terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Para Rui

Queridos amigos...

Por motivo de força maior, andei acrescentando à minha vida um conteúdo não muito familiarizado antigamente, a leitura, apartir da qual estou descobrindo o infindável mundo de idéias, conclusões, explicações e sabedoria, que sempre estão à nossa disposição, porém a falta de tempo não compensa o conteúdo agregado... Hunf! Mais um paradigma meu quebrado.

Pretendo com isso adicionar aos meus nobres leitores um pouco mais do que histórias mal-contadas sobre um adolescente qualquer, e começo voltando a um assunto que ainda estava obscuro para mim, e os argumentos de Rui não me convenceram.
O Amor.

Achei neste livro algo que completou meu "feeling" sobre o amor, e por mais que fosse necessário um capítulo para descrevê-lo, sucintarei com algumas colocações:

-Os sentimentos do amor podem ser a linguagem ou expressão do amor, o próprio ato define o verbo;

A palavra tem origem grega, e eles usaram várias colocações para este multifacetado fenômeno, que variam desde de afeição familiar, passando pelo amor incondicional até o desejo erótico ardente.
Durante os tempos, foram criadas falsas ilusões de que a palavra amor está diretamente ligada com coisa boa (até mesmo no dicionário), e por isso mesmo que citações como "amar os seus inimigos" tornam o amor (como verbo ou ação) desacreditado.

Enfim, alguns grandes homens como Roosevelt e Lincoln gostavam da seguinte definição:
-"...o amor é paciente, não se gaba nem é arrogante, não se comporta arrogantemente, não quer tudo para si, não condena um erro cometido, suporta todas as coisas, aguenta tudo..."
Daí é possível amar estupradores ou assassinos, tratando como pessoas, tolerando, entendendo. Mesmo que você não goste destes, você pode amá-lo, segundo esta definição. E o amor (tanto verbo como ação) não deveria ser vulgarizado como é hoje, pois fica claro aqui que não é algo fácil, só depende da sua paciência, serenidade, bondade, e de tudo isso que o amor requisita. Até os tais direitos civis protegem esses caras contra as faltas de amor popular.
Eu Não disse que sou à favor desta posição ou amo todos meus inimigos, para constar.

Agora se, por força maior, verbos, comportamentos ou palavras se tornam verdade simplesmente pelo mal-uso conjunto e incessante por parte da maioria devido a algum desvio no meio do caminho, aí sim podemos nos referir ao amor como aquele que é usado para comer uma gatinha gostosa, é proferido insinceramente para amenizar problemas ou só pra dizer que sabemos do que se trata.

Caio Fagundes

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Testículo do Vila - "Às favas com a sutileza"

Queridos amigos,

Vocês já devem estar acostumados, mas vou falar da vida, de forma genérica, ruim e angustiante. O eterno sofrer de cada ser que habita uma consciência plena de sua mediocridade e impotência diante de sua mente cheia de desejos. E como sempre é na dificuldade que mais desejamos.

É interessante observar esse tosco aspecto de nossa vida mais ou menos, se refletir um pouco vai perceber, assim como eu, que esse desejo constante é baseado, e quão mais valorizado, de acordo com a dificuldade em se obter. A aqueles que são racionais me expliquem onde esta a racionalidade disso? Exceto, é claro, se você admitir, assim como eu, que desejamos é sofrer. Igual a uma música boba dos los hermanos, ou um swing de corno do famoso jargão: “Garçom, aqui nessa mesa de bar, você já cansou de escutar...”

O fato é que queremos aquilo que é mais difícil, caro, ilustre, inalcançável. Pois é, e não teria como ser diferente.

Não sei qual idiota que me disse: “O primeiro princípio do ser humano é se sentir importante”. Né? Ele até que não era tão estúpido assim. Nós, a priori queremos atender a um sentimento de reconhecimento, e como fazê-lo melhor do que alcançar, possuir o distinto? Mesmo que seja um título acadêmico em uma família de analfabetos, o que queremos realmente é aquela palmadinha nas costas: Bom garoto! Igual a um estúpido cachorro.

E, tem que ser assim mesmo, ou você vai ser hipócrita e dizer que o importante é ser generoso, altruísta, benevolente? Haha, você faz isso pelo reconhecimento social que tem os bonzinhos infelizes.

