sábado, 2 de outubro de 2010

Gozadas do Rei - Quando não me apoiam

Começo pedindo licença, pois, enquanto nosso blog procura por novos colunistas, tenho liberdade de escrever no dia que me convém... E um recado para essa semana aos colunistas atuais: vocês falharam, e todos juntos!

Agora vamos ao menos importante...

Depois dos 16, 17 anos, já começamos a decidir algumas coisas por nós mesmos, se moramos com os pais. De fato erramos bastante, pois nunca havíamos passado por isso antes, e talvez a maior preocupação deles (os pais) em deixar nós escolhermos ou decidirmos nosso futuro, o que faremos, com quem andaremos, é a preocupação em seus filhos para que não errem.

Quando estamos nesta idade, isso é revoltante... Quando envelhecemos um pouquinho, isso faz um pouco mais de sentido. Espero que não tenha essa mesma cabeça quando um dia for pai.

Enfim, sempre fui vítima disto, pelo menos até quando as proibições e as macumbas para que as coisas dessem errado fizessem efeito sobre mim. Chega uma hora que isso realmente não é necessário, e se chegar essa hora e ainda não soubermos decidir, aí talvez não tenha mais volta, e se tiver, será um pouco mais sofrida.

Até mesmo quando escolhe coisas engrandecedoras, é barrado!

Um dia fui convidado à administrar um grupo de esporte: disseram que não! Porque eu iria me endividar, levar a culpa e ser excluído.
Um dia fui convidado para liderar um grupo tecnológico: disseram que não! Porque eu não iria cumprir com minhas obrigações, iam se aproveitar de mim e meu rendimento iria cair.
Um dia fui convidado para trabalhar em outro lugar: disseram que não! Porque iria diminuir meu rendimento e posterirormente atrapalhar minha formação.
Um dia fui convidado para abrir uma empresa: preferiram fazer vista grossa. Não precisaram dizer não, o pensamento "Deixa ele, coitado. Deixa ele sonhar!" foi mais alto.

Resumo:
Fui muito cobrado, suei, e me ferrei (fisica e psicológicamente) nos esportes.
Fiquei deprimido e tenho uma porção de bombas prestes a estourar em minhas mãos.
Estou sendo explorado no novo trabalho, e não tenho mais tempo.
Não tenho tempo ou dinheiro para abrir a empresa.

Então todos aqueles comentários tinham fundamento, e eu fui otário em não escutar?

Resultado:
Aprendi a lidar com pessoas, dinheiro, ouvir críticas e hoje o grupo de esporte tem as administrações mais sólidas e elogiadas dos últimos anos.
Aprendi mais ainda a com pessoas, o grupo tecnológico tem mais de 5 vezes a maior renda obtida em 5 anos de existência, atinge mais pódios que antigamente, e nunca conseguiu antes administrar tanta gente.
Trabalho onde gosto, com o que gosto, e tenho experiência em minha área.
Estou aprendendo a cuidar do meu tempo, criando problemas complexos e tendo que resolvê-los, num mundo onde realmente vai fazer diferença aprender alguma coisa.

Será esta uma estratégia para crescermos na vida? Será que essa negação e desafio que motiva e nos deixa ir longe? Eu não sei, mas acho que não.

Não dou os méritos apenas a mim, são muitas pessoas que se ferram, passam por idiota, dão a cara à tapa que contribuem para cada tijolinho formar uma casa segura. Se você não se suja de cimento, toma chuva, carrega blocos pesados, não ouve merda de superiores ou mais experientes, você não consegue construir uma casa que não desabe. Geralmente só vemos a casa, mas muitos não tem a menor idéia do que foi preciso para deixá-la assim.

Hoje eu tenho certeza, se tiver algo do qual não me apoiam, aí sim é que entro de cabeça!
Se riram quando Colombo disse que a Terra é redonda, terei eu vergonha de ser caçoado?


Foto do dia: Avisem o garotão ali que ele está na espécie errada!

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