sexta-feira, 18 de março de 2011

Testículo do Villa - "Mais do mesmo outra vez"

Novos Baianos - A menina dança

Alguém já ouviu a expressão "preguiça de viver"? Bom, a ouvi um certo tempo atrás e achei uma bela forma de traduzir uma série de situações cotidianas, à começar pelo fato que não é uma simples preguiça e sim um verdadeiro e puro estado de espírito. Ele retrata a situação em que nós - acredito que eu não seja o único - tem preguiça de empurrar a vida frente aos seus afazeres cotidianos: dirigir, trabalhar, ir para o zoológico, dançar com bailarinas nuas, ou seja lá o que você faz. A verdade é que não importa, afinal você não quer fazer nada que lhe exija algum tipo de consciência.

Disse tudo isso para chegar ao ponto que me interessa: O que realmente te tira desse estado de espírito? O que te faz viver de tal forma que supere suas expectativas de um dia comum?

Esse é na verdade um convite a pensar sobre a questão. Afinal, é uma pessoa que te anima e te faz viver, é um hobby? Penso eu que são coisas complicadas depender de uma pessoa, de um hobby, ou de um objeto qualquer para lhe trazer um dia extraordinário. Afinal, o que seria da vida se não esses acasos momentâneos que transformam tudo a nossa volta; e mais, e quando tudo isso acontece e não há mais lugar para o passado?

Bom, talvez eu seja meio instável ou mesmo pense demais.

Acho que seria bom, entretanto, por hora, achar um belo hobby novo para ocupar um vazio de sentido. Quem sabe não aprendo a cozinhar? Ou mesmo fabricar minha própria cerveja, fonte de rogozijo. Seria bom, por hora.

Mas chegou minha hora, vou dar minha corridinha semanal e ouvir o bom e velho samba de costume que é para não perder a fome.

abraço,

Josias

sábado, 12 de março de 2011

Nobres flertes - “Fly as high as the sun”

[conforme a tradição: Flight of Icarus ]


Peito aquecido, às vezes frio no estômago, sensação de poder fazer um desejo se tornar realidade, tentação, alívio... Algumas coisas que podem estar relacionadas ao sentimento de Liberdade

A lenda de Ícaro me parece um conto sobre como a liberdade é sedutora e fascinante. Mas é inevitável: essa mesma história desses gregos muito loucos também me faz pensar em como a vida nos impõe limites em cada possibilidade que temos de escolhas. Asas de cera lhe davam a oportunidade de voar, um sonho para qualquer ser humano. Mas, ainda assim, estava limitado a fugir do mar, para que a umidade não o prejudicasse tornando as asas pesadas e densas. Também não poderia voar tão alto, já que o calor do sol poderia derreter suas asas.

Às vezes ficamos como Ícaro: seduzidos pelo caminho até perto do sol, limitados pelos riscos.

Por que raios não arriscar voar mais alto? Dane-se que o calor pode derreter aquilo que nos deu a possibilidade de chegar até lá... Será que a sensação de estar mais próximo ao sol não compensaria a posterior queda? Escolher arriscar nem sempre é simples, mas decidir voar alto faz parte do que eu penso sobre nobreza

sexta-feira, 4 de março de 2011

Testículo do Vila - "Sonoras Trilhas"

Essencial: Jorge Drexler - Al otro lado del rio

Dentre todas as formas de expressão humana, principalmente no que se diz respeito a expressar sentimentos, ao meu ver a mais possante, e pulsante é a música. Motivo pelo qual tenho a mais repleta admiração por aqueles que entendem sua linguagem.

Sou devoto fã da arte musical, porém um completo ignorante.

Engraçado é o fato de nós sermos muitas vezes incapazes de nos expressar corretamente, ou criativamente, algum sentimento a um ente querido. Simples como dizer "eu te amo" nos escapam expressões na hora de elaborarmos um pouco mais essa ação divina de reconhecer no outro algo belo.

