domingo, 31 de outubro de 2010

Pentelhos do Rei - Oposição incompetente

A eleição da candidata Dilma Rousseff à presidência do Brasil não chegou a ensaiar nenhuma surpresa. A popularidade de Lula, as já conhecidas "coligações mais que duvidosas" e a incompetência da oposição são os fatores que determinaram tal vitória. Munido do pensamento de que a fatalidade só acontece para aqueles que desconhecem os fatos, algumas palavras precisam ser ditas acerca do último fator citado, qual seja, a incompetência - beirando o amadorismo - da oposição brasileira.

De início, cabe lembrar que nenhuma palavra foi dita até que fosse anunciado o resultado no que diz respeito aos inúmeros vícios da campanha do candidato Serra. O motivo é estratégico: qualquer tipo de agouro - por exemplo, "o país tem o presidente que merece" -, principalmente no que diz respeito às matérias metafísicas, como é o caso da Política, matérias cujas certezas são tão sólidas quanto a água que escorre das mãos, só estimula a polarização das posições - no caso, de um lado o PSDB e o do outro o PT - sem assim fazer crescer as pessoas e as posições com o debate. As críticas realizadas nestes tempos, longe de serem construtivas e comprometidas com a mudança do cenário, limitaram-se a chacotear o "outro", à semelhança do que Sartre resumiu ser Deus o espelho e diabo o outro. Feitas essas considerações inclusive filosóficas, é muito mais fácil de constatar e assimilar que esta eleição foi uma batalha dos vivos do PT contra os já mortos do PSDB.

Mortos porque, em política, o principal partido de oposição demonstrou amadorismo ao perder uma batalha que já estava ganha: no início da candidatura, Dilma era desconhecida por mais de 80% da população nacional, o PT estava dilacerado, ainda se recuperando do inexplicável mensalão e o PMDB - o verdadeiro presidente do país - estava dividido, tendente a apoiar qualquer um dos candidatos.

Diante deste cenário, enquanto a oposição amesquinhava-se nas discussões entre Serra, Alckmin e Aécio, o presidente Lula fez renascer o império que construiu nos 8 anos de governo. Com seu voto de confiança, consolidou Dilma como sua sucessora; fez ressurgir o PT como legenda nacional e; trouxe pra si o PMDB do Michel Temer, do Sarney, do Jader Barbalho, do Renan Calheiros etc.

Em contrapartida, o PSDB escolheu como candidato o já testado e apático José Serra, desprezando assim o fator "carisma", que desde os tempos mais primórdios tem determinado os presidentes desse país. Não obstante, ainda incorreu no erro de tentar aproximar-se do Lula, tentando se aproveitar da sua popularidade. Adotou-se a idéia de que "o país pode mais", incorrendo na petição de princípio de contestar aquilo que está bom. Errou feio neste quesito porque não explorou os 8 anos de governo cheio de mazelas e assistencialismos, erros e projetos inacabados, para não falar da corrupção generalizada, encabeçada pelas sucessões na Casa Civil (José Dirceu, depois Dilma e depois Erenice Guerra). Aliás, para demonstrar a fragilidade dessa campanha, ante ao levantamento de supostos intelectuais pró-Dilma, não se soube explorar a intelectualidade que apoiava o candidato Serra, a saber, Celso Lafer e Ives Gandra Martins, entre inúmeros outros mais comprometidos com o país que Chico Buarque, por exemplo. Enfim, uma série encadeada de erros, os quais dificilmente seriam superados a ponto de derrotar a insofismável influência do presidente Lula na política brasileira.

A título de conclusão, o que se viu nessas eleições foi a atrapalhada inércia de uma campanha inocente, acompanhada do menosprezo à figura e à força do político presidente - mais político que presidente - Lula.

sábado, 30 de outubro de 2010

Testículo do Vila - "Eita que dificuldade"

Olá meus queridos leitores! Estava com saudades de vocês.

Bom, ultimamente ando tendo diversas dificuldades com horários, e por gentileza peço desculpa a vocês que leêm o blog.

Entretanto, por falar em dificuldades, queria partilhar com vocês a difícil empreitada que se apresenta a nós no dia de amanhã. É amigos, a eleição bateu as portas e se tornou difícil dizer quem vai ganhar com certeza.

