sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Testículo do Vila - "Ame-o ou deixe-o"

Brasil, o país do futuro!

Eeee laiá, Brasil o país do futebol! Brasil o país das mulheres mais lindas, Brasil o país da corrupção, Brasil país de malandro, Brasil.

Ame-o ou deixe-o! Digo logo de cara, sem medo de enfadonho cinismo!

Ah, não encare como ato de raro patriotismo, pois sou patriota em toda copa! Hoje, deveras estive tenso na tenra manhã, logo cedo me peguei animado, em um clima vibrante, vai ter seleção! - e que merda!

Mas a vida é assim, expectativas: logo frustação. Não tem outra, ou é frustação ou nova expectativa: logo frustação!

Não me venham com chorumelas, eu acredito sim no Brasil, não na seleção, mas o Brasil é um país pitoresco e cheio de parafernalhas mil. Mas, é ainda um país das bugigangas, e cá entre nós: o país que está por vir não me agrada tanto.

Digo, é óbvio que economia e desenvolvimento tecnológico são positivos, mas que chatisse! Eu gosto mesmo é do samba, da malandragem, e do simonal - que justiça seja feita, não há justiça para tempos de guerra.

O Brasil é um país maravilhoso para quem ama, o amor é cego; o Brasil é um país que não tem jeito, por isso digo, não é malandro? não entende? então cai fora! Porque no fundo forasteiro você já é.

No fundo sou gringo, não tenho o sangue verde-e-rosa mangueira, mas que eu curto participar eu curto. Todo desengonçado, no ritmo verde amarelo eu me acabo. Então sou daqui, sou daqui porque amo, sou daqui porque nasci, cresci e me habituei a ver belo aquilo que não me é espelho.

Por favor, só peço que não me confundam com conformado e muito menos desinformado. Mas é que estou cansado. A luta não é tão empolgante, e o sistema me enoja, então eu vejo, concordo com a mudança, mas nada faço. Não é cara lavada, é a vida bohemia que me desgasta!

Faço, ainda, um adendo. Ora, não entendam meu texto como uma crítica, fiz um arranjo de pensamentos delirantes. A única critica talvez seja ao Zagalo, “que é isso Zagalo, mexe nesse time que tá muito fraco”, pois bem, termino o samba-enredo com mais uma expectativa: “E agora, José?”

Josias - mais louco que o Batman - Vilaboas

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