sábado, 2 de abril de 2011

Pentelhos do Rei - Enfim, o hedonismo

Li os últimos posts, os últimos comentários. Não vi questionamentos. Não vi debates. Não vi ócio criativo. Em contrapartida, o que vi foram opiniões, pontos de vista, certezas fundadas na dúvida, todas fundadas no prazer, na felicidade, na vida(!). Vi, enfim, a prática do hedonismo - prazer como o bem. Mas se é para viver uma fase da filosofia, porque viver a fase mais irracional dela? Apenas dou ao hedonismo o status de fase da filosofia, por mera convenção. É necessário apenas um breve momento para se aperceber que de filosofia, o hedonismo tem pouco, pois o prazer como um fim em si mesmo não resiste ao questionamento filosófico. Em verdade, o hedonismo está mais para doutrina que para filosofia. Está mais para prisão que para liberdade. O hedonista está aprisionado ao seu instinto mais básico de não ser contrariado. Viver neste postulado é mascarar a realidade que nos cerca para fugir das angústias da vida, ou pior, para não resolvê-las.


Perdoem-me os ofendidos. É apenas um contraponto. Abraços do Rui.