essas considerações inclusive filosóficas, é muito mais fácil de constatar e assimilar que esta eleição foi uma batalha dos vivos do PT contra os já mortos do PSDB.

Mortos porque, em política, o principal partido de oposição demonstrou amadorismo ao perder uma batalha que já estava ganha: no início da candidatura, Dilma era desconhecida por mais de 80% da população nacional, o PT estava dilacerado, ainda se recuperando do inexplicável mensalão e o PMDB - o verdadeiro presidente do país - estava dividido, tendente a apoiar qualquer um dos candidatos.

Diante deste cenário, enquanto a oposição amesquinhava-se nas discussões entre Serra, Alckmin e Aécio, o presidente Lula fez renascer o império que construiu nos 8 anos de governo. Com seu voto de confiança, consolidou Dilma como sua sucessora; fez ressurgir o PT como legenda nacional e; trouxe pra si o PMDB do Michel Temer, do Sarney, do Jader Barbalho, do Renan Calheiros etc.

Em contrapartida, o PSDB escolheu como candidato o já testado e apático José Serra, desprezando assim o fator "carisma", que desde os tempos mais primórdios tem determinado os presidentes desse país. Não obstante, ainda incorreu no erro de tentar aproximar-se do Lula, tentando se aproveitar da sua popularidade. Adotou-se a idéia de que "o país pode mais", incorrendo na petição de princípio de contestar aquilo que está bom. Errou feio neste quesito porque não explorou os 8 anos de governo cheio de mazelas e assistencialismos, erros e projetos inacabados, para não falar da corrupção generalizada, encabeçada pelas sucessões na Casa Civil (José Dirceu, depois Dilma e depois Erenice Guerra). Aliás, para demonstrar a fragilidade dessa campanha, ante ao levantamento de supostos intelectuais pró-Dilma, não se soube explorar a intelectualidade que apoiava o candidato Serra, a saber, Celso Lafer e Ives Gandra Martins, entre inúmeros outros mais comprometidos com o país que Chico Buarque, por exemplo. Enfim, uma série encadeada de erros, os quais dificilmente seriam superados a ponto de derrotar a insofismável influência do presidente Lula na política brasileira.

A título de conclusão, o que se viu nessas eleições foi a atrapalhada inércia de uma campanha inocente, acompanhada do menosprezo à figura e à força do político presidente - mais político que presidente - Lula.

sábado, 30 de outubro de 2010

Testículo do Vila - "Eita que dificuldade"

Olá meus queridos leitores! Estava com saudades de vocês.

Bom, ultimamente ando tendo diversas dificuldades com horários, e por gentileza peço desculpa a vocês que leêm o blog.

Entretanto, por falar em dificuldades, queria partilhar com vocês a difícil empreitada que se apresenta a nós no dia de amanhã. É amigos, a eleição bateu as portas e se tornou difícil dizer quem vai ganhar com certeza.

Fato esse que eu observo com certa curiosidade, uma vez que não é a grande goma de qualidades que nossos candidatos têm, e que por isso torna tal debate tão difícil, mas sim pela destreza em escolher o "the best of the worst".

Veja bem, é triste.

Quase como um poema mal acabado, é triste pensar em um país dirigido por quem não tem mais o que fazer exceto ataques mútuos, propostas duvidosas (desmatamento zero!!!) e falta de argumentos compreensíveis.

A Dilma, boneca de olinda em dia das bruxas combina muito bem como o nosso paulista vampiro careca. Como é difícil escolher um motivo para votar neles!

Mas, acho que é assim mesmo. Um país que elege tiririca como representante vai escolher bem?

Por falar nisso hoje falava com um gringo que nem português fala, ele me dizia que achava um absurdo o Tiririca ser eleito, e que isso gerava uma imagem feia do país. Eu disse que era assim mesmo, que isso era o retrato da falta de educação de toda uma população; pensei melhor depois e decidi que não, isso não é falta de educação, é falta de bom senso. Concordo com ele quando ele diz que quem votou no palhaço é argentino.

Na argentina a coisa anda feia, ex presidente, marido de presidenta foi dessa pra melhor, e o Lula, tadinho, deve tar puto por tar fazendo papel de presidente às portas de eleição, a Dilma foi mal no debate vai ver que por isso. Acho que não, ela é ruim mesmo!

O fato é que eu me sinto chupado - no mal sentido - por parasitas que nada tem de representantes da soberania popular, na verdade o pova às traças ficaria uma expressão melhor.

Tava pensando em fundar uma republica, sabe? fazer uma mobilização na internet e criar uma nova autoridade política, quem junta? Não, acho que não, aliás nem me dou pra política e a preguiça fala mais alta.

Vai ver é esse o mal, o povo preguiçoso! Hehe, que injustiça a minha, o povo é como qualquer outro: trabalha quem precisa ou quem gosta. E pra falar a verdade se eu pudesse não iria trabalhar não, coisa mais chata...

É isso, devia ter nascido filho da grande burguesia, milionário! Assim poderia explorar os pobres e dizer que faz parte do sistema, da sociedade e até mesmo da minha educação, por que não?

Sei lá, é difícil pensar em tempos assim...

Talvez eu abra uma pizzaria "pizzas sem queijo", será que faria sucesso? Pois é, tenho uma teoria sobre isso: "todo mundo diz que gosta de queijo, mas a primeira que acaba é sempre a sem queijo!".

Domingo perdido, acredita que deixei de viajar no sábado só pra exercer minha cidadania? Devo ser um otário mesmo! O bom é que to numa peixada agora, escrevendo para vocês... É eu sou mesmo burro.

Enfim, eu acho que quero conhecer Paris, dizem que por lá o pessoal briga de verdae pelos seus interesses. Até presos os estudantes estão sendo... Poético não?

Eu to mesmo é cansado do marasmo, da empatia pelo "deixe a vida me levar". O duro é que to deixando...

