quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pentelhos do Rei - Ensaio sobre o amor

Amor é um desses termos que aprendemos ao longo da vida. À semelhança dos termos "papai" e "mamãe", cria-se um conceito pessoal do que venha ser amor. O amor aparece no filme; tem cheiro de perfume francês; causa arrepio; e a trilha sonora sempre é uma música maravilhosa - pra mim, "November Rain" do Guns n' Roses. Insatisfeitos, aqueles um pouquinho mais críticos chegam a se questionar buscando saciar o desejo primitivo de entender o porquê dessa vagueza. Contudo, sempre há um profeta, aquele exímio conhecedor das escrituras, aquele monge tibetano, aquele ser capaz de compreender e assimilar perfeitamente os fenômenos da vida, aquele provido de sensibilidade ímpar que sentenciará algo parecido com "quando estiver diante dele [do amor], você sentirá".

Em termos grosseiros, tal resposta é o que se denomina "sair pela tangente". É aquela resposta insatisfatória que, de tão oblíqua, o interlocutor sente-se acuado face a convicção com que é proferida, e que, de tão convicta, até uma ameba seria capaz de compreender. Gostaria que assim fosse. Gostaria que o amor fosse tão explícito a ponto de qualquer pessoa conseguir compreendê-lo, porém, não é o que ocorre.

Um primeiro grande problema, que aqui chamarei de "questão fundamental 1", é o fato de amor ser um termo equívoco (vários sentidos), utilizado para expressar inúmeros sentimentos/sensações, a saber: amor materno, amor à camisa, amor cristão, amor-sexo etc.

Como se pode ver, tratam-se de coisas distintas, ligadas tão somente pelo termo amor. Pergunto: existe algo que as unam? existe algo que justifique o emprego do termo amor? Ora, não vejo outra resposta se não uma espécie de "boost superficial" à próxima palavra que já traz em si o sentido necessário. Portanto, o amor nesses casos seria algo subsidiário, dispensável, desnecessário ao entendimento da sentença.

Se não, tomemos os exemplos citados: (i) amor materno: o sentimento em tela é o afeto entre a genitora e sua cria, algo instintivo, inerente aos mamíferos, portanto, para os nosso fins, "instinto"; (ii) amor à camisa: a expressão implica em "responsabilidade". A camisa traz consigo não só o peso da malha e do bordado, mas também da confiança nela depositada pelos torcedores, em que jogar torna-se um problema de muita gente; (iii) amor-cristão: a questão é mais de "respeito" ao próximo. Os mandamentos de Deus são tão complexos que precisou vir seu filho para sintetizá-los em poucas palavras para que os homens entendessem; e (iv) amor-sexo: conjunção carnal diferenciada.

Em suma, amor não diz especificamente nada; é uma palavra que necessita de contexto em todo momento em que é pronunciada, sob pena de adquirir a vagueza que lhe é - mas não deveria ser - natural.

Mas, ainda assim, não é só. Existe ainda uma "questão fundamental 2": o amor, longe de ser uma virtude, é uma máscara de um sentimento egoísta. E para afirmar isso, sirvo-me da hipótese da traição. O traído sempre sentirá indignação, pois julga que o traidor, antes de trair, deveria ter em mente a confiança que o traído nele depositara. Ora, o amor torna-se uma proteção, uma zona de conforto em que o amante sente-se ileso a sofrimento advindo do amado.

Ademais, ainda existe quem defenda ser o amor "dar uma parcela da sua liberdade em prol do outro". Bobinhos... num mundo em que a cadeia alimentar rege a vida; em que a competição é algo inerente ao animal, Milton Friedman bem resumiu numa dessas frases a se pronunciar todos os dias: "there's no [fucking] free lunch" - tradução livre: "não existe [%$#&*] almoço grátis". Ou seja, por trás do ônus, sempre há um bônus. Aquele que ama, busca algo em troca, sempre.

Entendo que essa questão é o ponto mais frágil daqueles que defendem o amor. Conceber-se o amor como sentimento "bom" e confrontá-lo com a sua face egoísta, anula-o completamente.

Existem outras "questões fundamentais", tais como a tautologia na expressão "amor platônico" - haja vista que todo amor é idealizado -, ou a impossibilidade de se medir/constatar o amor, das quais preciso refletir mais e acabar de vez com a idéia superficial desse amor que paira na vida humana como se fosse algo fundamental, natural e inerente a qualquer pessoa. Pelo contrário! O amor é dispensável; é vago; é superficial.

Assim, busquemos os verdadeiros sentimentos de respeito, afeto, amizade, cuidado, caridade, entre outras virtudes, todos eles desprovidos do amor que acaba por suprimir os verdadeiros sentidos dessas belas palavras.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Triste noticia...

É com muito pesar que estréio minha participação nesse blog.

