segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Primeiros contatos...

Boa noite senhores e senhoras,

Antes de tudo, gostaria de agradecer esses queridos cavalheiros que confiaram em mim e me convidaram para participar desse diário... Obrigada senhores!

Agradecimentos a parte, permitam-me me apresentar:

Gina, Gina Larson. Sou brasileira, mas não cresci aqui. Cresci bem longe na verdade, na Suécia, mas sempre estive perto do Brasil, ouvindo meu pai contar as lembranças e curiosidades do seu país. E como me encantavam as coisas que meu pai dizia!!!Como me encantavam as cidades, as pessoas, os sorrisos e as paixões que ele me descrevia...

E foi de tanto encantamento que eu vim pra cá, e aqui fiquei! Só aqui eu me encontrei, no meio de tanta gente, de tantas culturas, sabores e músicas...

O que vocês vão ler aqui?? Confesso não saber ao certo.

Escreverei sobre minhas experiências,sobre minhas paixões, sobre coisas que vejo, que acredito, que vejo e não acredito e também sobre coisas que eu não vejo, mas acredito com tanta intensidade que se tornam reais e possíveis.


Até breve...

Nobres flertes - Desapego

Dispenso apresentações por enquanto. Posso?

Explico: estaria traindo minha essência se começasse a escrever explicando quem sou. Mas em outro momento posso conversar melhor sobre minha origem.

Devo, antes de qualquer coisa, agradecer pelo gentil convite dos cavalheiros que me trouxeram até aqui. Que fique registrado! Agora, finalizadas as formalidades, posso começar a tratar do que me atormenta à uma hora dessas...

Passa das 4h e meus hábitos notívagos vão, mais uma vez, sabotar a rotina que eu deveria ter. Já imagino como será minha manhã! Mas era necessário rabiscar algo sobre o que estava pensando então, me rendi para não perder a essência. Peço desculpas desde já, porque minhas palavras foram além e o conteúdo prolongou-se. Perdão! Aí vai para quem também estiver sem sono qualquer noite dessas...


[para ler ouvindo: "Diferente", Gotan Project]

Já pensaram em praticar desapego, de forma consciente?

Nos últimos tempos fui seduzida por essa ideia: praticar o desapego como filosofia de vida.

Nada mais adequado para o momento que vivo e para os objetivos racionais que alimento. No Oriente ele é associado à sabedoria e para os samurais, por exemplo, o “Bushido” servia como base para viver, era um código de conduta. É extremamente interessante, pois envolve traços do Budismo, “filosofia” apaixonante.

Enquanto tratamos de coisas materiais, há alguma simplicidade em aprender a lidar com desapego. Para algumas pessoas entendo que exista uma dificuldade maior, mas confesso que não fui criada para alimentar desejos materiais e sentimento de apego por objetos e valores, então tenho uma perspectiva disso como uma prática diária, hábitos de valorização de essências e não de bens - mas isso é outra discussão.

Quando saímos da esfera material e pensamos em valores mais intangíveis, em sentimentos e em reações espontâneas, aí sim começa a filosofia do desapego de forma mais aprofundada. Como praticar o “não envolver-se”?

Um conceito genial me foi passado nos últimos dias: trata-se do “dar um vazare”.

Gênio quem inventou! Gênio quem sabe aplicar! E é tão genial que você, que consegue pegar gente em balada e nem lembrar o nome, sabe muito bem do que se trata. Além de extremamente inteligente, se pensarmos na filosofia do desapego, o “vazare” é um conceito simples, auto-explicativo praticamente.

Sempre fui notívaga, mas nunca consegui pensar em ficar com várias pessoas em uma noite - quem dirá saber aplicar o vazare da forma como alguns mestres do assunto conseguem aplicar, com a maior naturalidade do universo... Porém, aplico vazare facilmente se me deparo com um “grude”. Aliás, é inevitável. Enjôo da pessoa e quero distância (vazare!). Aplico facilmente também se percebo falta de caráter, injustiça ou algum traço de arrogância.

Mas, e quando você vive algo repentino demais para conseguir desapegar? Aquele cheiro que ficou associado a alguém sem querer (aliás, tópico este para muitos posts!), ou uma cena que fica de presente só para duas pessoas que a presenciaram, uma noite de sono com um abraço inesperadamente bom ou um beijo despretensioso, que acabou gerando saudade...

E aí chegamos a um ponto importante para lidar com desapego, principalmente quando envolve pessoas: saudade. Se gerou saudade, é falha no processo? Se você sentiu falta de uma conversa, por mais breve que seja, ou se bateu aquela ansiedadezinha: falha, perigo?!

Admiti que se começasse a me preocupar com isso, aí sim teria falhas. Viver só o momento pelo momento. Ainda estou começando, não sei se há como aprender de verdade.

E depois de sofrer? Mais fácil viver com desapego?

É... Muitas situações, principalmente as perdas, nos ensinam.

Mas um dos textos mais bonitos que já recebi me ajuda a lembrar do por quê aprender a me desapegar, então compartilho aqui com vocês:

"Você já amou? É horrível, não? Você fica tão vulnerável.