E assim vai o Brasil, votando, elegendo, não fiscalizando, e não sendo representado. Caminhando pelas próprias forças, sendo essa daqueles que precisam trabalhar - ou gostam. E eu vou deixar assim, porque não quero ser um gritando na multidão e não tenho saco pra mobilização. Sou mais um, medíocre, dentro da massa, que não está a fim de mover a bunda para melhorar a situação política pois eu prefiro melhorar a minha honestamente! Talvez seja isso mesmo, porque ta tudo difícil e eu não tenho dinheiro pra investir na pizzaria.

Até mais ver,

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo I

Frente às excelentes reflexões e capacidade argumentativa de meus companheiros, mudarei um pouco meu discurso, e colocarei minhas reflexões, pontos de vistas e fatos percebidos e vivenciados neste novo personagem, que lhes contará sua própria história...


Samoel:

_Lembro exatamente quando é que foi que todas minhas memórias começaram: no ápice de minha adolescência, recebo um desagradável recado... Não importa quem nem como, mas fiquei avisado de que aquele momento da minha vida, aqueles tempos, iriam acabar um dia. E não diminuir, mas acabar de um jeito irrecuperável, só sobrando nostalgia. A princípio não queria acreditar, e achei realmente que eu conseguiria sustentar aquele dia-a-dia.

Mas, como sempre estamos com o pé atrás da orelha, tratei de querer aproveitar. Vai que esse recado é verídico...
O começo de minhas histórias funcionarão como um resumo, e deixarei as histórias singulares mais adiante para que entendam os reais motivos de minhas ações.

Depois deste dia fatídico, virei observador. Comecei a observar tudo a minha volta para entender melhor por onde circundava, os costumes, as aparências, as pessoas, e ser mais preparado ao lidar com isso.

Não poderia começar diferentes... Mulheres!
Loiras, morenas, baixinhas, japonesas, anciãs, legais, coitadas, mandonas, inteligentes ou qualquer combinação anterior. Todos que eu conhecia sonhavam na perfeita, quantidade de requisitos quase inatingíveis para uma mulher, ou almejavam o próximo daquilo, esquivando-se dos itens da lista negra. Besteira...

Primeiramente, falta de respeito... Se fosse assim, compraríamos mulheres no supermercado. Por mais cobra ou sonsa, com todos os neurôniuos bons ou apenas 10% funcionais, e com a incrível miscigenação de nosso Brasil, impossível não encontrar algo interessante em cada uma elas. Aliás, é uma coisa que gostamos de fazer: achar bucho ruim e nunca experimentá-lo. Às vezes aquele fígado é picanha. Não tem como saber, tem que comer.

Pensamento pobre querer alguém porque foi quem sobrou. Pra mim é diferente: escolhe-se pelos atributos. As mulheres são, primeiramente, mulheres. É natural que achemos detalhes, por mais ínfimos que sejam, que instigam nossos instinto animal. Por que perder a oportunidade de conhecer e disfrutas de uma fêmea? Aliás, quem sou eu para dar o veredito do negar? Veja o lado bom das coisas, sempre.

Toda regra há exceção, não esqueçamos disso!

Por causa disso conheci várias mulheres... Várias. Mais experiências boas do que ruins (embora isso seja um mero ponto de vista). Contarei algumas delas mais tarde.

Até então eu ja havia estudado bastante, e tinha que por em prática minha teoria e conhecer esse mundo do qual nem os poetas mais sábeis, filósofos ou cientistas mais racionais chegam a um consenso...

domingo, 24 de outubro de 2010

Pentelhos do Rei - A questão do aborto nas linhas de Olavo de Carvalho

Na coluna desta semana, peço licença para colacionar o texto do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho acerca da questão do aborto, tão debatida nestas eleições.
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Lógica do abortismo - Olavo de Carvalho, 14/10/2010.

O aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu jamais provar, com certeza absoluta, que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito. A existência mesma da discussão interminável mostra que os argumentos de parte a parte soam inconvincentes a quem os ouve, se não também a quem os emite. Existe aí portanto uma dúvida legítima, que nenhuma resposta tem podido aplacar. Transposta ao plano das decisões práticas, essa dúvida transforma-se na escolha entre proibir ou autorizar um ato que tem cinqüenta por cento de chances de ser uma inocente operação cirúrgica como qualquer outra, ou de ser, em vez disso, um homicídio premeditado. Nessas condições, a única opção moralmente justificada é, com toda a evidência, abster-se de praticá-lo.

À luz da razão, nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio. Mais ainda: entre a prudência que evita correr o risco desse homicídio e a afoiteza que se apressa em cometê-lo em nome de tais ou quais benefícios sociais hipotéticos, o ônus da prova cabe, decerto, aos defensores da segunda alternativa. Jamais tendo havido um abortista capaz de provar com razões cabais a inumanidade dos fetos, seus adversários têm todo o direito, e até o dever indeclinável, de exigir que ele se abstenha de praticar uma ação cuja inocência é matéria de incerteza até para ele próprio.

Se esse argumento é evidente por si mesmo, é também manifesto que a quase totalidade dos abortistas opinantes hoje em dia não logra perceber o seu alcance, pela simples razão de que a opção pelo aborto supõe a incapacidade - ou, em certos casos, a má vontade criminosa - de apreender a noção de "espécie". Espécie é um conjunto de traços comuns, inatos e inseparáveis, cuja presença enquadra um indivíduo, de uma vez para sempre, numa natureza que ele compartilha com outros tantos indivíduos. Pertencem à mesma espécie, eternamente, até mesmo os seus membros ainda não nascidos, inclusive os não gerados, que quando gerados e nascidos vierem a portar os mesmos traços comuns. Não é difícil compreender que os gatos do século XXIII, quando nascerem, serão gatos e não tomates.

A opção pelo abortismo exige, como condição prévia, a incapacidade ou recusa de apreender essa noção. Para o abortista, a condição de "ser humano" não é uma qualidade inata definidora dos membros da espécie, mas uma convenção que os já nascidos podem, a seu talante, aplicar ou deixar de aplicar aos que ainda não nasceram. Quem decide se o feto em gestação pertence ou não à humanidade é um consenso social, não a natureza das coisas.