Fato esse que eu observo com certa curiosidade, uma vez que não é a grande goma de qualidades que nossos candidatos têm, e que por isso torna tal debate tão difícil, mas sim pela destreza em escolher o "the best of the worst".

Veja bem, é triste.

Quase como um poema mal acabado, é triste pensar em um país dirigido por quem não tem mais o que fazer exceto ataques mútuos, propostas duvidosas (desmatamento zero!!!) e falta de argumentos compreensíveis.

A Dilma, boneca de olinda em dia das bruxas combina muito bem como o nosso paulista vampiro careca. Como é difícil escolher um motivo para votar neles!

Mas, acho que é assim mesmo. Um país que elege tiririca como representante vai escolher bem?

Por falar nisso hoje falava com um gringo que nem português fala, ele me dizia que achava um absurdo o Tiririca ser eleito, e que isso gerava uma imagem feia do país. Eu disse que era assim mesmo, que isso era o retrato da falta de educação de toda uma população; pensei melhor depois e decidi que não, isso não é falta de educação, é falta de bom senso. Concordo com ele quando ele diz que quem votou no palhaço é argentino.

Na argentina a coisa anda feia, ex presidente, marido de presidenta foi dessa pra melhor, e o Lula, tadinho, deve tar puto por tar fazendo papel de presidente às portas de eleição, a Dilma foi mal no debate vai ver que por isso. Acho que não, ela é ruim mesmo!

O fato é que eu me sinto chupado - no mal sentido - por parasitas que nada tem de representantes da soberania popular, na verdade o pova às traças ficaria uma expressão melhor.

Tava pensando em fundar uma republica, sabe? fazer uma mobilização na internet e criar uma nova autoridade política, quem junta? Não, acho que não, aliás nem me dou pra política e a preguiça fala mais alta.

Vai ver é esse o mal, o povo preguiçoso! Hehe, que injustiça a minha, o povo é como qualquer outro: trabalha quem precisa ou quem gosta. E pra falar a verdade se eu pudesse não iria trabalhar não, coisa mais chata...

É isso, devia ter nascido filho da grande burguesia, milionário! Assim poderia explorar os pobres e dizer que faz parte do sistema, da sociedade e até mesmo da minha educação, por que não?

Sei lá, é difícil pensar em tempos assim...

Talvez eu abra uma pizzaria "pizzas sem queijo", será que faria sucesso? Pois é, tenho uma teoria sobre isso: "todo mundo diz que gosta de queijo, mas a primeira que acaba é sempre a sem queijo!".

Domingo perdido, acredita que deixei de viajar no sábado só pra exercer minha cidadania? Devo ser um otário mesmo! O bom é que to numa peixada agora, escrevendo para vocês... É eu sou mesmo burro.

Enfim, eu acho que quero conhecer Paris, dizem que por lá o pessoal briga de verdae pelos seus interesses. Até presos os estudantes estão sendo... Poético não?

Eu to mesmo é cansado do marasmo, da empatia pelo "deixe a vida me levar". O duro é que to deixando...

E assim vai o Brasil, votando, elegendo, não fiscalizando, e não sendo representado. Caminhando pelas próprias forças, sendo essa daqueles que precisam trabalhar - ou gostam. E eu vou deixar assim, porque não quero ser um gritando na multidão e não tenho saco pra mobilização. Sou mais um, medíocre, dentro da massa, que não está a fim de mover a bunda para melhorar a situação política pois eu prefiro melhorar a minha honestamente! Talvez seja isso mesmo, porque ta tudo difícil e eu não tenho dinheiro pra investir na pizzaria.

Até mais ver,

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo I

Frente às excelentes reflexões e capacidade argumentativa de meus companheiros, mudarei um pouco meu discurso, e colocarei minhas reflexões, pontos de vistas e fatos percebidos e vivenciados neste novo personagem, que lhes contará sua própria história...


Samoel:

_Lembro exatamente quando é que foi que todas minhas memórias começaram: no ápice de minha adolescência, recebo um desagradável recado... Não importa quem nem como, mas fiquei avisado de que aquele momento da minha vida, aqueles tempos, iriam acabar um dia. E não diminuir, mas acabar de um jeito irrecuperável, só sobrando nostalgia. A princípio não queria acreditar, e achei realmente que eu conseguiria sustentar aquele dia-a-dia.