Desculpem-me por não pedir licença, por não postar no dia certo, e por não vir com um texto criativo ou reflexivo. Só me dei conta de que era talvez a forma mais conveniente de divulgar esta triste notícia. Na tarde da última sexta-feira, Castilho, conhecido, e tenho certeza, querido por todos nós veio a falecer. Só achei que deveria avisar a todos, uma vez que todos o conheciam, e mesmo aqueles nos quais ele inspirava rinite, tinham grande apreço por ele... Realmente ele era uma extensão de mim, realmente se parecia comigo em muitos aspectos... e sempre foi um dos meus melhores amigos... de uma forma que só ele poderia ser. O que se passou foi que provavelmente durante a madrugada ou manhã de quarta-feira o Castilho teve seu segundo AVC, e minha mãe o encontrou já num estado em que não conseguia nem mesmo ficar em pé... correu com ele para o hospital veterinário da UNIP, onde ele ficou algumas horas, e depois para uma clínica, onde foi internado... o doutor que o atendeu disse que ele precisaria fazer alguns exames para checar o funcionamento dos órgãos internos, mas que não haveria o que fazer quanto a parte neurológica. Porém com o resultado dos exames foi constatado que ele já estava com suas funções hepática e renal comprometidas, além de já ter, para quem não sabia, sopro no coração e edema pulmonar... pois é, mas o mais triste, que realmente mexeu muito com todos aqui em casa, foi o estado em que ele ficou por conta do AVC... ele simplesmente não respondia a nenhum estímulo, ficava como se estivesse sedado ou desmaiado... foi muito dificil ver meu grande, ou pequeno, amigo de tantos e tantos anos naquela situação. me fez enxergar a triste vulnerabilidade de todos os seres vivos. e na sexta-feira a tarde, após afirmar que não havia esperança de salvação para o Castilho, e mesmo que houvesse, que ele não se recuperaria do AVC, o doutor ofereceu a única alternativa para ele, a eutanásia. o Castilho não sofreu em seus últimos instantes, nem esteve sozinho.

Mas nada disso diminuiu a dor... sei que era um animal, "só um cachorro", como alguns diriam... mas a minha verdade é que ele foi meu mais antigo amigo... sempre fiel e companheiro... crescemos juntos, dos meus 20 curtos anos de existência, 14 foram mais alegres graças a sua companhia. Ele me viu crescer, ir pra escola, pra faculdade, pro trabalho, arranjar namorada... e por minha vez, eu o vi desde sua mais tenra idade, sua infância, que coincidindo com a minha nos fez melhores amigos desde então, até sua adolescência, fase adulta e velhice. E ainda assim, eu juro que não esperava por essa... eu achava q era da boca pra fora, mas vi que eu realmente acreditava quando falava que quando fosse morar sozinho, levaria ele comigo... eu vi que não tinha aprendido, e que ainda acreditava que era pra sempre... não sabia ainda, mesmo depois do que aconteceu com a gente, que o pra sempre sempre acaba... E mais uma vez perdi um amigo que fez tanta diferença na minha vida, e que me fez diferente do que eu seria se não o tivesse conhecido... o Castilho foi um irmão, um filho, um vô, um brinquedo do qual eu nunca enjoei ou cansei de brincar... um amigo.

A tristeza é grande, amigos, todo mundo aqui em casa sofreu... mas tantas coisas acontecem que a gente às vezes nem tem tempo de parar pra sentir... mas mesmo assim eu senti muito forte... sofri bastante... tantas lembranças que vocês nem imaginam, uma vida toda lado a lado... não sei se sou eu, mas é tão difícil de aceitar...

quem sabe agora eu aprendo

Boa noite

Guga Tilho

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Gozadas do Rei - Enquanto a musica durou

Como era meu rodízio e não queria me preocupar em dirigir, tomei um ônibus até a casa de um amigo pra assistir ao jogo da Copa.

Durante o caminho, enquanto eu ouvia meu iPod, ele passava pela faculdade que fizemos juntos, caminhos que costumávamos passar, lojas que frequentávamos nessa época. Começou a tocar a música "Pra onde vai" do Gabriel o Pensador. A música junto com o cenário da janela do ônibus e antigas lembranças que vieram à mil, me fez lembrar de um amigo que me deixara os melhores ensinamentos e atitudes, do qual tinha inveja quando não o conhecia, e virei admirador depois de ser meu amigo. Alguém insuperável, porém todos deveriam tentar seguir seus belos exemplos.

Como moro longe de tudo, aproveito o tempo nos transportes pra fazer minhas análises, filosofadas, pensamentos, indagações e conclusões.

O pensamento é muito rápido, e enquanto a música durou, eu me via do lado de fora do ônibus, com meus amigos, nos bares onde cabulávamos aulas (bebendo e jogando sinuca) e comendo frituras baratas sem se preocupar com a saúde, comprando artigos baratos do trabalho escravo de imigrantes ilegais, passando tempo conversando sobre nada/tudo, mulheres/dinheiro e nos exercitando na praça ali do lado, voltando da casa de meu amigo após a balada.

Por que isso ter a ver com minha coluna? Porque era a época onde os finais de semana tinham 5 dias! Ficávamos feliz no domingo porque voltaríamos na faculdade na segunda, e tristes na sexta porque demorariam dois dias infinitos até o próximo encontro.