O grau de confusão mental necessário para acreditar nessa idéia não é pequeno. Tanto que raramente os abortistas alegam de maneira clara e explícita essa premissa fundante dos seus argumentos. Em geral mantêm-na oculta, entre névoas (até para si próprios), porque pressentem que enunciá-la em voz alta seria desmascará-la, no ato, como presunção antropológica sem qualquer fundamento possível e, aliás, de aplicação catastrófica: se a condição de ser humano é uma convenção social, nada impede que uma convenção posterior a revogue, negando a humanidade de retardados mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros, de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo os caprichos do momento, pareça inconveniente.

Com toda a clareza que se poderia exigir, a opção pelo abortismo repousa no apelo irracional à inexistente autoridade de conferir ou negar, a quem bem se entenda, o estatuto de ser humano, de bicho, de coisa ou de pedaço de coisa.

Não espanta que pessoas capazes de tamanho barbarismo mental sejam também imunes a outras imposições da consciência moral comum, como por exemplo o dever que um político tem de prestar contas dos compromissos assumidos por ele ou por seu partido. É com insensibilidade moral verdadeiramente sociopática que o sr. Lula da Silva e sua querida Dona Dilma, após terem subscrito o programa de um partido que ama e venera o aborto ao ponto de expulsar quem se oponha a essa idéia, saem ostentando inocência de qualquer cumplicidade com a proposta abortista.

Seria tolice esperar coerência moral de indivíduos que não respeitam nem mesmo o compromisso de reconhecer que as demais pessoas humanas pertencem à mesma espécie deles por natureza e não por uma generosa - e altamente revogável -- concessão da sua parte.

Também não é de espantar que, na ânsia de impor sua vontade de poder, mintam como demônios. Vejam os números de mulheres supostamente vítimas anuais do aborto ilegal, que eles alegam para enaltecer as virtudes sociais imaginárias do aborto legalizado. Eram milhões, baixaram para milhares, depois viraram algumas centenas. Agora parece que fecharam negócio em 180, quando o próprio SUS já admitiu que não passam de oito ou nove. É claro: se você não apreende ou não respeita nem mesmo a distinção entre espécies, como não seria também indiferente à exatidão das quantidades? Uma deformidade mental traz a outra embutida.

Aristóteles aconselhava evitar o debate com adversários incapazes de reconhecer ou de obedecer as regras elementares da busca da verdade. Se algum abortista desejasse a verdade, teria de reconhecer que é incapaz de provar a inumanidade dos fetos e admitir que, no fundo, eles serem humanos ou não é coisa que não interfere, no mais mínimo que seja, na sua decisão de matá-los. Mas confessar isso seria exibir um crachá de sociopata. E sociopatas, por definição e fatalidade intrínseca, vivem de parecer que não o são.

Fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/aborto/11509-logica-do-abortismo.html

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Bombadas do Rei - Philophia

Primeiramente, encontro-me embriagado.... Gostaria de abordar o assunto do propósito da vida. De acordo com filósofos e com minha própria opinião, o propósito da vida é sermos felizes. Sempre acreditei nisso. Mas recentemente tenho pensado numa outra possibilidade. De acordo com Jeremy Bentham, a situação ideal seria aquela em que a as pessoas vivem a maior felicidade e no maior numero de pessoas. Concordo com Bentham. Portanto, devemos então proporcionar felicidade a outras pessoas? Digamos que um individuo não se encontra na sua melhor situação, mas pode ajudar a outros, então deveria fazer-lo? Não necessariamente devemos nos preocupar somente conosco.


Ryan Field

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Bombadas do Rei - O desabafo

Primeiramente, gostaria de informar uma mudança no meu nome. Não que não goste de Kakau, mas preciso de um nome mais profissional, e que se enquadre com os nomes dos outros escritores. Podem me chamar de Ryan Field.

Tenho pensado muito sobre relacionamentos e sexo. Uma duvida gigantesca envolvendo minha ex-namorada e o estilo de vida do prostituto. Estou inclinado para uma visão contraria da visão deste grupo. Desde que eu e minha ex terminamos, não consigo esquecê-la. Eu achava que me relacionando com outras faria esquecer, mas este não está sendo o caso. A vida de prostituto trás uma satisfação física. E também é boa a sensação de zoeira, e ter historias para contar, mas é possível ter essas zoeiras mesmo estando em um relacionamento. A verdade é que estou cansando de lutar contra meus sentimentos. Imagino se seria capaz de esquecer, se em vez de viver a vida de prostituto, experimentar um relacionamento um pouco mais serio com outra mulher, e ver se sentiria o mesmo.

Ryan Field.

domingo, 17 de outubro de 2010

Testículo do Vila - "Novidades no Blog"