Mas, como sempre estamos com o pé atrás da orelha, tratei de querer aproveitar. Vai que esse recado é verídico...
O começo de minhas histórias funcionarão como um resumo, e deixarei as histórias singulares mais adiante para que entendam os reais motivos de minhas ações.

Depois deste dia fatídico, virei observador. Comecei a observar tudo a minha volta para entender melhor por onde circundava, os costumes, as aparências, as pessoas, e ser mais preparado ao lidar com isso.

Não poderia começar diferentes... Mulheres!
Loiras, morenas, baixinhas, japonesas, anciãs, legais, coitadas, mandonas, inteligentes ou qualquer combinação anterior. Todos que eu conhecia sonhavam na perfeita, quantidade de requisitos quase inatingíveis para uma mulher, ou almejavam o próximo daquilo, esquivando-se dos itens da lista negra. Besteira...

Primeiramente, falta de respeito... Se fosse assim, compraríamos mulheres no supermercado. Por mais cobra ou sonsa, com todos os neurôniuos bons ou apenas 10% funcionais, e com a incrível miscigenação de nosso Brasil, impossível não encontrar algo interessante em cada uma elas. Aliás, é uma coisa que gostamos de fazer: achar bucho ruim e nunca experimentá-lo. Às vezes aquele fígado é picanha. Não tem como saber, tem que comer.

Pensamento pobre querer alguém porque foi quem sobrou. Pra mim é diferente: escolhe-se pelos atributos. As mulheres são, primeiramente, mulheres. É natural que achemos detalhes, por mais ínfimos que sejam, que instigam nossos instinto animal. Por que perder a oportunidade de conhecer e disfrutas de uma fêmea? Aliás, quem sou eu para dar o veredito do negar? Veja o lado bom das coisas, sempre.

Toda regra há exceção, não esqueçamos disso!

Por causa disso conheci várias mulheres... Várias. Mais experiências boas do que ruins (embora isso seja um mero ponto de vista). Contarei algumas delas mais tarde.

Até então eu ja havia estudado bastante, e tinha que por em prática minha teoria e conhecer esse mundo do qual nem os poetas mais sábeis, filósofos ou cientistas mais racionais chegam a um consenso...

domingo, 24 de outubro de 2010

Pentelhos do Rei - A questão do aborto nas linhas de Olavo de Carvalho

Na coluna desta semana, peço licença para colacionar o texto do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho acerca da questão do aborto, tão debatida nestas eleições.
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Lógica do abortismo - Olavo de Carvalho, 14/10/2010.

O aborto só é uma questão moral porque ninguém conseguiu jamais provar, com certeza absoluta, que um feto é mera extensão do corpo da mãe ou um ser humano de pleno direito. A existência mesma da discussão interminável mostra que os argumentos de parte a parte soam inconvincentes a quem os ouve, se não também a quem os emite. Existe aí portanto uma dúvida legítima, que nenhuma resposta tem podido aplacar. Transposta ao plano das decisões práticas, essa dúvida transforma-se na escolha entre proibir ou autorizar um ato que tem cinqüenta por cento de chances de ser uma inocente operação cirúrgica como qualquer outra, ou de ser, em vez disso, um homicídio premeditado. Nessas condições, a única opção moralmente justificada é, com toda a evidência, abster-se de praticá-lo.

À luz da razão, nenhum ser humano pode arrogar-se o direito de cometer livremente um ato que ele próprio não sabe dizer, com segurança, se é ou não um homicídio. Mais ainda: entre a prudência que evita correr o risco desse homicídio e a afoiteza que se apressa em cometê-lo em nome de tais ou quais benefícios sociais hipotéticos, o ônus da prova cabe, decerto, aos defensores da segunda alternativa. Jamais tendo havido um abortista capaz de provar com razões cabais a inumanidade dos fetos, seus adversários têm todo o direito, e até o dever indeclinável, de exigir que ele se abstenha de praticar uma ação cuja inocência é matéria de incerteza até para ele próprio.