Digo mais, a coisa fica ainda melhor trazendo para um exemplo mais palpável, tenho certeza que todos passaram por essa sensação: Lembra aquela pessoa especial, que você tinha uma verdadeira adoração, e com certeza parte dessa adoração era por ela ser “difícil”, a garota que ninguém têm, aquela pessoa intocável? Pois é, pessoas como essas povoaram a mente da maioria dos adolescentes medíocres, tal qual eu e você! Agora, você deve lembrar aquele gosto amargo quando em uma festinha qualquer chegou aquele galã, 3 anos mais velho, irmão do dono da festa, e de repente, sem você nem ver como, estava ela, entrelaçada com ele. É duro amigo, mas isso é a regra! Para aquele garanhão ela era só mais uma, só mais uma garota fácil da idade do irmão, e pior, no dia seguinte ele nem iria pensar nela, enquanto você ficará comentando esse episódio nas próximas duas semanas.

E assim você cresce, desejando o que não pode ter, se frustrando, e se sentindo um bosta... E assim vai ser o resto da vida. Não adianta vir com aquela balela: você tem que aprender a ser feliz, se contentar com o que têm, não desejar, não ser ganancioso, viver a vida um dia de cada vez, carpe diem, pensar positivo, a arte da guerra... Pega nas minhas bolas, isso não é felicidade!

As coisas são assim e pronto, e se você não aguenta, bom, bebe leite e não saia das tetas da sua mãe.
Corno! Sua mulher deseja outro todo santo dia, um cara bem dotado come aquela menina que você sempre sonhou pegar no colégio, e uma freira em algum lugar tem uma vida sexual melhor que a sua. Mas a vida é amarga, e como a cerveja, nem tudo que é amargo é ruim.

Aprenda a entender seu amargor, abra sua mente e veja momentos de diversão na mediocridade que você pode ter. Isso porque, mesmo aquele que come a mulher que você quer ter vai desejar outra que ele julgue melhor, mesmo o milionário que tem o iate que você quer ter vai pensar que não é o bastante, a vida é assim e nossa raça é “desejante” e por consequência: fadada a sofrer!

Portanto, pegue aquela baranga de jeito, faça-a feliz, viva tudo que possa ser vivido em suas limitações sociais, você nunca vai ser feliz, mas, de que isso importa? Corra do preto vazio, ele vai te pegar!

domingo, 21 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Crônica

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Conheceram-se no casamento do primo Tavinho. Apaixonaram- se e, 4 meses depois, resolveram casar. Duzentas pessoas compareceram à pequena igreja. O padre, visivelmente cansado da viagem, e com a batina amassada começou o sermão:

'A data de hoje é muito importante... duas pessoas que se amam e se respeitam vão unir-se aos olhos de Deus ... assim como o respeito e o companheirismo, o sexo também é fundamental para uma aliança duradoura'.

Os convidados se entreolharam em silêncio, pensando que ia ser só uma menção sob a ótica da procriação.

'O sexo bem feito pode segurar o homem em casa e garantir também a fidelidade da mulher...'

A mãe da noiva aperta forte a mão do marido.

'Marcelo, você deve respeitar a vontade da Tatiana quando ela não quiser ter relações... mas isso não deve ser motivo para desgastes... o que eu sempre recomendo, nessas horas, para meus fiéis, é o prazer solitário, a masturbação... que dá maiores resultados quando se passa um creminho na face interna da mão'.

Os convidados reprimem o riso. A mãe da noiva começa a suar dentro do vestido mostarda alugado. O pai ameaça interferir, mas se coloca no seu lugar de cordeiro de Deus e relaxa.

'Tatiana, você não deve se conformar só com a posição 'papai e mamãe'. Ser ativa, no matrimônio, também é muito importante. Quando seu marido chegar cansado do futebol, por exemplo, você deve ficar por cima dele. Essa posição, além de dar uma folga para o esposo, também é excelente para que a mulher atinja o orgasmo, já que o contato do clitóris com a pélvis do marido é mais intenso. Se você, Marcelo, tiver um pênis muito avantajado, e que Deus o conserve assim, é conveniente que vocês escolham fazer amor de lado. Assim, você evita machucar a sua companheira, sem perder o prazer'.

Os convidados deixaram o riso transbordar como água num dique perfurado.Algumas mães, horrorizadas, tampam os ouvidos dos filhos. A essa altura,a mãe da noiva começa a se abanar com as folhas da decoração do altar. O pai olha o relógio na esperança do sermão estar chegando ao fim. Mas o Padre, com a maior naturalidade do mundo, continua:

'O coito anal deve ser praticado de vez em quando para não estagnar a relação. Se o seu orifício anal for muito apertado, Tatiana, você poderá usar o lubrificante íntimo Molhadinha e Discreta da Smart & Helmet ou o famoso KY Gel da Jonhson & Jonhson que são incolores e não tem cheiro...você também pode encontrar, em sexs shops, alguns lubrificantes de sabores extravagantes como, por exemplo,Piña Colada...'