Caros leitores,
Antes de começar a falar sobre as novidades do blog, devo dizer que não postei sexta pelo simples fato de meu computador estar com problemas. É a tecnologia me deixou sem eira nem beira.
Mas agora, venho com muito prazer anunciar algumas novidades do blog:
1) Teremos cartoons, e tirinhas. Desenhadas por mim. Aguardem, a expectativa é que essa semana uma já de as caras.
2) Haverá uma seção de "Entretenimento e Cultura".
3) Novo correspondente internacional chegando.
Tendo anunciado as expectativas para esse mês, vou ao meu texto semanal não publicado na sexta.
A bebida como lubrificante social
Acho que foi Durkhein quem disse: "A bebida é o lubrificante social", e se disse foi sábio. Ora, o que torna possível a interação social mais que a bebida? um tópico? não, o tópico gera a discussões, a bebida leva a profundas conversas interessadas apenas na conversa, e não nas soluções. Alguns usuários diriam que a verdinha, o ato de passar o banza, daria uma interação maior. Mas em uma roda onde nem todos "usam" seria mesmo o melhor? Não!
Nem a dança, a paquera, o convívio dentro de uma mesma festa cria mais interação interpessoal do que a bebida.
É fato que a bebida não cria amizades, tal qual uma discussão ou um esporte fariam, mas a bebida proporciona algo mais: a ausência da solidão humana. Por isso defendo a bebida como ato social, e não o alcoolismo exclusivo a si mesmo - ou o ato de tomar umas biritas sozinho. Em ambos o indivíduo bebe, em ambos o indivíduo fica no mesmo estado físico, mas o faz por razões diferentes e aí reside toda a diferença.
Dessa forma é possível que a bebida seja a maior mobilizadora de seres humanos a conviver juntos, pois quando se bebe o único ato possível é o alcoolismo ou a convivência entre pares.
O homem que bebe no ambiente social o bebe junto a outros a fim de criar um clima propício ao desenvolvimento das conversas e interações mais propícias ao local apresentado.
Portanto, se torna clara a presença do alcool como lubrificante social. Por mais claro que o que torne o ambiente agradável e produtivo à interação não seja o alcool e sim as pessoas, o clima, quem o faz melhor, por excelência é o alcool. Mesmo que você não beba.
Agora irei citar um exemplo para elucidar o que estava dizendo:
Jogos universitários - O esporte é a desculpa. A cidade distante de "casa" é o local. A festa, o alojamento, e o estádio são o ambiente. O lubrificante oficial é o alcool. Então, as pessoas que são o propósito de toda a diversão, só estão nesse âmbito a procura de outros seres humanos devido ao tripé: "desculpa, local e ambiente". Porém o tripé só interage quando junto ao alcool.
Quem já participou de competições esportivas de alto nível sabe bem a diferença de diversão entre um jogos universitários e uma competição, mesmo que o outro tenha as mesmas características.
O que quero dizer com isso é que o Alcool é uma dádiva, um elemento importantissimo do composto de nossa sociedade, e principalmente para a juventude. Mesmo que você não beba, sem ele você não irá se divertir, porque não irá existir clima para isso.
Por isso digo: "Enjoy your birita, my brodi!"

Pentelhos do Rei - Novo dia de postagem, antigas e já sabidas considerações sobre o PT

Caríssimos, mil perdões pela ausência. Peço desculpas aqui, publicamente, justificando que durante a semana estava quase impossível postar. Como se não bastasse o trabalho que tanto tem me consumido, venho reforçado o tom da minha campanha anti-PT, o que vem me tomando muito tempo. Esta minha batalha exige não só esforço, mas persistência. O PTismo é uma doença difícil de curar. Exige conhecimento, persistência e, muito mais até, paciência. E é com base nessa minha campanha que hoje publico minha coluna.

Após a aceitação da grande maioria e o silêncio dos atingidos, repito a frase que veiculei essa semana:

"É duro dizer isso, mas quem vota no PT ou recebe esmola do governo, ou é um ignorante."
Primeiramente, aqueles que me conhecem sentiram estranheza. Não costumo adotar tom tão enérgico no discurso. Minha crítica à crítica é ferrenha, pois quem critica, em geral, não tem compromisso com a mudança de opinião. Contudo, este discurso não é dirigido aos criticados, pois, como já disse, os PTistas sofrem dum mal difícil de se livrar. Em verdade, direciono este discurso para os indecisos, uma grande parcela da sociedade capaz de mudar o placar já tão anunciado.

Pois bem. Recebem esmola do governo os que se beneficiam com o Prouni, com a bolsa família, com os cargos públicos, todos esses benefícios sociais de qualidade e efeitos duvidosos. Poderia dedicar uma coluna, ou melhor, um blog inteiro para demonstrar quão absurdo e contraditório é defender tais programas na forma como foram ampliados no governo Lula em conluio com o PMDB do Sarney, do Michel Temer, do Renan Calheiros. Essa parcela de PTistas e seus simpatizantes está obviamente comprometida na causa da perpetuação do PT no poder. É óbvio, pois ante a ausência, ou a pequena presença, de mérito na vida, os beneficiados precisam do governo para sustentar o padrão de vida que adquiriram nesses últimos 8 anos.

Por outro lado, são ignorantes aqueles que votam no PT pois, ao contrário dos beneficiados que necessitam do governo e possuem interesse na perpetuação, desprezam a verdade que se impôs nos últimos tempos de que o governo PTista, contrariando todos seus ideais, todas as lutas e todos os seus fundadores, acabou por aliar-se à massa que tem o governo, não como meio para consecução de seus ideais, mas como fim, para o fim de usar a máquina estatal em favor dos seus partidários ou daqueles que possam beneficiá-los.

Isso tudo, por fim, para escancarar que a democracia ainda precisa evoluir para um modelo em que os agentes tenham como fim maior o fortalecimento das instituições, a autoregulação e a constante educação do povo, coisas estas todas desprezadas pelo governo Lula e seus cúmplices. Um mínimo de imparcialidade e de bom senso são o bastante para fugir do modelo de democracia que o atual governo quer nos obrigar a aceitar.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Gozadas do Rei - Protesto parte II

Alguem estranhou minha ausência esta semana?

Se sim, é que eu estava ocupado... Tão ocupado quanto você.
Sabe bem para quem estou falando.

Meu tempo vale tanto quanto o teu, minhas idéias valem tanto quanto as tuas, então por que vou gastar meu tempo passando elas a você, se não faz o mesmo?

Voltarei a escrever com gratidão quando me der o prazer de ler tuas idéias.

É triste quando em um diário onde a única função é compartilhar as mais íntimas idéias e ocasiões, que nos faz mais unidos, falamos para o vento e lemos a ausência.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Testículo do Vila - "A felicidade não existe"

“O dever de todas as coisas é ser uma felicidade” (Jorge Luís Borges)

Essa frase é de um dos autores que mais gosto no mundo, Machado de Assis argentino, Borges é poeta, escritor de prosa, mas sobre tudo mestre das palavras. Não conheço ninguém que trabalhou tão bem a palavra como ele, e, digo ainda: Se há alguém no mundo capaz de tornar a palavra felicidade é ele, pois ele a torna o que quiser.