Se esse argumento é evidente por si mesmo, é também manifesto que a quase totalidade dos abortistas opinantes hoje em dia não logra perceber o seu alcance, pela simples razão de que a opção pelo aborto supõe a incapacidade - ou, em certos casos, a má vontade criminosa - de apreender a noção de "espécie". Espécie é um conjunto de traços comuns, inatos e inseparáveis, cuja presença enquadra um indivíduo, de uma vez para sempre, numa natureza que ele compartilha com outros tantos indivíduos. Pertencem à mesma espécie, eternamente, até mesmo os seus membros ainda não nascidos, inclusive os não gerados, que quando gerados e nascidos vierem a portar os mesmos traços comuns. Não é difícil compreender que os gatos do século XXIII, quando nascerem, serão gatos e não tomates.

A opção pelo abortismo exige, como condição prévia, a incapacidade ou recusa de apreender essa noção. Para o abortista, a condição de "ser humano" não é uma qualidade inata definidora dos membros da espécie, mas uma convenção que os já nascidos podem, a seu talante, aplicar ou deixar de aplicar aos que ainda não nasceram. Quem decide se o feto em gestação pertence ou não à humanidade é um consenso social, não a natureza das coisas.

O grau de confusão mental necessário para acreditar nessa idéia não é pequeno. Tanto que raramente os abortistas alegam de maneira clara e explícita essa premissa fundante dos seus argumentos. Em geral mantêm-na oculta, entre névoas (até para si próprios), porque pressentem que enunciá-la em voz alta seria desmascará-la, no ato, como presunção antropológica sem qualquer fundamento possível e, aliás, de aplicação catastrófica: se a condição de ser humano é uma convenção social, nada impede que uma convenção posterior a revogue, negando a humanidade de retardados mentais, de aleijados, de homossexuais, de negros, de judeus, de ciganos ou de quem quer que, segundo os caprichos do momento, pareça inconveniente.

Com toda a clareza que se poderia exigir, a opção pelo abortismo repousa no apelo irracional à inexistente autoridade de conferir ou negar, a quem bem se entenda, o estatuto de ser humano, de bicho, de coisa ou de pedaço de coisa.

Não espanta que pessoas capazes de tamanho barbarismo mental sejam também imunes a outras imposições da consciência moral comum, como por exemplo o dever que um político tem de prestar contas dos compromissos assumidos por ele ou por seu partido. É com insensibilidade moral verdadeiramente sociopática que o sr. Lula da Silva e sua querida Dona Dilma, após terem subscrito o programa de um partido que ama e venera o aborto ao ponto de expulsar quem se oponha a essa idéia, saem ostentando inocência de qualquer cumplicidade com a proposta abortista.

Seria tolice esperar coerência moral de indivíduos que não respeitam nem mesmo o compromisso de reconhecer que as demais pessoas humanas pertencem à mesma espécie deles por natureza e não por uma generosa - e altamente revogável -- concessão da sua parte.

Também não é de espantar que, na ânsia de impor sua vontade de poder, mintam como demônios. Vejam os números de mulheres supostamente vítimas anuais do aborto ilegal, que eles alegam para enaltecer as virtudes sociais imaginárias do aborto legalizado. Eram milhões, baixaram para milhares, depois viraram algumas centenas. Agora parece que fecharam negócio em 180, quando o próprio SUS já admitiu que não passam de oito ou nove. É claro: se você não apreende ou não respeita nem mesmo a distinção entre espécies, como não seria também indiferente à exatidão das quantidades? Uma deformidade mental traz a outra embutida.

Aristóteles aconselhava evitar o debate com adversários incapazes de reconhecer ou de obedecer as regras elementares da busca da verdade. Se algum abortista desejasse a verdade, teria de reconhecer que é incapaz de provar a inumanidade dos fetos e admitir que, no fundo, eles serem humanos ou não é coisa que não interfere, no mais mínimo que seja, na sua decisão de matá-los. Mas confessar isso seria exibir um crachá de sociopata. E sociopatas, por definição e fatalidade intrínseca, vivem de parecer que não o são.

Fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/aborto/11509-logica-do-abortismo.html

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Bombadas do Rei - Philophia

Primeiramente, encontro-me embriagado.... Gostaria de abordar o assunto do propósito da vida. De acordo com filósofos e com minha própria opinião, o propósito da vida é sermos felizes. Sempre acreditei nisso. Mas recentemente tenho pensado numa outra possibilidade. De acordo com Jeremy Bentham, a situação ideal seria aquela em que a as pessoas vivem a maior felicidade e no maior numero de pessoas. Concordo com Bentham. Portanto, devemos então proporcionar felicidade a outras pessoas? Digamos que um individuo não se encontra na sua melhor situação, mas pode ajudar a outros, então deveria fazer-lo? Não necessariamente devemos nos preocupar somente conosco.


