sábado, 13 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Momento reflexivo

Dois rapazes conversavam sentados no banco da praça

"_Victor, você ta bem? Ta meio estranho.

_É Marcelo, da pra ver que me conheces bem...

_Pois então diga!

_Não sei direito... É a vida... Os outros não vieram, estamos só nós aqui, e isso me fez pensar várias coisas. A 'vida' chega e você tem que vivê-la, seja verdadeiramente ou simulando. Lidar com a vida não é tão fácil, tem um monte de coisa para fazer, sobra pouco tempo para os velhos momentos, cada vez mais esparsos e tomandou outros rumos.

_Engraçado... Também fiquei um pouco assim após esses sentimentos exalarem de você. Tá tudo tão estranho, tão esquisito, infelizmente. É inevitável viver, e essas coisas acontecem: o afastamento, os compromissos, as outras prioridades, acho que o jeito é ter de aprender a conviver com isso ou gostar de alguma forma, em vez de tentar voltar tempo.

_Não concordo com isto. As coisas realmente mudam, tem que mudar, mas a essência é a mesma, o propósito é o mesmo. Observa: por mais que o tempo tivesse passado o peso de nossa tradição preserva este momentos que temos, como agora por exemplo. O nosso fundamento não muda.

_Hum, não sei... Observa você agora: estamos aqui, mas tem gente trabalhando, estudando, saindo com a esposa(interrupção)

_Mas eu desejo tudo do melhor pra gente, afinal, nós merecemos até melhor!

_Sim, concordo, nós merecemos o melhor, e precisamos também pesar os melhores na medida certa. Estes desequilíbrios que entram no meio dessa situação pode abalar o peão, e fica difícil administrar. Cada um pondera os seus melhores da maneira que mais lhe convém, e isso que me assusta.

_É, tem razão. (silêncio reflexivo). Parece que diante desta situação temos mesmo que aproveitar o máximo enquanto o essência se conserva. Essa negócio pega forte às vezes, de dentro pra fora.

_Isso talvez seja bom sinal. Vem de dentro, do coração... Talvez isso pondere mais em você, e fico feliz, porque senão só estaria eu aqui, ou só fulano, ciclano...

_As vezes as pessoas argumentam, podem fazer até teses, dão desculpas, adiam ou simplesmente ignoram estes pequenos momentos, e eu fico triste com isso, mesmo sabendo que é uma tentativa falha de isentar-se de culpa e fazendo o melhor para si, escondendo a própria essência que ainda às vezes consome por dentro. Esta angústia é como um veneno incurável do bem, que ficou impregnado pra sempre, e que nos faz sentir mal quando há algo diferente, quando tá faltando convivência, quanto tá faltando saciá-lo.

_É complicado mesmo, não sei explicar direito também.
Esta conversa ta me deixando pior, vamos mudar de assunto...
Escute só esta piada: ..."

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