Tendo dito isso, começo o texto falando de felicidade. O que é a felicidade afinal? O que é essa plenitude onde a vida alcança um êxtase sem fim? Onde o mangina – para lhe tomar emprestada as palavras, Rui – acha a felicidade de seu deleite? Onde ela está?

Bom, é evidente que não na coisa em si, pois se ela tem o dever de ser já não é. Mas então, se não está no nosso objeto de desejo está no que o objeto de desejo produz em nós? Tampouco eu diria, afinal quando temos o objeto, ele produz a saciedade atemporal? Ora, não! Ele produz apenas a conclusão de um desejo, logo desejamos outro objeto qualquer.

Hum a trama se desenvolve, julgo eu, no sentimento que aquele dado objeto transpassa a nós, essa relação afetiva é capaz de construir sensações que se assemelham a felicidade, veja bem: não entendo como somente isso pode se traduzir na felicidade; um objeto apenas pode lhe trazer afeto tamanho a lhe gerar felicidade? Eu acho que não. (Quando digo objeto quero dizer todo elemento capaz de ser fonte de desejo: mulher, cerveja, amigos, carro, piano, etc.)

Dessa forma, como já argumentava outrora, não está no desejo, nem no objeto, e relativamente perto da relação afetiva entre objeto e homem.

Onde está? Pois bem, não sei! Penso que esteja no espírito, quando o ânimo e o objeto se aproximam a ponto de completar-se. Mas isso é conversa para uma tese, não para o blog.

Dessa forma, deixo a noite de sexta para o estudo, sei bem que não serei feliz, pois não é nisso que se encontra a felicidade, mas quem sabe eu não consigo um tempinho para cerveja se fizer tudo certinho agora? Hum... E se a cerveja vir acompanhada de amigos e uma boa mulher é um tanto melhor.
Bom, vamos que a vida é isso, nada mais se não frustrações contínuas, e breves momentos de alegria, onde todos procuram pela felicidade, que me parece não existir, exceto pelos momentos onde há amor.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pentelhos do Rei - "Pior que tá não fica"

É tão eficiente o marketing que já muito provavelmente veio à mente do leitor a imagem do nosso Deputado Federal Tiririca. Rimas fáceis, batidas e improváveis é a fórmula da piada secular, repetida e passada boca-a-boca. É o que basta para essa nossa democracia em que os eleitores não dão importância aos cargos do legislativo, vide abstenção, votos em branco e nulos. Aqui eu não arredo o pé: todo aquele que queima o voto deixando de votar, votando em branco ou nulo é um ignorante, ou melhor, um acéfalo político. Até votar no Tiririca é melhor do que se abster de votar ou votar nulo/branco. Pelo menos votando no Tiririca o eleitor tem a oportunidade de se arrepender de ter votado, enquanto que o outro, o acéfalo político, nem essa consciência possui, pois anular seu voto, de um modo geral, é uma manifestação de democracia, incorrendo assim numa eterna e profunda "paralaxe cognitiva", citando Olavo de Carvalho. Vamos fugir dessa ideologia barata de inconformismo em inércia. Fujamos dessa ignorância.

sábado, 2 de outubro de 2010

Testículo do Vila - "Angústia"

Esses dias fiz um post revoltado, a política em geral me enoja. E é por esse motivo que a beira das eleições o assunto encerra aqui.

Falemos de angústia, essa que me devora com seus grandes dentes brancos! Digo isso porque ela abate sobre mim em momentos belos, muitas vezes até mesmo inspiradores...

Não sei o que acontece, mas acho que a angústia é assim mesmo...

Por momentos, as coisas vão bem, você sai, bebe, se diverte, conhece pessoas e de repente, do nada, ela vem, não importa o quão bela é a moça, o quão interessante é a companhia ou o quão gostosa é a cerveja, ali, quando ela chega é arrasador, nada mais importa. Nesse momento, tudo parece fake, uma pretensão da realidade manipulada pelo sentido de dever; ora, você continua a conversa não mais porque está interessante, você quer desesperadamente sair dali, mas o bate papo não para, pois você está simulando que ele continua interessante.

O pior, isso nada tem de verídico. Muitas vezes as coisas - na verdade quase sempre -, continuam as mesmas, o seu bife não perdeu o gosto, o que muda é interior, e nada é perceptível externamente.

Nesses momentos que eu penso: A vida é a arte de seguir simulando a realidade.

E o perturbador é que não estamos mentindo a nós mesmos, ou sendo falsos com a situação, pois é fato que continuamos a ter os mesmos interesses - ressalvo pela angústia.

Ahhh como me atormenta a angústia, preciso urgentemente descobrir um santo remédio, popular, e de preferência bom de gosto.

Gozadas do Rei - Quando não me apoiam

Começo pedindo licença, pois, enquanto nosso blog procura por novos colunistas, tenho liberdade de escrever no dia que me convém... E um recado para essa semana aos colunistas atuais: vocês falharam, e todos juntos!

Agora vamos ao menos importante...

Depois dos 16, 17 anos, já começamos a decidir algumas coisas por nós mesmos, se moramos com os pais. De fato erramos bastante, pois nunca havíamos passado por isso antes, e talvez a maior preocupação deles (os pais) em deixar nós escolhermos ou decidirmos nosso futuro, o que faremos, com quem andaremos, é a preocupação em seus filhos para que não errem.

Quando estamos nesta idade, isso é revoltante... Quando envelhecemos um pouquinho, isso faz um pouco mais de sentido. Espero que não tenha essa mesma cabeça quando um dia for pai.

Enfim, sempre fui vítima disto, pelo menos até quando as proibições e as macumbas para que as coisas dessem errado fizessem efeito sobre mim. Chega uma hora que isso realmente não é necessário, e se chegar essa hora e ainda não soubermos decidir, aí talvez não tenha mais volta, e se tiver, será um pouco mais sofrida.

Até mesmo quando escolhe coisas engrandecedoras, é barrado!