Ryan Field

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Bombadas do Rei - O desabafo

Primeiramente, gostaria de informar uma mudança no meu nome. Não que não goste de Kakau, mas preciso de um nome mais profissional, e que se enquadre com os nomes dos outros escritores. Podem me chamar de Ryan Field.

Tenho pensado muito sobre relacionamentos e sexo. Uma duvida gigantesca envolvendo minha ex-namorada e o estilo de vida do prostituto. Estou inclinado para uma visão contraria da visão deste grupo. Desde que eu e minha ex terminamos, não consigo esquecê-la. Eu achava que me relacionando com outras faria esquecer, mas este não está sendo o caso. A vida de prostituto trás uma satisfação física. E também é boa a sensação de zoeira, e ter historias para contar, mas é possível ter essas zoeiras mesmo estando em um relacionamento. A verdade é que estou cansando de lutar contra meus sentimentos. Imagino se seria capaz de esquecer, se em vez de viver a vida de prostituto, experimentar um relacionamento um pouco mais serio com outra mulher, e ver se sentiria o mesmo.

Ryan Field.

domingo, 17 de outubro de 2010

Testículo do Vila - "Novidades no Blog"

Caros leitores,
Antes de começar a falar sobre as novidades do blog, devo dizer que não postei sexta pelo simples fato de meu computador estar com problemas. É a tecnologia me deixou sem eira nem beira.
Mas agora, venho com muito prazer anunciar algumas novidades do blog:
1) Teremos cartoons, e tirinhas. Desenhadas por mim. Aguardem, a expectativa é que essa semana uma já de as caras.
2) Haverá uma seção de "Entretenimento e Cultura".
3) Novo correspondente internacional chegando.
Tendo anunciado as expectativas para esse mês, vou ao meu texto semanal não publicado na sexta.
A bebida como lubrificante social
Acho que foi Durkhein quem disse: "A bebida é o lubrificante social", e se disse foi sábio. Ora, o que torna possível a interação social mais que a bebida? um tópico? não, o tópico gera a discussões, a bebida leva a profundas conversas interessadas apenas na conversa, e não nas soluções. Alguns usuários diriam que a verdinha, o ato de passar o banza, daria uma interação maior. Mas em uma roda onde nem todos "usam" seria mesmo o melhor? Não!
Nem a dança, a paquera, o convívio dentro de uma mesma festa cria mais interação interpessoal do que a bebida.
É fato que a bebida não cria amizades, tal qual uma discussão ou um esporte fariam, mas a bebida proporciona algo mais: a ausência da solidão humana. Por isso defendo a bebida como ato social, e não o alcoolismo exclusivo a si mesmo - ou o ato de tomar umas biritas sozinho. Em ambos o indivíduo bebe, em ambos o indivíduo fica no mesmo estado físico, mas o faz por razões diferentes e aí reside toda a diferença.
Dessa forma é possível que a bebida seja a maior mobilizadora de seres humanos a conviver juntos, pois quando se bebe o único ato possível é o alcoolismo ou a convivência entre pares.
O homem que bebe no ambiente social o bebe junto a outros a fim de criar um clima propício ao desenvolvimento das conversas e interações mais propícias ao local apresentado.
Portanto, se torna clara a presença do alcool como lubrificante social. Por mais claro que o que torne o ambiente agradável e produtivo à interação não seja o alcool e sim as pessoas, o clima, quem o faz melhor, por excelência é o alcool. Mesmo que você não beba.
Agora irei citar um exemplo para elucidar o que estava dizendo:
Jogos universitários - O esporte é a desculpa. A cidade distante de "casa" é o local. A festa, o alojamento, e o estádio são o ambiente. O lubrificante oficial é o alcool. Então, as pessoas que são o propósito de toda a diversão, só estão nesse âmbito a procura de outros seres humanos devido ao tripé: "desculpa, local e ambiente". Porém o tripé só interage quando junto ao alcool.
Quem já participou de competições esportivas de alto nível sabe bem a diferença de diversão entre um jogos universitários e uma competição, mesmo que o outro tenha as mesmas características.
O que quero dizer com isso é que o Alcool é uma dádiva, um elemento importantissimo do composto de nossa sociedade, e principalmente para a juventude. Mesmo que você não beba, sem ele você não irá se divertir, porque não irá existir clima para isso.
Por isso digo: "Enjoy your birita, my brodi!"