Alguns convidados sentam para rir. Outros, começam a ficar com tesão e loucos para enfiar a mão por debaixo dos vestidos das mulheres.
O padre pega o copo de vinho e, dizendo umas palavras em latim, oferece ao casal.

'Quando a noiva estiver menstruada ela deverá avisar o marido antes da relação. Apesar das chances de engravidar serem bem menores, alguns cônjuges não gostam de fazer amor nesses dias'.

A mãe da noiva já começa a apresentar sinais evidentes de tontura e o pai, de taquicardia.
Enquanto isso, o padre abençoa a hóstia e a coloca na boca dos noivos, e continua o seu discurso:

'O sexo oral também é muito importante... tanto para o homem quanto para a mulher... por isso é fundamental que o casal mantenha os seus órgãos sexuais sempre limpinhos e saudáveis. Muitas mulheres, só conseguem atingir o orgasmo através do sexo oral.... e, a maioria dos homens, não vive sem um bom chupeteco'.

A mãe da noiva faz que vai desmaiar. Os padrinhos também se controlam e, junto com os convidados, começam a rir, enquanto o fotógrafo japonês, de terno listrado, dispara um clique atrás do outro.
Finalmente, o Padre abençoa o casal, introduzindo, em seus dedos, as alianças.

'Se a tentação for muito grande, a infidelidade até será permitida perante o Senhor... mas nunca sem camisinha ... Aproveito para lembrar que as camisinhas Loló, Hot, Red and Wet e Fuck me Baby foram as únicas que passaram nos testes de qualidade do Inmetro e do Ministério da Saúde. Os convidados podem sentar-se...'

Neste instante, um tio da noiva não resistiu e interveio ferozmente:

- Escuta aqui ô seu padre, que diabo de sermão é este? Isto mais parece um manual de sacanagem. Dê por encerrada esta cerimônia imediatamente!!! Pelo jeito tu também deve ser um daqueles padres pedófilos. Cai fora, seu depravado!! E mais, o nome da minha sobrinha não é Tatiana e do noivo não é Marcelo.

Silêncio profundo no altar e no templo...
O 'padre', agora com um olhar de surpresa, desculpa-se.

'Olha aí gente, não levem a mal não, eu também não sou padre, sou ator,fui contratado por amigos dos noivos pra fazer esta brincadeira, mas acho que errei de casamento!! Mas se serve de consolo, lhes asseguro que essas dicas servem muito bem para todos que moram neste cú de mundo. Fui!!!'
"

Dizem que a cidade de Amaral Ferrador nunca mais foi a mesma...
(Luis Fernando Veríssimo)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo IV

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Quando acordei aquele dia eu não imaginava que iria conhecer a área vermelha... Aquele lugar
conhecido pelo número que o identificava piscando azul-neon.

Vou contar do começo.
Na verdade, não tem muita introdução. Eu e meus amigos ja tinhamos ido em baladas open bar, barzinhos, botecos, matineés, bingos (quando não era proibido) e ainda não estávamos satisfeitos. Alí que surgiu a idéia.


Apertamo-nos no único carro do grupo e desembarcamos a 100 metros do local, e aí ja começou o suspense: aflitos, com medo de serem reconhecidos naquela rua caracterizada, sem experiência nenhuma no assunto e com a menor idade possível que permitiria tal situação. Era tudo desconhecido, diferente, sinistro, escuro, emocionante.

Aquele número piscando, e um dos algarismos com a luz queimada, não saem até hoje da minha cabeça. Um segurança um tanto quando intimidador trancava a porta a cada "cliente" que entrava ou saía. Fomos revistados, entramos, e ele tranca a porta. Pronto! Cruzamos a fronteira! Saímos da região onde as leis tentam preservar a ética, a moral, os direitos/deveres e condena os que se opõe ao bom funcionamento do sistema e entramos na área onde quem ditava as regras, era a própria casa. Essa sensação é extremamente forte, nos sentimos "dentro do ilegal", e suscetíveis ao ambiente. Abraçemos o capeta então.