Um dia fui convidado à administrar um grupo de esporte: disseram que não! Porque eu iria me endividar, levar a culpa e ser excluído.
Um dia fui convidado para liderar um grupo tecnológico: disseram que não! Porque eu não iria cumprir com minhas obrigações, iam se aproveitar de mim e meu rendimento iria cair.
Um dia fui convidado para trabalhar em outro lugar: disseram que não! Porque iria diminuir meu rendimento e posterirormente atrapalhar minha formação.
Um dia fui convidado para abrir uma empresa: preferiram fazer vista grossa. Não precisaram dizer não, o pensamento "Deixa ele, coitado. Deixa ele sonhar!" foi mais alto.

Resumo:
Fui muito cobrado, suei, e me ferrei (fisica e psicológicamente) nos esportes.
Fiquei deprimido e tenho uma porção de bombas prestes a estourar em minhas mãos.
Estou sendo explorado no novo trabalho, e não tenho mais tempo.
Não tenho tempo ou dinheiro para abrir a empresa.

Então todos aqueles comentários tinham fundamento, e eu fui otário em não escutar?

Resultado:
Aprendi a lidar com pessoas, dinheiro, ouvir críticas e hoje o grupo de esporte tem as administrações mais sólidas e elogiadas dos últimos anos.
Aprendi mais ainda a com pessoas, o grupo tecnológico tem mais de 5 vezes a maior renda obtida em 5 anos de existência, atinge mais pódios que antigamente, e nunca conseguiu antes administrar tanta gente.
Trabalho onde gosto, com o que gosto, e tenho experiência em minha área.
Estou aprendendo a cuidar do meu tempo, criando problemas complexos e tendo que resolvê-los, num mundo onde realmente vai fazer diferença aprender alguma coisa.

Será esta uma estratégia para crescermos na vida? Será que essa negação e desafio que motiva e nos deixa ir longe? Eu não sei, mas acho que não.

Não dou os méritos apenas a mim, são muitas pessoas que se ferram, passam por idiota, dão a cara à tapa que contribuem para cada tijolinho formar uma casa segura. Se você não se suja de cimento, toma chuva, carrega blocos pesados, não ouve merda de superiores ou mais experientes, você não consegue construir uma casa que não desabe. Geralmente só vemos a casa, mas muitos não tem a menor idéia do que foi preciso para deixá-la assim.

Hoje eu tenho certeza, se tiver algo do qual não me apoiam, aí sim é que entro de cabeça!
Se riram quando Colombo disse que a Terra é redonda, terei eu vergonha de ser caçoado?


Foto do dia: Avisem o garotão ali que ele está na espécie errada!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Exceção do Rei - Assunto sério

Caros leitores,

Já vou avisando, desde já, que esse não é um post comum. Não terá muita criatividade, tão pouco diversão. O assunto é sério, ou quase isso!

Abaixo dois trechos do nosso atual presidente, o filho do Brasil, em entrevista ao portal Terra, e em comício em campinas respectivamente.


"Nesse momento do Brasil! Eu duvido, duvido. Eu quero até que vocês coloquem em negrito isso aqui: Eu duvido que exista um país na face da Terra com mais liberdade de comunicação do que neste país, da parte do governo. Agora, a verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse país. A verdade é essa. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais."

"Eu queria pedir para você, Dilma, e para você, Mercadante, não percam o bom humor, deixa eu perder. Eu já ganhei. Se mantenham tranquilos porque outra vez nós não vamos derrotar apenas os nossos adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partido político e não têm coragem de dizer que têm partidos políticos, que têm candidatos, que não têm coragem de dizer que candidatos que não são democratas e pensam que são democratas. Democrata é este governo que permite que eles batam."

O que transparece aqui é óbvio, nosso presidente fala o que quer, quando quer e é aplaudido! Mas não dessa vez...

A mídia, que muitos dizem ser o quarto poder reagiu aos ataques de Lula, principalmente a mídia formal impressa.

Mas vamos aos comentários: Quando Lula diz que dúvida que haja país no mundo com maior liberdade de imprensa é porque obviamente ele não lê aquilo que critíca. Hoje, no Estado de São Paulo há duas notícias logo na capa: "Justiça do TO põe 'Estado' e mais 83 veículos sob censura"; "Estado sob censura há 423 dias". Onde está a liberdade de expressão, presidente?

Quando o nosso presidente, em comício, ataca a mídia formal do seu país, ele não só ataca os princípios da democracia, mas demonstra também o populista que é: diz que o governo permite que batam; ora, o que ele quer fazer? Voltar a censura?

Bom, como eu ia dizendo, a imprensa reagiu. Os dois maiores veículos de jornal impresso do país em seus editoriais criticaram veementemente o governo e a postura do presidente petista. A folha, mantendo a imparcialidade que faz questão de ter, repudiou a tendência controladora do presidente, o culto a censura, e os ataques infundados a mídia. O Estadão atendeu ao pedido do presidente Lula e disse, com a faca entre os dentes, que "com todo o peso da responsabilidade" apoia a candidatura do José "Vampiro" Serra - o grifo é por minha conta. O editorial que carrega o nome "O mal a evitar" diz ainda que o dono do PT trata o Governo e Partido em comunhão, como uma coisa só. E ai está, leitor, o verdadeiro risco a democracia.

O que Folha e Estado fizeram foi um ato de coragem, uma defesa de classe, e talvez o mais comovente: Proteção a seus interesses, mas de quebra a proteção de nossos direitos a livre expressão. Ato de coragem esse devido a certeza de mais 4 anos de governo petista, mais 4 anos de massacre a imprensa e que com certeza irá ter retaliações aquilo que obviamente o PT considerará como ato terrorista a suprassuma instituição da Estrela Vermelha, que de vermelha só tem o sangue daqueles que sustentam os postos de suas governanças.

A Folha e o Estado bateram de frente com aquele que é o presidente com uma aprovação sem precedentes. O Deus da política nacional, O Cara de Obama, O Filho do Brasil, e agora, talvez, O Candidato ao Oscar. E o pior: o discurso da Folha e do Estado, a revolta escrita, de nada adiantará, é claro, límpido como água de torneira, a imagem de Lula em nada será prejudicada! Eita molusco de culhões esse...