Muitos ja me disseram que depois da faculdade (e até mesmo depois do colegial) não encontraríamos nunca mais nossos amigos, e que a amizade se transformaria na concorrência feroz no mercado de trabalho. Eu e meus amigos provamos por a + b que isso é mentira, aliás, mentira ou impossível é o que queiramos que seja!

Embora eu não fizesse o caminho há muito tempo, me senti totalmente em um clima familiar, acolhedor, totalmente à vontade. Algumas poucas lojas mudaram, mas o corre-corre na rua, a cor do ônibus, o estilo das pessoas que entraram e sairam dele, a parada no terminal, a ansiedade de encontrar os amigos mais uma vez, o cheiro de perfume barato da mulher que senta do seu lado e o sorriso involuntário que tudo isso sempre me propiciou, tanto naquela época como nesta, foram todos os mesmos...

Enfim, quando a música acabou e começou uma eletrônica agitada, acordei de meu sonho. Espero ainda ter muitos sonhos como esse, e continuar a concretizar alguns deles, embora seja cada vez mais difícil...

Caio Fagundes

domingo, 27 de junho de 2010

Cabeçadas do Rei - Mulheres....

Hoje algumas coisas me fizeram pensar como as mulheres são seres apaixonantes e o quanto deveríamos ter cuidado com cada uma delas.

Conheço uma dezena de amigos que tem mulheres sensacionais aos seus pés e mesmo assim não conseguem se apaixonar, quando digo sensacionais estou deixando a beleza e corpos esculturais de lado (mesmo sabendo que a maioria delas tem algum desses atributos) e pensando no quanto são carinhosas, maternais e pacientes com seres tão imperfeitos como nós homens.

Um amigo me disse brincando esses dias, "não sei o que ela quer comigo, ela sabe que eu sou assim" e tenho certeza que nós todos já nos perguntamos essa mesma coisa diversas vezes.

Parece que o extinto de proteção de caráter evolutivo insiste em dar paciência e serenidade para as mulheres perdoarem e amarem ainda mais seus respectivos após um deslize qualquer.

Dentro de nossas falhas estão promessas não cumpridas, encontros não realizados, desatenção, falta de carinho, futebol, amigos e o mais imperdoável dos erros uma outra mulher.

Esse ultimo normalmente é o derradeiro e o que violenta na essência qualquer mulher, pois coloca em xeque as duas envolvidas o que normalmente é fatal.

Chego a conclusão que a culpa de sermos tão imperfeitos é essa capacidade incrível de perdoar e se apaixonar típica do sexo fragil.Quase que um jogo onde a própria cria a patologia e entrega o remédio, gera a demanda para oferecer o produto.

Devaneios e análises sociológicas desse autor são embasadas em sentimentos, vivências e conversas sem qualquer cunho científico, porém com caráter pessoal de verdade irrefutável.

Ame as mulheres como a si mesmo..

Ruan Verde

O Rei do Samba

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra nao chorar.

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra nao chorar.

Quero assistir o sol nascer,
Ver as águas dos rios correr,
Ouvir os pássaros cantar,
Eu quero nascer quero viver...

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra não chorar.

Se alguem por mim perguntar,
Diga que eu só vou voltar,
Depois que eu me encontrar...

Quero assistir o sol nascer,
Ver as águas dos rios correr,
Ouvir os pássaros cantar,
Eu quero nascer quero viver...

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra nao chorar.

Deixe-me ir preciso andar,
Vou por aí a procurar,
Rir pra nao chorar.

Cartola - Preciso me Encontrar

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Bombadas do Rei - A qual voz ouvir

Neste momento encontro-me sob a influencia de alcool. E por isso trago a questao: A que voz devemos ouvir???

Quando nao estou sob a influencia do alcool, ha sempre uma voz que se preoocupa com o futuro. Esta eh uma voz extremamente analitica, e preocupada com as consequencias de todas as minhas acoes.

Do outro lado, quando encontro-me sob a influencia do alcool, tudo parece muito simples. Nao ha nada com oque se preocupar. Nao importa oque aconteca, tudo estara bem e sempre vou vivenciar momentos de alegria.

Entao, pergunto-me: A que voz devemos ouvir? Aquela que se preocupa com as consequencias das acoes de uma vida tao curta? Para que se preocupar tanto com essa vida que nao durara muito tempo... uma vida em que, quando achamos que estamos comecando a compreender (ou talvez simplesmente desitimos de procurar um sentido), entao caminhamos ao fim.

Mas eh mesmo a vida tao curta assim? Todos que ja passaram por momentos de agonia e tristeza sabem que isso nao acaba tao rapido, e nao podemos fazer muito para evitar tais sentimentos.

Queria eu poder ver a vida sempre da perspectiva de quando encontro-me sob a influencia do alcool. Sem a menor das preocupacoes. Sera esse entao o segredo da felicidade? Simplesmente nao dar importancia as consequencias de nossas acoes??