Ainda, julgo ser por essa necessidade que se criaram infinitas formas de expressar sensações e sentimentos, não há limite para o amor, nem para a criatividade.

Assim considero a música, uma expressão planejada e construída de dizer sentimentos a aqueles que entendem sua beleza, podendo sim chegar ao estado de arte (o que é uma outra discussão).

O fato importante aqui é que a música, assim como outras formas de arte, são capazes de externalisar esse sentimento do autor e o levar a outrem; potencializando, amplificando, e introduzindo tudo aquilo que queremos dizer e não conseguimos, tirando nosso grito morto da garganta - por isso o sucesso de um show de rock.

Melhor construído, ao meu ver, é ainda a união entre o cinema (arte) com a música (arte). Aquele que consegue harmonizar com perfeição toda a carga emocional da cena e da música tem nas mãos uma bala de canhão para estilhaçar as víceras de quem assiste passivamente a uma descarga nos sentidos.

Digo tudo isso para simplesmente recomendar e comentar sobre o fato de "filmes de estrada" terem trilhas sonoras tão marcantes, perturbadoras e sem dúvida emocionantes. Cito, e recomendo 3 belos filmes de viagem, com 3 lindas trilhas sonoras para seu deleite. São eles: Easy Rider; Diarios de uma motocicleta; e Into The Wild.

Bom, esse tópico era mais um pequeno convite a quem está de bobeira no feriadão e quer um programa sussegado para provocar a alma e os sentidos.

Fora isso, que nessa data tão brasileira o samba nos pegue de jeito e a alegria de um maracatu tire meus pés e me arranque a alma nos próximos dias. Hasta la vista!

terça-feira, 1 de março de 2011

Gozadas do Rei - Sorria

Esse texto é mais para Vila, um dos que mais alimenta este diário. Pode ser que discorde, e até sei onde...
E nada melhor do que juntar uma homenagem com uma música querida, que aliás, inspirou esse post.
Gostei da idéia, por isso, ler escutando "Smile like you mean it - The Killers".

Com tantas responsabilidades como família, trabalho, estudo, entre outros, são poucas as "oportunidades" que temos para pensar um pouco em nós mesmos. No geral.
Até quando não estamos ocupados procuramos qualquer coisa para fazer, nem que seja assitir ao BBB13 (não me interessa a edição) ou um episódeo repetido do Chaves. Pode ser um livro, jornal. Qualquer coisa. O importante é manter a mente ocupada.

É quando estamos no banho, no caminho do trabalho ou num breve pesadelo de soneca que existe a "oportunidade" de refletir sobre a situação, quando de repente relampejam incontáveis questionamentos, medos e incertezas, e nós tentamos ajustar nossa situação real presente às improváveis probabilidades futuras. O barulho dos trovões às vezes deixa surdo...
Tenho inveja dos antigos pensadores, que achavam respostas e ainda mais perguntas sobre tudo que diz respeito a nós mesmos sem enlouquecer.

Além disso somos moldados na medida do possível (e inevitável). Há certos lugares e ocasiões onde o microambiente local "espera" comportamentos nossos. A boa notícia é que totalmente independente de nossa cultura, passado, genética, círculo social ou ambiente, ainda temos nosso cérebro, e é ele quem dá a palavra final, quem decide o que fazer somente com base nele mesmo. O que nos diferencia dos animais e suas atitudes. E essa é uma das armas mais poderosa que se pode ter. É só não errar.

São dois problemas aparentemente distintos que "me ocupam" às vezes, mas que podem ser fundidos num único problema para que haja apenas uma solução. Solução de difícil aplicação, porém bem simples. E é isso que vou fazer: dar mais espaço ao cérebro, deixar de ser dependente de certos dogmas sociais, e até me deixar dependente de outros dogmas, certos ou duvidosos, simplesmente por uma questão de bem estar, ou felicidade.

Vou parar de escrever essa bobagem toda e voltar a ocupar minha mente, trabalhando. Sorrindo.