Há ainda aqueles que sairão em sua defesa gritando: "Mídia Golpista, Facista!"

E a razão de tudo isso também está sendo esfregada em nossa cara, estamos engulindo merda e nem percebemos, isso por quê? Porque ninguém se interessa em educar o povo, não da pra fazer isso com um povo consciente de seus direitos, informado e que tem condições de ler um jornal e construir seus pensamentos por si só!

Alienados de todo o país, uni-vos! Vamos lutar pela dignidade arranhada de nosso Líder Barbudo, desse homem do povo que distribui renda - aos extremos, ricos e pobres!

Pois é, Lula achou a fórmula para conquistar a opinião pública: alienar a classe média, dar pão aos pobres e dar dinheiro aos ricos! O resto vai na inércia... Ah, fazer uma mediazinha internacional também vale (pra quem apelidou o Viajando Fernando Henrique).

Aaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrrrreeeeeeeeeeeeeeeeeee, que asco!

Veja bem, não estou dizendo que Serra é melhor que Dilma, ou vote nesse ou naquele. O que brado é a favor da justiça, se é que há alguma no Brasil, mas é que as coisas não podem terminar assim...

Nosso presidente não pode fazer campanha antes da hora, não pode cumprir agenda de candidato, não pode dizer o que quer, não pode! E foda-se, ninguém liga pra isso! Ele é Lula lá, Lula aqui.

Que a faixa se passe, que as coisas continuem iguais, mas que critiquem, que se faça uma oposição corajosa, não essa afeminada que os Tucanos fazem, mas uma oposição direta e que vá pra cima do Lula, porque ele não é Deus, e se é eu quero é ir pro inferno!

Do indignado,

domingo, 26 de setembro de 2010

Gozadas do Rei - Sabores e sabores

Hoje trarei-lhes um tom um pouco diferente dos assuntos tratados ultimamente, um pouco mais puxados para as peripécias de Kakau, mas em um estilo próprio, a crítica alegrativa.
O que me motivou, além da falta de outro assunto para escrever, foi minha ida ao mercado recentemente.

Estava escolhendo barrinhas de cereais para comprar, e me deparo com uma barrinha cor-chocolate, apetitosa na foto, por apenas R$1,98. No caixa acusa R$2,45! Volto para conferir, e tinha escolhido a barrinha errada: A mais barata era sabor chocolate, e a de R$2,45 era de sabor bolo de chocolate... Sabor bolo de chocolete. Bolo! Na hora pareceu aburdo a diferença de preço, mas depois eu cai na real: é bem mais fácil adicionar o chocolate à barrinha do que ter que fazer o bolo de chocolate antes. Lógico! Quanta ignorância a minha.

Esse sabor me lembra também aqueles salgadinhos sabor pizza. Porra, com tanto sabor de pizza eu sempre compro o sabor mussarela com tomate, bem o que odeio! Já pensou se vem um salgadinho doce, do sabor "pizza de banana"? Pelo menos nunca comprei o sabor "pizza de brócolis", nesse ponto eu tenho sorte. Ja tentei salgadinho e bolacha, mas todos vem no mesmo sabor! Então por que não põe logo "sabor de mussarela com tomate"?

Já sei, quando eu estiver no rodízio eu vou pedir uma pizza sabor barrinha de cereal! E se ela não vir com o sabor barrinha de cereal de bolo de chocolate, eu saio sem pagar a conta!

Engraçado são aqueles iogurtes... Quando sobra o restinho dos sabores dos iogurtes nos tanques das fábricas, o que você acha que acontece? Aí que surge sabores estilo maçã com banana com pera com melancia com morango com chocolate com limão com aveia e avelã com castanha-do-pará com laranja semidesnatado e light, e você toma com aquela cara: "Huuummm, que gostoso! Da pra sentir o gosto da maçã com banana com pera com ... respira fundo) ... com laranja" como se percebesse alguma diferença.

Pode parecer besta, mas isso pode virar um caos! Já pensou você comprando arroz sabor ervilha? E se tiver alergia à ervilha? Ou feijão sabor bolo de chocolate... não, não, melhor: feijão sabor pizza de barrinha de cereal de bolo de chocolate!

E aqueles macarrões instantâneos? Conte quantos sabores diferentes você ja viu. O melhor é que tem sabor galinha, e sabor galinha caipira. Pra quê? Não não, o melhor é o sabor feijão! Presta atenção: "macarrão sabor feijão". Vo inventa o macarrão sabor almoço, porque nem de acompanhamento vão precisar mais! Aliás, "macarrão sabor almoço com sobremesa"!

E aquelas comidas lights, que tem uma mulher gostosa tomando com uma cara de delícia um bagulho batido branco e nojento, e na embalagem escrito 0%gordura trans, 0,002calorias, e por aí vai. Diz na embalagem "sabor aveia e grãos". Sabor aveia e grãos... Qual o gosto da aveia e grãos? A comida é branca, amigo, e branco não tem gosto! E ninguém vai fica gostosa se tomar um bagulho branco nojento sabor aveia com grãos! Aliás, quem sabe a palavra "grãos" não esconde o monte de porcaria ruim que sobra nas fábricas que misturam com a aveia naquele shake delicioso?

Não existe mais sabores a serem inventados, daí começam a avacalhar.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Testículo do Vila - "O perigo mora ao lado"

Caros leitores,

Vou-lhes dizer com poucas palavras o tanto que me angustia... Passar, andar, sentir-te em minhas alucinações toda vez que passo a tua porta.

É cliche, mas vou-lhes dizer, é o amor... Ao tendencioso amor do momento, amor preciso, que me impulsiona até o olho mágico toda vez que sai para passear com seu lindo cachorrinho, será que ele tem telefone? hehe

A boa é que estou a espreita, estudando e vigiando a melhor hora. Hora em que o tigre nervoso sai de dentro de mim e avança, pronto pra levar paulada!

Pois é, é assim... Minha falta de coragem não me deixa chegar perto do belo perfume dos lírios, dos seus olhos de gueixa e do seu sabor, que em meus delírios tenho por certo já saber o gosto.