Talvez este topico seja dificil de discutir, considerando que as mentes das pessoas sao diferentes umas das outras, e os efeitos do alcool sao diferentes em cada mente. Mas estas sao minhas perspectivas e duvidas sobre o topico.

Kakau.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sacadas do Rei - Surpresa!!

Em uma conversa num desses programas de mensagens instantâneas fui interpelado que tipo de Surpresa eu gostaria de receber. Ué! Se é Surpresa, como vou saber?! Se eu soubesse ou esperasse, deixaria de ser Surpresa.

Existem dois jeitos de ser surpreendido: uma ação ou situação esperada em um momento inusitado ou uma ação ou situação inesperada a qualquer momento.

Surpresas movem, motivam e impulsionam a vida das pessoas. O que seria de um relacionamento sem surpresas? Aquela mesmice, nada diferente. Nenhum buquê de flores inesperado, nenhum pedido de namoro em um jantar qualquer no meio da semana e, entrando em um contexto mais moderno, não haveria nenhum SMS com aquela mensagem que te faz sorrir sozinho no meio da sua aula ou do seu trabalho, não haveria sequer aquele depoimento com as palavras "te amo" no final bem naquele momento que você chega cansado de sua jornada. Mensagens simples, escritas, faladas ou em forma de gesto que fazem toda a diferença, porque são....surpreendentes!

Sua companheira inseparável e antagônica compõe o jogo que jogamos todo dia, a Certeza. Mas ela não encerra em si mesma a motivação. A Certeza gera a Expectativa. E nessa Expectativa sim, temos o movimento, temos o que precisamos para continuar jogando. Ou não é? O fim de semana, para muitos, é uma Certeza. Certeza de descanso ou, muito pelo contrário, baladas e passar a noite toda acordado com muita diversão. Porém, é a Expectativa de um fim de semana que nos dá forças para superar a longa semana de cinco dias. Este é só um exemplo, tente estender para mais casos.

A Expectativa é futuro, a Surpresa é presente!

No âmbito profissional, a Surpresa pode levar além. Se conquistar a todos com um projeto, prática, atitude ou resultados, a mediocridade é afastada e o bônus vem em seguida. Com a promoção de fase em nosso jogo, o leque de Certezas e Expectativas fica maior, tornando a jogatina cada vez mais interessante.

Claro, Surpresas ruins acontecem. Sabe, algumas dessas, se não todas, também servem para motivar? Sinceramente, não gosto de trabalho monótono, gosto de chegar lá e ver que muitas coisas mudaram e não foram como o esperado, que tenho que montar um cenário completamente novo, adrenalina, como chamam lá na fábrica, Emoção.

O ditado é vivo sim: “Não surpreendas, pois você pode ser O surpreendido”. Mas cabe mais aos curiosos e afoitos dos que aos boêmios como nós.

Arranque risadas, carinhos, carisma, amores......sucesso.

Surpreenda!!

Dom V.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pentelhos do Rei - Saramago: para se ler mais e se falar menos.

Como se não bastasse a tristeza em receber a notícia da morte do escritor lusitano José Saramago, muito mais me afetou a irônica despedida que os religiosos tem feito acerca do fato, a saber: "Deus o tenha". Ora, nada mais absurdo, nada mais contrário à história do autor.

Sobre essa despedida sinto o mais desprezível dos sentimentos: sinto pena. Pena daqueles que desconsideram aquele que retratou de forma tão profunda questões que nos remetem ao âmago da existência. Como o próprio escritor dizia em suas entrevistas, "quem somos nós?", "para onde vamos?", "qual o motivo da vida?". São perguntas das quais não existem respostas ou das quais as existentes servem para consolar aqueles que tem medo.

E é exatamente disto que os gnósticos tem medo. Medo de questionar Deus e então serem julgados por esse crime de não crer. Afinal, já se parou para pensar por que será que o 1º mandamento, dentre os 10, é "amar a Deus sobre todas as coisas"? Por que ele está acima do "não matarás" ou do "não furtarás"? São perguntas das quais poucos tem a coragem de formular.

Mas os ateus e agnósticos não têm este medo, pois o céu não se destina aos bons, aos justos ou aos obreiros, como querem fazer crer as religiões. Pelo contrário. O "céu" - concebido nessa visão ficcional que plana na mente ociosa dos que crêem - destina-se aqueles que dão a sua alma à religião, ou em palavras estritamente racionais, aqueles que sustentam as religiões, com dízimos, sacrifícios, doações, ou do que quer que se chame essa contraprestação pela prestação do serviço de encaminhar o fiel a este paraíso, onde tudo é bom e maravilhoso.

Ora, era contra essas instituições que Saramago lutava. Provou através de seus livros que não há necessidade de ser religioso para ser humano. Não há necessidade de ser religioso para ser sensível às mazelas que afetam a nossa vida.

Exemplo disso é o livro que lhe concedeu o título de nobel de literatura, "Ensaio sobre a cegueira". Não cabe aqui fazer um resumo do livro. Basta dizer que é uma lição de como o humano é naturalmente contraditório: egoísmo, oportunismo e indiferença convivem juntos à compaixão, preservação e união. Ora, sentimentos todos humanos. Lembre-se: não se trata do conflito gnóstico entre o bem e o mal, mas sim de sentimentos humanos, todos!