Pentelhos do Rei - Novo dia de postagem, antigas e já sabidas considerações sobre o PT

Caríssimos, mil perdões pela ausência. Peço desculpas aqui, publicamente, justificando que durante a semana estava quase impossível postar. Como se não bastasse o trabalho que tanto tem me consumido, venho reforçado o tom da minha campanha anti-PT, o que vem me tomando muito tempo. Esta minha batalha exige não só esforço, mas persistência. O PTismo é uma doença difícil de curar. Exige conhecimento, persistência e, muito mais até, paciência. E é com base nessa minha campanha que hoje publico minha coluna.

Após a aceitação da grande maioria e o silêncio dos atingidos, repito a frase que veiculei essa semana:

"É duro dizer isso, mas quem vota no PT ou recebe esmola do governo, ou é um ignorante."
Primeiramente, aqueles que me conhecem sentiram estranheza. Não costumo adotar tom tão enérgico no discurso. Minha crítica à crítica é ferrenha, pois quem critica, em geral, não tem compromisso com a mudança de opinião. Contudo, este discurso não é dirigido aos criticados, pois, como já disse, os PTistas sofrem dum mal difícil de se livrar. Em verdade, direciono este discurso para os indecisos, uma grande parcela da sociedade capaz de mudar o placar já tão anunciado.

Pois bem. Recebem esmola do governo os que se beneficiam com o Prouni, com a bolsa família, com os cargos públicos, todos esses benefícios sociais de qualidade e efeitos duvidosos. Poderia dedicar uma coluna, ou melhor, um blog inteiro para demonstrar quão absurdo e contraditório é defender tais programas na forma como foram ampliados no governo Lula em conluio com o PMDB do Sarney, do Michel Temer, do Renan Calheiros. Essa parcela de PTistas e seus simpatizantes está obviamente comprometida na causa da perpetuação do PT no poder. É óbvio, pois ante a ausência, ou a pequena presença, de mérito na vida, os beneficiados precisam do governo para sustentar o padrão de vida que adquiriram nesses últimos 8 anos.

Por outro lado, são ignorantes aqueles que votam no PT pois, ao contrário dos beneficiados que necessitam do governo e possuem interesse na perpetuação, desprezam a verdade que se impôs nos últimos tempos de que o governo PTista, contrariando todos seus ideais, todas as lutas e todos os seus fundadores, acabou por aliar-se à massa que tem o governo, não como meio para consecução de seus ideais, mas como fim, para o fim de usar a máquina estatal em favor dos seus partidários ou daqueles que possam beneficiá-los.

Isso tudo, por fim, para escancarar que a democracia ainda precisa evoluir para um modelo em que os agentes tenham como fim maior o fortalecimento das instituições, a autoregulação e a constante educação do povo, coisas estas todas desprezadas pelo governo Lula e seus cúmplices. Um mínimo de imparcialidade e de bom senso são o bastante para fugir do modelo de democracia que o atual governo quer nos obrigar a aceitar.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Gozadas do Rei - Protesto parte II

Alguem estranhou minha ausência esta semana?

Se sim, é que eu estava ocupado... Tão ocupado quanto você.
Sabe bem para quem estou falando.

Meu tempo vale tanto quanto o teu, minhas idéias valem tanto quanto as tuas, então por que vou gastar meu tempo passando elas a você, se não faz o mesmo?

Voltarei a escrever com gratidão quando me der o prazer de ler tuas idéias.

É triste quando em um diário onde a única função é compartilhar as mais íntimas idéias e ocasiões, que nos faz mais unidos, falamos para o vento e lemos a ausência.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Testículo do Vila - "A felicidade não existe"

“O dever de todas as coisas é ser uma felicidade” (Jorge Luís Borges)

Essa frase é de um dos autores que mais gosto no mundo, Machado de Assis argentino, Borges é poeta, escritor de prosa, mas sobre tudo mestre das palavras. Não conheço ninguém que trabalhou tão bem a palavra como ele, e, digo ainda: Se há alguém no mundo capaz de tornar a palavra felicidade é ele, pois ele a torna o que quiser.