Sinto muito, mas estou apaixonado.

Com carinho,

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Bombadas do Rei - Visita do holanda

Segunda-feira: Tinha que ir buscar um amigo holandês no aeroporto mas minha técnica me fez contribuir num trabalho “voluntario” com o time de tênis. Fui numa igreja servir comida aos pobres. Experiencia interessante. Nunca havia feito algo assim. Eles eram muito gratos e foi bom fazer uma boa ação. Voltei pra casa e vi o holandês depois de 2 anos que não o via. Fomos num bar comemorar a reunião. Admiro seu estilo de vida. Ele trabalha por si so, tirando fotografias. Viaja pela Europa e eh sua segunda vez nos Estados Unidos em 2 anos. Veio aos States passar uns dias comigo e outros amigos por 3 semanas, disposto a fazer qualquer coisa.

Terca: Muita correria. Entreguei uma redação, A noite, bar com o Holanda. Detalhe, eu tinha 2 provas no dia seguinte.

Quarta: Acordo de manha e encontro 2 meninas de calcinha dormindo nos sofás. Que orgulho dos meus colegas brasileiros, Marcos e Marcelo. Depois, 2 provas. Mandei bem nas provas e para comemorar fomos na churrascaria Fogo de Chao com o Marcao e Holanda. Muito bom poder relaxar e comer churrasco acompanhado de caipirinha pela primeira vez em 8 meses. Depois de comer quase um boi inteiro, fui treinar tênis, onde minha técnica me fez correr. Agradeco por estar vivo. Depois, cassino com o Holanda. Decepcionados pela falta de sorte (principalmente o Holanda por ter perdido $80 dolares. Mas que se foda, o cara ganha em euros), fomos num bar onde ficamos muito loucos. Cervejas por 1 dolar.

Quinta: Após a aula, mostrei a cidade ao Holanda. Fomos ao cassino recuperar o dinheiro, mas fomos rejeitados por não estarmos com os passaportes. Talvez foi Deus tentando nos poupar de sermos roubados novamente. Fomos a um restaurante com churrasco típico de Kansas City. Seguindo a ma influencia do Holanda, roubei uma placa que diz para não pisar na grama para por em casa. Agora, me preparo para a ir a um ultimo bar na ultima noite do Holanda. Cervejas por 1 dolar novamente. Vamos ver no que vai dar.

Exceção do Rei - Feliz

Para os que acharam que este leitor das exceções tivesse morrido, eis que volta diante deste blog de sucesso!

Volto para casa, e, cansado do de sempre, arrisquei o de antigamente.
Meu orgulho foi grande, minha negligência [se é que me permitem o termo] maior. E minha indiferença então?
À merda tudo isso!
Aprendi quando devo abaixar a guarda e quando ataco.

Arrisquei o de antes, desacreditado, lhes confesso. Mas eu mal sabia! Minha ignorância era grande, oras. O de antes sempre esteve por lá, aguardando minha rudez ir embora. A rudez foi, e eu quase fui também.

Talvez o tempo tenha ajudado a valorizar o momento e as pequenas oportunidades de sempre que não percebemos. A indiferença deu lugar ao lazer, a negligência virou opotunidade e o "nunca" agora é "um dia".

Aguardo ansioso por ele.

Denis Kanto

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Pentelhos do Rei - Conquistas deste blog

Caros leitores, venho saudar-lhes. São boas as notícias!

Ontem verifiquei as estatísticas deste blog e fui surpreendido com a informação de que mês passado tivemos mais de 300 acessos! Isso porque não fizemos marketing algum! O que seria de nós se tivessemos uns trocados para contratar os marketeiros do Kassab ou da Dilma?! O céu seria o limite! rsrs

Outro dado que me alegrou foi o fato de sermos acompanhados por outros países. Temos acessos dos EUA, Canadá e França. Quem diria! Os temas aqui tratados e aqui vividos têm sido os mesmos daqueles tratados e vividos lá no exterior. Afinal, o que gera a simpatia é a identidade. Agradeço aos nossos colunistas do exterior que têm trabalhado por este blog! Fico feliz de viver essa experiência.

Espero que o Diário do Rei continue a bem trabalhar os temas do desespero, da política, da economia, do "amor", da piada, da mulher, isto é, do cotidiano que tanto nos aflinge, que tanto nos acostumamos a suportar.

domingo, 19 de setembro de 2010

Gozadas do Rei - Mundo em crise

O mundo está em crise
coisas estranhas acontecem de repente
sem nenhum motivo aparente
não sei nem por que nem pra quê

Fiz muito: suei, sofri, cabulei, corri, ouvi. Conquistei!
sabia que só ia piorar, mas eu gostava
cada vez gostava mais, e quando tudo parece controlado
um sai, dois, três... mostra o alicerce de vidro
e já não gosto mais, não vejo muito futuro
parece que saturou
é um sintoma ou motivo?

Primeiro tinha que ficar num lugar
por isso ficava
cada vez menos feliz, ficava menos
Depois podia ficar noutro lugar
por isso ficava
ficava cada vez mais, talvez menos feliz

Obrigação ou prazer
ausência ou presença
situações diferentes, o mesmo final
terei eu o mesmo destino inevitável?

Agora vou começar algo novo experimentar outra coisa
tomara que não aconteça mais uma vez
pois desta vez, será o futuro certo e necessário em exercício
é bom que não sature

Fugi disso pra ver se eu conseguia me explicar
fui pra longe, gastei dinheiro
entre amigos, futebol e etílico
onde o bagaço que o organismo fica renova o espírito
esse lugar é bom demais, mas tive que voltar

De volta à "vida"
vamos ver o que dá
só sei que quando ficar velho
vou voltar pra lá

Como uma doença, a saturose veio
não sei se é aguda ou crônica
tomei o remédio, agora é aguardar

Não sou o único nem estou sozinho
É o mundo que está em crise
Apenas sou globalizado

Foto 1: Mundo em crise?
Foto 2: Satisfazendo-se disfarçadamente