sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo III

"
Atraído pelo enorme "60% OFF" da MOfficer, TNG ou qualquer loja assim, não lembro, entrei para dar uma bisbliotada. Logo uma vendedora vem, lógico, e começa a tentar me empurrar tudo que consegue. Eles não entendem que às vezes entramos na loja simplesmente para conhecer preços, modelos, passar o tempo ou qualquer coisa, mas não pra comprar, principalmente quando não se tem dinheiro para isso.

Além de chamar pelo nome e aquele carisma e tanto de vendedora, ela começa a perguntar se eu ia a igreja, se morava no bairro e coisas parecidas. Demorei a perceber o joguinho (na verdade não acreditava muito). A conversa ja estava em outro rumo quando percebi, e eu, é claro, fiz questão de morder a sua isca. Quem diria! Entrei na loja querendo ver calça e saio de encontro marcado.

Dessas situações e muitas outras percebemos que não adianta muito fazermos planos e estratégias sendo que as vezes as coisas mais interessantes acontecem "por acaso", seja ele existente ou criado.

No dia, nem consegui dormir... Ela, pelos menos uns 4 ou 5 anos mais velha, ganhava um bom salário, e eu com meus 18 anos e nem havia saido do colegial. Preciso impressionar: passo o melhor perfume (não que fosse bom, pelo contrário), coloco a melhor roupa (idem anterior), pego com o papai o dinheiro do busão e do cinema, e vamos lá.

Eu chegava ao ponto de encontro, naquela fontezinha famosa do Shopping. Até lá meu perfume ja se fora, o cabelo ja estava bagunçado e o estômago já estava embrulhado... Confesso que não memorizei com total segurança o rosto da vendedora, e essa foi a maior surpresa: o uniforme dela, a loja como background, a garota mais velha e "rica" me xavecando por dentre as ofertas de roupas, tudo isso foi fundamental.

Quando a vejo, o cabelo já não era tão natural, o bojo do sutiã era bem menor, a marquinha da calcinha estilo paraquedas e o óculos aparecera subitamente. A promoção de calças daquele dia estava mais interessante que o assunto, que se limitava a fofocas das amigas.

Na despedida, de mãos dadas, dei um selinho e fui embora.
Bom, pelo menos paguei de gatinho, não gastei dinheiro, o filme do cinema foi legal (Shrek 1, não esquecerei) e fiz algo de se contar. Da próxima vez pensei em avisar que era melhor se ela fosse de uniforme. Quem sabe agora eu consiga um descontão?"

Nenhum comentário:

Postar um comentário