sexta-feira, 23 de julho de 2010

Testículo do Vila - "Lugar Nenhum"

Vejo um Brasil diferente do que andam falando na TV… Um Brasil sem marca, sem origem, sem um maluco que venha me dizer sobre um país racista.

E por falar em racismo, que no mais é balela, vou lhes dizer uma coisa: nunca vi ninguém racista, minto, juraram que há um tal de preto nazista, mas acho que é mentira!

Enfim, não quero falar sério, porque quem fala é chato, eu não, sou observador e sensato, por isso não pélo no saco!

Mas de toda forma, o post é sobre o multiculturalismo. Mas que besteira é essa afinal? Um dia me contaram: “Multiculturalismo é a beleza do mundo moderno, é a vivência pacífica de várias culturas dentro de uma mesma sociedade”. ãhn? disse eu.

Não sei se você me entende, mas não vejo uma vastidão de microculturas dentro de uma grande e massiva sociedade. Tudo pelo menos para mim é a mesma coisa.

Deixe-me explicar, não é que não exista diferenças, mas é que preto, branco, mulato, japa, pelé, alemão, leitoso, robinho, fogo, amarelo, no fundo é tudo igual. O que estamos fazendo a rotular culturas, a chamar nossos jovens de emos, clubbers ou coloridos, seja lá o que for, é que estamos produzindo uma diferenciação que não precisa existir.

Eu vejo na criança a beleza e a inocência de um sorriso, eu vejo na criança a capacidade de chamar o seu amigo de neguinho sem a menor culpa de nomes ou factóides institucionais.

E a beleza do Brasil ta aí, na missigenação, na amplitude de valores culturais que se misturam desde a cosmopolita São paulo a internacional Manaus.

Devemos esquecer um pouco das culturas e pensar na nossa cultura, a raíz brasileira, comum a todos que por aqui vivem, nesse clima tropical, no ritmo do samba, ao som de Tom, e na levada do Gonzaga, na loirinha do agreste, na índia de São Paulo, e na mulata do sul. E laia, e é nesse ritmo que eu vou, e pra ir pra lugar nenhum me vou é na cachaça, que desce ardendo e rasgando com todo esse lero que me mata de vergonha.

E pra finalizar, sem me esquecer de tu, meu querido Rui Fausto, ilustríssimo te digo: que vá as favas, rascunho do mapa do inferno. Que não acredites na pureza do amor eu até entendo, mas não me venha com situações animalescas, deixo claro que isso só acontece no carnaval.

Até mais ver meus cumpadis… Tenho que ir, há algum lugar que me disseram haver mazelas da cultura onde o amor rola solto, desinibido e sem compromisso… Viva ao multi, multimulheril!

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