Outra grande obra é o "Evangelho segundo Jesus Cristo". Aos ignorantes, imagine um evangelho sem dogmas, sem milagres e sem aquela esperança irracional que tanto se quer implantar. Imagine um Jesus só homem. Imagine um homem que dizia "amai o outro assim como a ti mesmo"? Reconheço: é um livro para uns poucos que saibam abstrair o que se chama de "blasfêmia".

Mas não é só. O autor ainda nos brindou com o seu último livro publicado, "Caim", em que aponta "deus" - exatamente grafado desta forma durante todo o livro - como autor intelectual do crime cometido por Caim contra seu irmão Abel. Aqui o autor retrata quão contrários à humanidade são o mandamento e a concepção de um Deus derivados da Bíblia, tida como texto sagrado.

Portanto, não se negue ao prazer de ler Saramago apenas pelo fato dele ser ateu. Ele, Saramago, foi humano como qualquer outro, o qual muito aprendeu e, ao mesmo tempo, muito ensinou e continua a ensinar.

Nem se alegue que combater "Deus" era o fim de Saramago. O combate à Ele deriva do combate às instituições é a consequência da busca por um conhecimento interior do humano através da análise dos seus respectivos defeitos e qualidades. É, pois, deste tipo de humano que o mundo sentirá falta.

Com a morte de Saramago, o mundo perde em sensibilidade. Desde então, somos menos humanos. Somos menos sensíveis às questões que rodeiam a vida. Tornamo-nos menos críticos.

Saramago entrou para a história como fotógrafo do ser humano e não cabe a Deus intervir neste fato. Até porque, por um acaso, tal fato é nosso, é humano.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Gozadas do Rei - Começando o dia bem

Bom dia!

Semana passada experimentei um caminho novo para o trabalho. Pertinho da empresa percebo atitudes suspeitas num carro estacionado, não muito longe ou escondido. Ele estava todo embassado por dentro e balançando um pouco, só faltava a marca de mão no vidro pra ficar igual à cena de Titanic. É, leitores. Assim como não precisaria dizer mais nada, nem precisei chegar muito perto pra entender.

A maioria fica com preguiça de ir ao trabalho ou escola, reclama do trânsito e etecétera, mas aqueles dois não. Admiro-os! Bastante coisa me chama a atenção por trás desse “afeto”.

Já que vai ser tão duro o dia, por que não desestressar antes? Aliás, qual a relação deles? Casados não eram, senão fariam em casa. Namorados? Não. namorados procurariam um lugar mais escondido para não serem comentados. Provavelmente uma amizade colorida ou pessoas já casadas trocando o rotineiro pelo “passatempo”. Passaram bem o tempo antes de ir para suas respectivas obrigações, só preocupados em fazer aquele momento (em geral tão chato) um pouco mais interessante e caliente, preocupados em se aproveitar e ser aproveitados sem vínculo emocional.

Nunca vi tanta disposição à essa hora da manhã! O pôr-do-sol é um momento romântico, não? Mas já ta batido… Por que não experimentar o nascer do sol? Aliás, nem precisavam se preocupar em se esconder mesmo, pois é quando muitos ainda estão dormindo, não há muito movimento na rua e as pessoas que transitam à essa hora não são ameaças ao segredo do casal, quer dizer, dos amigos. Hora perfeita.

Na empresa não precisei ser detetive pra identificar o meliante: um rapaz cheio de disposição e com uma cara de (quase) satisfeito e feliz no meio das caras emburradas. Essas atitudes deveriam ser incentivadas, pois melhoram o rendimento na empresa, pois felizes, temos um desempenho melhor. Mas se todos fizessem, aí não teria mais a mesma graça, e cairíamos na mesmisse denovo.

Em vez de ficar preocupado com o trabalho e prazos, que tal se preocupar com a próxima vez: até onde irá chegar, quando será, … Que sentimento bom! Um casal incomum, mostrando como ser diferente, trocar ansiedades ruins pelas boas, a noite pelo dia, transformar o chato em interessante.

Caio Fagundes

sábado, 19 de junho de 2010

Cabeçadas do Rei - Carta ao mestre...

Mestre,

Nos conhecemos através delas e esse era um dos nossos maiores assuntos em comum.Tinhamos uma opinião clara e executável de que viveríamos para elas da forma mais sincera e pura.

Você tinha o dom quando o assunto era o misterioso universo das mulheres, parecia não precisar ao menos se esforçar para que todas estivessem olhando e prestando atenção no que você dizia, devia ser o sorriso fácil ou a voz afeminada que chamavam tanta atenção.

Certas vezes dava raiva de ver a facilidade em conquistar mais uma e mais outra.

Foi homem de uma mulher só e de muitas ao mesmo tempo, foi o amor de algumas e a diversão de outras e nas horas vagas ainda era amigo de cada uma onde elas encontravam afeto e carinho de um garanhão a moda contemporânea.