O amor abre o seu peito e abre o seu coração e isso significa que qualquer um pode entrar em você e bagunçar tudo. Você ergue todas essas defesas. Constrói essa armadura inteira, durante anos, para que nada possa lhe causar mal. Aí uma pessoa idiota, igualzinha a qualquer outro idiota, entra em sua vida.

Você dá a essa pessoa um pedaço seu, e ela nem pediu. Um dia, ela faz alguma coisa besta como beijar você ou sorrir, e de repente sua vida não lhe pertence mais. (...)

E então uma simples frase como 'talvez devêssemos ser apenas amigos' se transforma em estilhaços de vidro rasgando seu coração. Isso dói. Não só na sua imaginação ou mente. É uma dor na alma, uma dor no corpo, é uma verdadeira dor-que-entra-em-você-e-o-destroça-por-dentro. Nada deveria ser assim, principalmente o amor".

[Sandman]

Ainda sei pouco sobre desapego, mas sobre amor: sempre vale pela intensidade e a fuga é covardia.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Carícias da Mika - Apresentando-me

Hagimamashite pessoal!

Nasci em Hamamatsu cidade em que convivi por muitos anos cercada pelo Monte Fuji e os muitos dekasseguis brasileiros, e logo me encantei por essa cultura e culinária. Decidi então viajar rumo ao Ocidente e descobrir o que mais essas terras poderiam me oferecer.

Ao chegar a São Paulo me deparei com uma cidade tão iluminada que não consegui mais ir embora. Confesso que ela me conquistou pelo estômago e pela diversidade de suas atividades culturais, portanto você leitor, prepare-se para ler sobre as minhas mais diversas experiências nessa cidade que não dorme.

Outro fato que presenciarão serão os meus relatos amorosos - um grande amigo meu me disse uma vez eu sou feita de amor - então às vezes não se assustem ao se depararem com pequenos gestos românticos ou desabados diante desse universo que eu nunca vou entender.

Confesso que não sou a melhor das escritoras, por isso meus queridos, saibam que comigo encontrarão somente os meus relatos mais sinceros e impressões simples e delicadas do que eu aprendo aqui e acolá.

Mika Yin

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Testículo do Vila - "De cara nova"

Esse texto é um informativo.

Nosso blog está de cara nova, novas fontes, novo design, e um novo fundo. O que devemos dizer: uma cortina vermelha prestes a se abrir.

A escolha desse novo plano de fundo foi baseada em minhas expectativas e esperanças. Há quem diga que a esperança é fonte de todo sofrimento, mas eu prefiro pensá-la mais como uma ansiedade do porvir.

Então, apresento-os nosso recauchutado blog. Quem sabe fazemos um ano? O fato é que estamos com muitas baixas nos colunistas, recrutamos novos talentos, se você quiser ganhar boas vindas e compartilhar algo conosco, por favor, escreva-nos.

De resto, mais do mesmo, quanto as meus textos? Bom, atualmente estou trabalhando no meu texto mais dificil, na verdade não consigo terminá-lo. Espero poder postar ainda essa semana, mas receio não consiguir - caso ocorra escrevo algo mais fácil.

Então, beijo grande e pau no gato... remexer essa nossa vidinha mais ou menos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Gozadas do Rei - Vagas lembranças

Primeiramente, boa tarde e feliz ano novo.
Com orgulho reinauguro este diário, infelizmente só no dia 21...

Esse é mais para Vilas, pois ja estava devendo há tempos. Não tem nada de muito interessante ou argumentações, só pequenos fatos:


Era mais um dia, quase normal. Mas agora eu estava sozinho, precisava de uma companhia.
Liguei para um de meus consultores e este me sugeriu uma breve saída fora de rotina, no mesmo dia, num lugar bacana, com um bom desconto e com uma condição: não chegaria perto de uma overdose, somente doses exageradas do remédio tão apreciado e "socializável".

Não hesitei em aceitar o convite...

Sai do trabalho mais cedo, ansioso. Saí do monotonia. Eu não esperava nenhuma revolução ou prêmio da Loteria, mas sabia que sairia melhor.
O lugar realmente era bonito, mas tivemos pouco tempo para fofocar e colocar a vida em ordem, por isso tratamos de agilizar as coisas, conversar e beber bastante também.
O estômago já estava quase explodindo quando tivemos que ir. Sempre fui bom com números, mas daquela vez eles me enganaram. Ficaram dançando até eu desistir e dar a minha maior nota para o caixa. (Eu realmente estava diferente). Voltando em linhas tortas e dando risada de qualquer coisa, ele me acompara até perto de casa.

É engraçada essa sensação, pois mesmo dormindo mal e acordando pior ainda era como se tivesse tido a alma lavada. Às vezes só uma bela estragada para melhorarmos ou mudarmos de vez.

Bom, agora de volta ao trabalho, mas não ao de sempre.
O que será que me espera nessa vida nova?

Caio Fagundes