Logo nos acostumamos, e começamos a nos divertir. A música era muito boa, o clima era bem parecido com uma baladinha, e tinham bastante mulheres bonitas (algumas nem tanto), e quase sem roupa. O cenário, no fundo, era interessante. Os homens comprometidos procurando um refúgio, os que era vítimas de depressão, os que só estavam ali para ver peitinhos, os ricos e velhos sem mulher e os aventureiros, apesar de serem a grande maioria, quase sumiam dentre tantas garotas chamativas.

Era engraçado, a loja em que as vendedoras se vendiam. Era como entrar numa loja para comprar tênis, mas o próprio produto ia atrás de você. Por alguns momentos você até achava que era bonito, interessante e sexy, se esquecesse onde estava.

Bom, ja estava na minha vez. Quase fim de balada, e eu, nada ainda. Meus amigos tentaram me ajudar a escolher, mas eu queria começar devagar, por isso escolhi aquela baixinha simpática (simpática, ahh vá?!). Ela pegou na minha mão, e me levou à suite. Aliás, pegar na mão é algo muito íntimo e/ou invasor. Vender o corpo, passar a mão ou beijar na boca pode ser menos íntimo que pegar na mão, pela atitude, pelo significado, e fiquei até mais confiante depois disso.

Frio na barriga.

Na suíte, depois dela fechar a janela que dava vista para um "casal" copulando em outro quarto, e enquanto eu notava uma baratinha andando no pé da cama ela perguntou: "Não vai tirar a roupa?" (porra, não tem nem a preliminar? Pensei eu).

Mais frio na barriga.

Mnha precociedade natural de adolescente somado ao nervosismo e àquela situação tornou o momento meio rápido, se é que me entende. Pra não desperdiçar meus 25 minutos restantes, fiquei conversando. Até fui elogiado antes de ir embora (acreditei no elogio durante uns dias).


Depois de sair daquele submundo à parte da realidade e voltar para casa, notei o quando aprendi naquela noita, principalmente naqueles minutinhos de conversa. Ouvi coisas cabulosas e revelações que não vém ao caso falar por aqui, e descobri o que se passa e como se vive nesse mundo, e no final ainda não conclui se realmente vale a pena para aquelas "profissionais" se submeterem aquilo, ou se elas gostam ou não.

No final fiquei feliz, e imagino o quanto seria vazio (ou o quanto deixaria de descobrir, depende do ponto de vista) se não tivesse cruzado a fronteira e penetrado na área vermelha. "

sábado, 13 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Momento reflexivo

Dois rapazes conversavam sentados no banco da praça

"_Victor, você ta bem? Ta meio estranho.

_É Marcelo, da pra ver que me conheces bem...

_Pois então diga!

_Não sei direito... É a vida... Os outros não vieram, estamos só nós aqui, e isso me fez pensar várias coisas. A 'vida' chega e você tem que vivê-la, seja verdadeiramente ou simulando. Lidar com a vida não é tão fácil, tem um monte de coisa para fazer, sobra pouco tempo para os velhos momentos, cada vez mais esparsos e tomandou outros rumos.

_Engraçado... Também fiquei um pouco assim após esses sentimentos exalarem de você. Tá tudo tão estranho, tão esquisito, infelizmente. É inevitável viver, e essas coisas acontecem: o afastamento, os compromissos, as outras prioridades, acho que o jeito é ter de aprender a conviver com isso ou gostar de alguma forma, em vez de tentar voltar tempo.

_Não concordo com isto. As coisas realmente mudam, tem que mudar, mas a essência é a mesma, o propósito é o mesmo. Observa: por mais que o tempo tivesse passado o peso de nossa tradição preserva este momentos que temos, como agora por exemplo. O nosso fundamento não muda.

_Hum, não sei... Observa você agora: estamos aqui, mas tem gente trabalhando, estudando, saindo com a esposa(interrupção)

_Mas eu desejo tudo do melhor pra gente, afinal, nós merecemos até melhor!

_Sim, concordo, nós merecemos o melhor, e precisamos também pesar os melhores na medida certa. Estes desequilíbrios que entram no meio dessa situação pode abalar o peão, e fica difícil administrar. Cada um pondera os seus melhores da maneira que mais lhe convém, e isso que me assusta.

_É, tem razão. (silêncio reflexivo). Parece que diante desta situação temos mesmo que aproveitar o máximo enquanto o essência se conserva. Essa negócio pega forte às vezes, de dentro pra fora.

_Isso talvez seja bom sinal. Vem de dentro, do coração... Talvez isso pondere mais em você, e fico feliz, porque senão só estaria eu aqui, ou só fulano, ciclano...