A sua viajem deixou uma lacuna gigante em corações espalhados da zona sul a zona norte, viajem repentina que sequer possibilitou uma despedida de cada uma de suas amadas.Talvez seja melhor assim, pois despedidas nunca foram seu forte.

Antes de viajar deixou claro de que não existe mulher impossivel e sim mulheres que você ainda não chegou, espalhou "te gosto" e quem sabe alguns "te amo" para as mais afortunadas.

Espero que volte logo da longa viajem para colocarmos as estratégias em dia, no caso de não voltar a tempo te encontro em futuro incerto, viagem que todos faremos.

Abraço grande amigo e mestre

Ruan Verde

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Bombadas do Rei - A aparição de Ezaquiel

Bom dia leitores do Rei! Meu nome eh Kakau. Embora alguns acreditem que este nome indica homosexualidade, eu gostaria de informar que este nao eh o caso. Este nome nada mais eh do que uma forma de me identificar de uma maneira que tras o beneficio do destaque. Peco desculpas pelos erros gramaticais. Meu teclado nao eh configurado para o Portugues. Agradeco a oportunidade de contribuir a este prestigiado Diario, constituido de mentes brilhantes e criativas, dispostas a expor suas ideias, sejam elas por diferentes motivos, assim como entreter, criticar, informar, gerar duvidas, etc. Assim como defendia John Locke, a liberdade de expressao tras progresso a sociedade.

Estou tendo a oportunidade de viver a cultura Americana, e assim como outros estrangeiros que vivenciam diferentes culturas, muitas vezes me encontro comparando as diferencas entre o modo de viver entre minha cultura e a dos americanos. Ateh hoje de manha, confesso que nao tinha ideia sobre oque escrever, mas uma coisa inusitada aconteceu esta tarde. Eu estava dirigindo meu carro com 300.000 kilometros rodados, e pelo qual paguei 850 dolares. O radio comecou a falhar, e achei que era so mais uma das estranhices que vieram com a compra. Mas entao notei que a luz indicando que a bateria estava fraca, acendeu. Decidi levar o carro ao mecanico. O mesmo mecanico de quem comprei o carro e a quem chamo de " O Grego". Mas no caminho, parei no semaforo, e o carro simplesmente parou de funcionar. Detalhe: era o cruzamento mais movimentado de todo o caminho para chegar ao mecanico, com 4 faixas de cada lado na rua de onde eu vinha, e 3 faixas de cada lado na rua que cruzava.

Isso nunca havia acontecido comigo antes, entao comecei a entrar em panico. Foi entao que entrou em cena meu anjo da guarda em forma de mendigo. Ele nao tinha asas nem cabelo loiro, mas uma barba e camiseta xadres. Ele ofereceu ajuda. Eu perdido, falei "mas se empurrar, sera que vai funcionar?" Ele entao falou "nao, mas voce tem que tirar do caminho ne". "Beleza", eu falei". Ele entao chamou seu amigo, supostamente outro mendigo. Mass esses mendigos dos States nao sabem oque eh mendigo de verdade... eles sao pessoas s~as, o outro com a barba feita, e em condicoes de empurrar o carro. Eles entao comecam a empurrar, mas o carro estava engrenado e nao ia. Ezaquiel (meu anjo da guarda), entao se revela grosseiro: "O carro ta engrenado porra! Bota na porra do neutro!" Mas a chave nao estava ma ignicao, e eu tentando mudar de marcha. Outra vez, Ezaquiel me tirou: "Bota a porra da chave na ignicao!" Eu entao ponho a chave na ignicao, ponho no Neutro, e finalmente eles conseguem empurrar. Depois de ser empurrado no cruzamento, com todos os outros carros esperando pacientemente, finalmente paro num canto. Claro, dei 5 dolares para cada, por terem me ajudado, e fui resgatado por uma amiga que fez uma chupeta (no bom sentido). Nunca esquecerei da aparicao de Ezaquiel.

Ainda estou me acostumando com a ideia de um diario. E acredito que eu, assim como o grupo, ainda tenho muito para aprender nessa arte de expor ideias aleatorias.

Tchau Tchau do Kakau.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Gozadas do Rei - Pra cima dela!

Muito bom dia!

Provavelmente, exceto hj, vcs me lerão de segunda-feira, um dos dias mais importantes e odiados da semana. Só não entendo o porquê de tanto ódio! Seja calor de 30°C ou frio de -5°C como hoje e não querem sair do casulo pra enfrentar a semana. Podemos trocar o "enfrentar" por tantas outras palavras... É quando ficamos ansiosos pelo q virá pela frente, criamos expectativas para os planos que criamos (se vc não cria planos pra semana, ta aí a dica!), planejamos coisas novas, revemos pessoas importantes.

Não gostou da definição? Tá bom. Aproveite a segunda para refletir sobre o final de semana e contar ansiosamente para quem lhe convir.

É no final de semana q a vida acontece, mas geralmente é de segunda à quinta que ela se consolida. Além disso, quem disse que precisa de final de semana pra "acontecermos" na vida?