Tendo dito isso, começo o texto falando de felicidade. O que é a felicidade afinal? O que é essa plenitude onde a vida alcança um êxtase sem fim? Onde o mangina – para lhe tomar emprestada as palavras, Rui – acha a felicidade de seu deleite? Onde ela está?

Bom, é evidente que não na coisa em si, pois se ela tem o dever de ser já não é. Mas então, se não está no nosso objeto de desejo está no que o objeto de desejo produz em nós? Tampouco eu diria, afinal quando temos o objeto, ele produz a saciedade atemporal? Ora, não! Ele produz apenas a conclusão de um desejo, logo desejamos outro objeto qualquer.

Hum a trama se desenvolve, julgo eu, no sentimento que aquele dado objeto transpassa a nós, essa relação afetiva é capaz de construir sensações que se assemelham a felicidade, veja bem: não entendo como somente isso pode se traduzir na felicidade; um objeto apenas pode lhe trazer afeto tamanho a lhe gerar felicidade? Eu acho que não. (Quando digo objeto quero dizer todo elemento capaz de ser fonte de desejo: mulher, cerveja, amigos, carro, piano, etc.)

Dessa forma, como já argumentava outrora, não está no desejo, nem no objeto, e relativamente perto da relação afetiva entre objeto e homem.

Onde está? Pois bem, não sei! Penso que esteja no espírito, quando o ânimo e o objeto se aproximam a ponto de completar-se. Mas isso é conversa para uma tese, não para o blog.

Dessa forma, deixo a noite de sexta para o estudo, sei bem que não serei feliz, pois não é nisso que se encontra a felicidade, mas quem sabe eu não consigo um tempinho para cerveja se fizer tudo certinho agora? Hum... E se a cerveja vir acompanhada de amigos e uma boa mulher é um tanto melhor.
Bom, vamos que a vida é isso, nada mais se não frustrações contínuas, e breves momentos de alegria, onde todos procuram pela felicidade, que me parece não existir, exceto pelos momentos onde há amor.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pentelhos do Rei - "Pior que tá não fica"

É tão eficiente o marketing que já muito provavelmente veio à mente do leitor a imagem do nosso Deputado Federal Tiririca. Rimas fáceis, batidas e improváveis é a fórmula da piada secular, repetida e passada boca-a-boca. É o que basta para essa nossa democracia em que os eleitores não dão importância aos cargos do legislativo, vide abstenção, votos em branco e nulos. Aqui eu não arredo o pé: todo aquele que queima o voto deixando de votar, votando em branco ou nulo é um ignorante, ou melhor, um acéfalo político. Até votar no Tiririca é melhor do que se abster de votar ou votar nulo/branco. Pelo menos votando no Tiririca o eleitor tem a oportunidade de se arrepender de ter votado, enquanto que o outro, o acéfalo político, nem essa consciência possui, pois anular seu voto, de um modo geral, é uma manifestação de democracia, incorrendo assim numa eterna e profunda "paralaxe cognitiva", citando Olavo de Carvalho. Vamos fugir dessa ideologia barata de inconformismo em inércia. Fujamos dessa ignorância.

sábado, 2 de outubro de 2010

Testículo do Vila - "Angústia"

Esses dias fiz um post revoltado, a política em geral me enoja. E é por esse motivo que a beira das eleições o assunto encerra aqui.

Falemos de angústia, essa que me devora com seus grandes dentes brancos! Digo isso porque ela abate sobre mim em momentos belos, muitas vezes até mesmo inspiradores...

Não sei o que acontece, mas acho que a angústia é assim mesmo...

Por momentos, as coisas vão bem, você sai, bebe, se diverte, conhece pessoas e de repente, do nada, ela vem, não importa o quão bela é a moça, o quão interessante é a companhia ou o quão gostosa é a cerveja, ali, quando ela chega é arrasador, nada mais importa. Nesse momento, tudo parece fake, uma pretensão da realidade manipulada pelo sentido de dever; ora, você continua a conversa não mais porque está interessante, você quer desesperadamente sair dali, mas o bate papo não para, pois você está simulando que ele continua interessante.

O pior, isso nada tem de verídico. Muitas vezes as coisas - na verdade quase sempre -, continuam as mesmas, o seu bife não perdeu o gosto, o que muda é interior, e nada é perceptível externamente.