_As vezes as pessoas argumentam, podem fazer até teses, dão desculpas, adiam ou simplesmente ignoram estes pequenos momentos, e eu fico triste com isso, mesmo sabendo que é uma tentativa falha de isentar-se de culpa e fazendo o melhor para si, escondendo a própria essência que ainda às vezes consome por dentro. Esta angústia é como um veneno incurável do bem, que ficou impregnado pra sempre, e que nos faz sentir mal quando há algo diferente, quando tá faltando convivência, quanto tá faltando saciá-lo.

_É complicado mesmo, não sei explicar direito também.
Esta conversa ta me deixando pior, vamos mudar de assunto...
Escute só esta piada: ..."

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bombadas do Rei - Outono

Em Kansas City, o cenário encontra-se típico de outono. Ando pelas ruas e me parece que tudo é uma pintura. As folhas com um tom alaranjado e amarelado caídas no chão. E não são poucas. Acho muito interessante o efeito que o clima nos traz. Por aqui, as estações são muito bem definidas, e elas afetam, e muito, nosso humor. Lembro-me que há dois meses, podia sair e correr pelas ruas sem camiseta, como se todos os dias fossem fins de semana. Agora, o frio está chegando e os tempos de praticar esportes sem camiseta se acabaram, assim como aquelas pessoas correndo pelas ruas no final da tarde. Não me leve a mal, o frio também tem seu lado bom, mas com certeza este clima me faz sentir estranho. Difícil explicar o sentimento. Acredito que ao mesmo tempo sinto-me confortável, porque adoro esse clima de outono, quando as ruas ficam muito bonitas. Mas ao mesmo tempo tristeza, pois isto me faz pensar que meu tempo nesta experiência internacional pode estar chegando ao fim, e não vou mais poder vivenciar este clima. E alem do mais, este clima me traz uma sensação de fim de ano, quando estou perto de voltar para casa e rever a família e amigos, numa mistura de felicidade, saudades, incerteza, e a sensação de que tenho que aproveitar ao máximo cada momento vivido em ambos os países, gerando sentimentos confusos.

Bom, brevemente chegará a neve, proporcionando outro cenário completamente diferente, com lados bons e ruins, que vou discutir em sua chegada.

Ryan Field.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Testículo do Vila - "Momentos de indagação"

Rima sem propósito

Eu não sei mais o que fazer
Quando ela vem
Quando vai
Ondas que já não soam mais

Do fundo brotou
Reludio amoroso leal
E assim foi,
Tanto
Que meu amor já não rima mais


-//-


Minha angústia se alonga a outro patamar agora amigos. Dividido entre o certo e o completamente insano: o impropósito.

Sinto esperar o certo, quando não quero mais esperar e sim sentir. Difícil entender a mim mesmo, mas é fato que amizades e amores são complicados, principalmente quando se une um a outro.

Preciso dizer que minha vida é assim, nem aqui nem ali.

É um esboço do mundo, tal como é. E deve ser assim mesmo, pois vivo e vivo solto por aí minhas incertezas.

Como fico então? Arrisco tudo que amo para amar mais?

Eu não sei... é isso que mata os poetas... Não bebo mais!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Bufas do Rei - Fique alerta

"Não deixe que a vista embace, nem que a audição silencie. Não deixe que o gosto ou o cheiro se percam. Mantenha o tato firme e, acima de tudo, a mente sã. São nessas ausências que Deus opera seus milagres".

domingo, 7 de novembro de 2010

Pentelhos do Rei - O "amor" numa outra abordagem...

Caríssimos leitores e colaboradores. Diante das divergências para com meus argumentos acerca da inexistência do amor, venho aqui propor uma nova abordagem do tema. Para tanto e sem a pretensão de aqui querer convencê-los/persuadi-los, sirvo-me da idéia superficial da "maiêutica" para perguntar:

- O que é o amor? Qual o teu conceito?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo III

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Atraído pelo enorme "60% OFF" da MOfficer, TNG ou qualquer loja assim, não lembro, entrei para dar uma bisbliotada. Logo uma vendedora vem, lógico, e começa a tentar me empurrar tudo que consegue. Eles não entendem que às vezes entramos na loja simplesmente para conhecer preços, modelos, passar o tempo ou qualquer coisa, mas não pra comprar, principalmente quando não se tem dinheiro para isso.