É com esse simples exemplo que me apresento: Caio Fagundes.

Não sou bom com palavras (por isso inventarei algumas) ou títulos, mas nas manhãs ainda frias de segunda-feira, descreverei experiêcias vividas, contadas ou simples especulações do acontecer cotidiano de uma forma a exemplar que não precisas dos finais de semana pra acontecer a vida.

Esse conflito pode estar na cabeça de muitas pessoas, e se enfrentado de forma correta pode render bons frutos (ahh, muitos bons frutos), afinal, o que é a vida além de um bocado de desafios para serem superados? Nada melhor do que saber superar, debulhar seu problema, deitar nele e ainda contar com orgulho, sem se enganar! Por isso estou aqui: ajudá-los, divertí-los e mostrar o místico e a infinidade de coisas que acontecem ou podem acontecer em cada 24h dos dias chatos de trabalho ou estudo.

Para honrar meu nome e finalizar o post, uma piada!

"-Sabe por que a loira lambe o relógio? Porque TIC e TAC tem apenas 2 calorias."

Foi um prazer,

Caio Fagundes

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Toda quarta-feira, Pentelhos do Rei!


Convidaram-me para participar deste sodalício diário, escrevendo acerca de temas, não só fundamentais, mas, também, curiosos, interessantes, reflexivos...

Pois bem. Aceitei o convite e é acerca destes temas que tratarei, especificamente acerca do que envolva Direito, Política e Economia.

De modo a introduzir o meu estilo, pergunto: existe diferença entre o crime de estupro e o crime de sonegação fiscal?

Diante desta pergunta, a resposta mais óbvia é a positiva, no sentido de que o primeiro crime (estupro) é mais grave que o segundo (sonegação fiscal), principalmente se o interlocutor for do sexo feminino.

Porém, meu enfoque é outro. Não caminho na obviedade. Minha resposta é a de que, tanto o estupro quanto a sonegação fiscal são ambos crimes, não havendo qualquer diferença quanto a isto. O que os diferenciam são os valores a que se quer ver tutelados, à saber: na criminalização do estupro, a integridade física e a moral e; na criminalização da sonegação fiscal, a participação de todos nas despesas do Estado.

Vale dizer, não é só porque os dois revestem a denominação de "crimes" que eles receberão o mesmo tratamento. Pelo contrário. Aqui o valor tutelado exige uma resposta mais firme face à ocorrência do crime de estupro em comparação com o crime de sonegação, sendo justamente em razão disso que a pena prevista ao crime de estupro (6 a 10 anos de reclusão) seja maior que aquela prevista ao crime de sonegação fiscal (2 a 5 anos de reclusão).

Face a estas considerações, perceba, caro leitor, que a resposta "et nunc" (agora) não parece tão óbvia quanto parecia naquele primeiro momento. Outras perguntas surgem: é válido este critério de "valor tutelado"? será mesmo mais grave lesar a um único indivíduo que lesar a toda uma sociedade?

Bom. Voltando a minha apresentação, são estes tipos de perguntas que buscarei responder nas minhas próximas postagens. Contudo, o mais importante aqui é explicitar o meu objetivo: estimular a dúvida.

Verá o caro leitor que nada resiste a dúvida, sendo somente através dela que caminhamos para aquele saber livre de ideologias, dogmas e imposições que tanto nos cercam e direcionam nosso pensar, agir e falar. É isso que busco suprir neste pequeno espaço.

Busco suprir a necessidade de uma voz ativa na mídia que dialogue com o livre pensar, ao contrário do que se vê na mídia "mainstream" e nos que denomino "críticos de profissão", estes últimos os quais dominam a opinião pública e os meios de comunicação, discursando aleatoriamente, atingindo uns e outros, para tão somente justificar o salário que recebem.

Em suma, é através desses confrontamentos que espero trazer o caro leitor para "fora da caverna, onde os pastos são verdes e a brisa é suave", numa alusão apressada ao que Platão parabulou em seu "Mito da Caverna" (in "A República").

Postarei às quartas-ferias sob o título "Pentelhos do Rei".

Prazer.

domingo, 13 de junho de 2010

Testículo do Vila - "Nostalgia do tempo que outrora nunca vivi"

Às vezes me pego em um papo com Vinícius, Chico, Millôr e Jaguar, naqueles botequins de frente para Ipanema, em um lento e lindo passar de tarde, regado a álcool e boas idéias. Me pego pensando nas questões mais diversas. Na vida boêmia, no arrastar da tarde, nas piadas do Millôr e na bela cartilha do poeta.

Chego até mesmo a sentir o anseio da vida enquanto a carregada brisa litorânea me chega aos pulmões; descarrego, então, toda raiva do mundo e toda incerteza do futuro num gole de uísque que já me deixa manhoso, e enfim cedo a beleza triste e solitária da mulher que a frente me passa.

Ah, sinto saudades de um tempo que não estava aqui, de uma brisa que jamais senti e de um furor que só sei porque li. A melancolia do todo me joga, então, para baixo e vejo ao redor aquilo que já não sei, já não vi, já não mais senti.