Nesses momentos que eu penso: A vida é a arte de seguir simulando a realidade.

E o perturbador é que não estamos mentindo a nós mesmos, ou sendo falsos com a situação, pois é fato que continuamos a ter os mesmos interesses - ressalvo pela angústia.

Ahhh como me atormenta a angústia, preciso urgentemente descobrir um santo remédio, popular, e de preferência bom de gosto.

Gozadas do Rei - Quando não me apoiam

Começo pedindo licença, pois, enquanto nosso blog procura por novos colunistas, tenho liberdade de escrever no dia que me convém... E um recado para essa semana aos colunistas atuais: vocês falharam, e todos juntos!

Agora vamos ao menos importante...

Depois dos 16, 17 anos, já começamos a decidir algumas coisas por nós mesmos, se moramos com os pais. De fato erramos bastante, pois nunca havíamos passado por isso antes, e talvez a maior preocupação deles (os pais) em deixar nós escolhermos ou decidirmos nosso futuro, o que faremos, com quem andaremos, é a preocupação em seus filhos para que não errem.

Quando estamos nesta idade, isso é revoltante... Quando envelhecemos um pouquinho, isso faz um pouco mais de sentido. Espero que não tenha essa mesma cabeça quando um dia for pai.

Enfim, sempre fui vítima disto, pelo menos até quando as proibições e as macumbas para que as coisas dessem errado fizessem efeito sobre mim. Chega uma hora que isso realmente não é necessário, e se chegar essa hora e ainda não soubermos decidir, aí talvez não tenha mais volta, e se tiver, será um pouco mais sofrida.

Até mesmo quando escolhe coisas engrandecedoras, é barrado!

Um dia fui convidado à administrar um grupo de esporte: disseram que não! Porque eu iria me endividar, levar a culpa e ser excluído.
Um dia fui convidado para liderar um grupo tecnológico: disseram que não! Porque eu não iria cumprir com minhas obrigações, iam se aproveitar de mim e meu rendimento iria cair.
Um dia fui convidado para trabalhar em outro lugar: disseram que não! Porque iria diminuir meu rendimento e posterirormente atrapalhar minha formação.
Um dia fui convidado para abrir uma empresa: preferiram fazer vista grossa. Não precisaram dizer não, o pensamento "Deixa ele, coitado. Deixa ele sonhar!" foi mais alto.

Resumo:
Fui muito cobrado, suei, e me ferrei (fisica e psicológicamente) nos esportes.
Fiquei deprimido e tenho uma porção de bombas prestes a estourar em minhas mãos.
Estou sendo explorado no novo trabalho, e não tenho mais tempo.
Não tenho tempo ou dinheiro para abrir a empresa.

Então todos aqueles comentários tinham fundamento, e eu fui otário em não escutar?

Resultado:
Aprendi a lidar com pessoas, dinheiro, ouvir críticas e hoje o grupo de esporte tem as administrações mais sólidas e elogiadas dos últimos anos.
Aprendi mais ainda a com pessoas, o grupo tecnológico tem mais de 5 vezes a maior renda obtida em 5 anos de existência, atinge mais pódios que antigamente, e nunca conseguiu antes administrar tanta gente.
Trabalho onde gosto, com o que gosto, e tenho experiência em minha área.
Estou aprendendo a cuidar do meu tempo, criando problemas complexos e tendo que resolvê-los, num mundo onde realmente vai fazer diferença aprender alguma coisa.

Será esta uma estratégia para crescermos na vida? Será que essa negação e desafio que motiva e nos deixa ir longe? Eu não sei, mas acho que não.

Não dou os méritos apenas a mim, são muitas pessoas que se ferram, passam por idiota, dão a cara à tapa que contribuem para cada tijolinho formar uma casa segura. Se você não se suja de cimento, toma chuva, carrega blocos pesados, não ouve merda de superiores ou mais experientes, você não consegue construir uma casa que não desabe. Geralmente só vemos a casa, mas muitos não tem a menor idéia do que foi preciso para deixá-la assim.

Hoje eu tenho certeza, se tiver algo do qual não me apoiam, aí sim é que entro de cabeça!
Se riram quando Colombo disse que a Terra é redonda, terei eu vergonha de ser caçoado?


Foto do dia: Avisem o garotão ali que ele está na espécie errada!