Além de chamar pelo nome e aquele carisma e tanto de vendedora, ela começa a perguntar se eu ia a igreja, se morava no bairro e coisas parecidas. Demorei a perceber o joguinho (na verdade não acreditava muito). A conversa ja estava em outro rumo quando percebi, e eu, é claro, fiz questão de morder a sua isca. Quem diria! Entrei na loja querendo ver calça e saio de encontro marcado.

Dessas situações e muitas outras percebemos que não adianta muito fazermos planos e estratégias sendo que as vezes as coisas mais interessantes acontecem "por acaso", seja ele existente ou criado.

No dia, nem consegui dormir... Ela, pelos menos uns 4 ou 5 anos mais velha, ganhava um bom salário, e eu com meus 18 anos e nem havia saido do colegial. Preciso impressionar: passo o melhor perfume (não que fosse bom, pelo contrário), coloco a melhor roupa (idem anterior), pego com o papai o dinheiro do busão e do cinema, e vamos lá.

Eu chegava ao ponto de encontro, naquela fontezinha famosa do Shopping. Até lá meu perfume ja se fora, o cabelo ja estava bagunçado e o estômago já estava embrulhado... Confesso que não memorizei com total segurança o rosto da vendedora, e essa foi a maior surpresa: o uniforme dela, a loja como background, a garota mais velha e "rica" me xavecando por dentre as ofertas de roupas, tudo isso foi fundamental.

Quando a vejo, o cabelo já não era tão natural, o bojo do sutiã era bem menor, a marquinha da calcinha estilo paraquedas e o óculos aparecera subitamente. A promoção de calças daquele dia estava mais interessante que o assunto, que se limitava a fofocas das amigas.

Na despedida, de mãos dadas, dei um selinho e fui embora.
Bom, pelo menos paguei de gatinho, não gastei dinheiro, o filme do cinema foi legal (Shrek 1, não esquecerei) e fiz algo de se contar. Da próxima vez pensei em avisar que era melhor se ela fosse de uniforme. Quem sabe agora eu consiga um descontão?"

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Gozadas do Rei - Samoel - Capítulo II

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_É claro que vivemos em sociedade e estamos constantemente cercados de pessoas em qualquer lugar (principalmente em transportes públicos no final da tarde), e por isso não devemos atuar por nós mesmos sem ao menos pensar nas consequências ao redor ou às pessoas à nossa volta.

Com tanto repórter sem nada mais interessante de passar do que tragédias sensacionalistas, familiares ou "colegas" que tentam "dar dicas" (escolher por nós) com quem andar contando histórias que já presenciaram ou só pra assustar mesmo, e até mesmo pelo nossa pequena vivência, às vezes ficamos com o pé ou a perna inteira atrás antes de conhecer alguém em quem possa confiar. Vai deixar denovo que escolham por você? Voltemos ao Capítulo I...

Ficaremos de pé atrás e perder a oportunidade de conhecer alguem interessante (desta vez não digo das mulheres) e que tenha o bastante para compartilhar conosco, e nós com ele?

Essas pessoas interessantes podem assumir várias configurações...

-O padre: Aquele que você não vê com muita frequência, a maioria não sabe que você o conhece ou o frequenta, mas sempre que precisa ele está lá pra te ouvir, perdoar se necessário, e guardará tudo que disser em segredo, sendo que não necessariamente aja como tal.

-O "traficante": Não tem nada a ver com o ato de traficar, mas tem algumas coisas em comum. Você geralmente gosta dele porque ele é legal, pop, frequenta lugares bonitos e diferentes, tem "caráter" e "personalidade", mas sempre fica apreensivo dele te meter em alguma roubada, pois sabe que não poderá negar.

-O cúmplice: Sabe aquele cara no qual você pensa sempre que ta pensando em fazer besteira? Isso, ele mesmo. Não pensa duas vezes quando o convida para fazer algo incomum, sabotar, infrigir regras ou simplesmente se divertir.

-O estranho: O cara estranho... Tem TOC's no mínimo curiosos, faz coisas bizarras simplesmente por fazer, e você morre de rir com ele e até as vezes tenta imitá-lo pra ser tão engraçado quanto.

Não vou me alongar muito, pois poderia continuar com o: o garanhão, o burguês, o chato, o simpático, o gay, etc.
Acho que uma das minhas maiores descobertas foi conhecer as pessoas interessantes que conseguem grande parte destas configurações, os amigos, dos quais não troco por nada, e nunca acharei iguais. Dos quais estão sempre ao seu lado e farão o que for possível pra livrar sua barra, e vice-versa com muita gratidão. "