Digo, tudo que sinto é a falta de tempos que outrora existiam. Da luta certa, dos argumentos impetuosos, de um lado a escolher. Mas o que temos hoje? Apenas muitas opiniões, uma sociedade que todos sabem de tudo, um niilismo sem fim – onde até mesmo Nietzche não saberia saber.

Morreu Deus, morreu a esperança. A vida é daqueles que sabem ver os dois lados, daqueles que acham algo bom em tudo, daqueles que não sabem por que lutar!

Mas que nostalgia dos tempos em que era fácil ser mocinho ou bandido.

Contudo-isso, vou lhe dizer: o que deveras mais sinto saudades é do Vinícius e das tardes, em que não raras, havia com toda certeza uma menina, cheia de graça, que em doce balanço caminhava pro mar.

Viva e deixe viver

Muito prazer,

Sou conhecido como Stanley Allen. O responsável pelas colunas dominicais, um dia nobre na semana por ser o dia dedicado ao fazer nada por muitas pessoas e principalmente por mim. Um grande entusiasta do ócio.

O ócio faz parte de quem sou. Já que um dos princípios mais importantes da minha vida sempre foi “A LEI DO MÍNIMO ESFORÇO”. “Lei” que sigo há tantos anos que nem sei mais se fui que a batizei assim ou foi se roubei a idéia de alguém. Mas o relevante mesmo é o conceito auto-explicativo do próprio nome. Mas o relevante mesmo é o conceito auto-explicativo do próprio nome. Como viver a vida fazendo o mínimo de esforço para alcançar seus objetivos. Um exemplo prático, e extremamente recorrente na minha vida, é estudar somente o suficiente para alcançar o almejado 5,0.

Mas apesar de ser um conceito bastante prático, que sempre facilitou a minha vida e dos adeptos que angariei ao longo dos anos. Ele pode ser perigoso se não usado de forma criteriosa, fazendo com que sua vida siga de forma muito passiva.

Sendo assim fique a vontade para experimentar esse novo jeito de olhar a vida, só não me responsabilizo se você não mais conseguir voltar aos seus antigos hábitos.

E como diria o mestre Jaiminho: “É que eu quero evitar a fadiga”.

Stanley Allen

sábado, 12 de junho de 2010

Aos homens apaixonados...

Começo me apresentando e dizendo minha fama:

Sou Ruan Verde, um fiel amante...

Começo a odisséia triunfal de posts aos sábados na data certa, única e coerente com minha forma de me relacionar, aliás a arte que dissertarei será exatamente essa.

Dia 12 de junho, amor em festa e casais sorrindo de sí mesmos ou dos outros que os cercam e parecem querer parecer o mais parecido possivel com o outro, mesmo sabendo que parecer demais as vezes torna as coisas monótonas e chatas.

Natural que nós homens tentemos parecer com nossas mulheres, afinal de contas elas são tão lindas e tão fundamentais, adoro cada uma delas com sua beleza, gostosura, carisma ou um sorriso que a torne linda mesmo que por apenas uma noite, aliás por que insistimos em não ver a beleza de uma noite apenas, encarar beijos como extensão de carinho e amar todas como se fosse a única? Assim que quero ser o melhor namorado para a namorada do dia, mesmo que seja só por esse dia.

Desejo amar de forma incondicional a cada mulher que estiver do meu lado e ser só dela enquanto durar, prazo de validade incerto mas presente.

Feliz dia dos amantes senhores namorados...

ps: Sou brasileiro de coração e gringo de origem, provavelmente o pior português do Rei, mas quem se importa como isso, né?!

Ruan Verde

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Testículo do Vila - À todos, que como eu, amavam os beatles e a gaiola das popuzudas

Sejam bem-vindos!

Todos: marginais, moralistas, melindrados, malandros, militantes, misantrópicos, morimbundos, milicos, minimalistas, mártires, multiculturalistas, missionários, maníacos, mercenários, mundrungos, machistas, macacos e mulheres!

Ahhh, esse jornaleco - se é que se pode chamar assim - é para todos, sem distinção de públicos, cérebros ou mesmo alguma lógica habitual. A única regra: postagens diárias, aconteça o que acontecer!

E quem sou eu? Sou o colunista da sexta: Josias Vilaboas, muito prazer!

Artista Plástico, retrato a beleza feminina das meninas da vida, e nas horas vagas frequento um bom bar para discutir e reavivar uma boa conversa; faço da vida nada mais que o retrato da sociedade moderna, ou melhor da falida instituição burguesa.

Avesso à política, prefiro o humor, que escrachado e incoerente dá um dossiê cômico da mesmice, e da mediocre sociedade de putanas mundanas e relaxadas a qual nos tornamos; e que fique claro: não estou falando das primas, trabalhadoras honestas como poucos em nossa avacalhada classe trabalhadora.

Dito isso, encontrarão toda sexta um textículo, quer dizer “testículo do Vila” onde irei tratar de política e cultura pra quem ouve de tudo!

Um grande abraço,