segunda-feira, 5 de julho de 2010

Gozadas do Rei - Planos

Já parou para pensar quantas vezes fora surpreendido no sentido de que havia feito planos, traçado passo-a-passo do que iria fazer, combinado ação-pós-ação sozinho ou com alguém, contando os segundos no relógio e quando chega na hora, todo seu tempo de planejamento estratégico mirabolante vai por água à baixo seja qual for o motivo? (chamaremos essas situações de "caso x")
Desanimador né?

Na minha primeira coluna havia dito que era bom fazer planos para a semana, mas vamos com calma... Quando falei desses planos, são coisas do tipo: o que vou fazer de interessante durante a semana, o que farei para conseguir um aumento, coisas mais normais ou corriqueiras, a programação da semana.

Os casos x são bem mais delicados, se é que você está entendendo aos casos que me refiro. Talvez por serem mais delicados, tentamos nos esforçar pra tentar fazê-lo o mais tranquilo ou o que esperamos que seja, mas não percebemos que eles, além de imprevisíveis, são vulneráveis a situações externas.

Depois de horas perdidas (e até dias) de indagações a si mesmo, que tiram sua confiança e te desanimam durante um tempo, tirando noites de sono tranquila e trazendo perguntas como "por que não podia ser como esperava" ou "o que eu fiz de errado", só há uma coisa a concluir sobre o caso x, inclusive, citado em um excelente filme que ilustra tal situação: "rule number one: there's no rule!".

Melhor agir naturalmente do que ser surpreendido e entrar em tilt. Sem expectativas não há decepção. Se der errado não ficamos emburrados, se dá certo ficamos satisfeitos. O frio na barriga, a ansiedade e o desejo de "missão cumprida" são os mesmos, mas sem tanto pré-stress. É, o jeito é ir com você, do jeito que você é... Se não der certo, talvez não fosse pra você, pois os planos que estará usando são os que criou na sua vida inteira.

Caio Fagundes

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